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Estado de Minas Comida cara

Custo de cesta b�sica em BH � o maior em 26 anos

Gasto de R$ 520,79 foi influenciado por press�o generalizada de pre�os dos alimentos. Aumento alcan�a 23,64% nos �ltimos 12 meses, quase cinco vezes acima da infla��o acumulada no per�odo


05/11/2020 12:47 - atualizado 05/11/2020 18:18

Preços das carnes também pressionaram o custo da cesta básica na capital mineira(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Pre�os das carnes tamb�m pressionaram o custo da cesta b�sica na capital mineira (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
O custo da cesta b�sica em Belo Horizonte chegou a R$ 520,79 em outubro, maior valor j� verificado na capital mineira desde 1994, segundo pesquisa da Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas, Administrativas e Cont�beis de Minas Gerais (Ipead), vinculada � UFMG. Os gastos das fam�lias com os 13 alimentos essenciais que comp�em a cesta subiram pelo terceiro m�s, com alta de 6,12% frente a setembro e de 12,18% neste ano, sob press�o generalizada de pre�os.
 
O f�lego dos reajustes surpreende, comparado � infla��o medida em BH, de 0,69% no m�s passado e 3,11% em 2020, de acordo com o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) da Funda��o Ipead.
 
Do conjunto de produtos da cesta b�sica, as remarca��es de janeiro a outubro variaram de 3,55% para o pre�o da ch� de dentro a 90,11% do custo do �leo de soja. Como as fam�lias j� v�m observando desde o in�cio da pandemia, se destacam, ainda, as altas do arroz (58,71%), tomate (41,67%), leite pasteurizado (24,67%) e feij�o Carioquinha (24,33%). 
 
Considerando os �ltimos 12 meses, a despesa com a chamada ra��o essencial em BH alcan�a 23,64%, quase cinco vezes acima do IPCA na capital, que acumulou alta de 4,73%. A disparada dos pre�os dos alimentos tem sacrificado as fam�lias de menor renda, como reflexo de diversos fatores ligados a fen�menos da economia ap�s a pandemia de COVID-19 e respons�veis por levar o custo da cesta b�sica de BH ao maior n�vel em 26 anos. Uma das principais explica��es est� no desempenho excepcional das exporta��es de arroz, soja e derivados e das carnes, impulsionado pela valoriza��o do d�lar.

Pelas leis da economia, a eleva��o das exporta��es reduz o abastecimento dentro do pa�s, o que exerce press�o sobre os pre�os internos. A valoriza��o do d�lar frente ao real, que passou de 30% dos �ltimos 12 meses, tamb�m influencia os reajustes no pa�s, ao estimular as vendas externas, desequilibrando a oferta no mercado brasileiro. Analistas de com�rcio exterior tamb�m atribuem a alta aos efeitos da grande demanda da China por alimentos, que movimenta as exporta��es.

Notifica��o 

Em setembro, incomodado com o descolamento dos pre�os da comida, o presidente Jair Bolsonaro pediu “patriotismo” aos donos dos supermercados no sentido de conter os aumentos e o Minist�rio da Justi�a pediu explica��es aos supermercadistas. Eles, por sua vez, culparam os distribuidores, que responsabilizaram os produtores. Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, atribu�ram, ent�o, os fartos reajustes � demanda maior da popula��o de baixa renda por alimentos.
 
A justificativa foi associada ao pagamento do aux�lio emergencial, primeiro de R$ 600 e depois reduzido � metade. A ajuda financeira aos trabalhadores sacrificados pela pandemia termina em dezembro. O governo isentou de tributos at� dezembro a importa��o de 400 mil toneladas de arroz em casca e beneficiado, com o objetivo de promover concorr�ncia no mercado interno e evitar a alta dos pre�os, mas a medida n�o trouxe resultado. 
 
O IPCA de outubro, resultado da pesquisa de pre�os dos produtos e servi�os divulgados pela Funda��o Ipead, e agrupados em 11 itens agregados, mostra a cont�nua press�o dos alimentos no bolso d consumidor.  Subiram, em m�dia, 6,08% os pre�os do grupo de alimentos in natura; 3,59% para os chamados alimentos de elabora��o prim�ria (arroz, carnes e leite).
 
Houve destaque, ainda, para gastos com vestu�rio e complementos (2,50%); e alimentos industrializados (2,34%). N�o h� expectativa de queda dos pre�os da alimenta��o, em especial, nesta �poca do ano, quando as festas de Natal e Ano-novo costumam promover aumento de demanda no varejo e consequ�ncia aumento dos pre�os.

Expectativas

O �ndice de Confian�a do Consumidor (ICC-BH), tamb�m medido pela Funda��o Ipead, tem ligeira varia��o de 0,04% no m�s passado, atingindo 36,45 pontos. Foi o maior n�vel observado ap�s implementa��o das medidas de combate � pandemia da COVID-19. O indicador avan�ou de 30,76 em abril para 33,44% em maio, 33,15 em junho, 35,20 em julho, 36,26 em agosto e 36,44 em setembro. A despeito disso, ainda permanece abaixo da linha que separa a situa��o de pessimismo do otimismo, inferior aos 50 pontos.

Segundo a Funda��o Ipead, o �ndice de Expectativa Econ�mica (IEE) apresentou queda de 0,35% em compara��o com o m�s anterior, influenciado pela piora na percep��o dos consumidores quanto � Infla��o, com recuo de 6,96%. O �ndice de Expectativa Financeira (IEF) sofreu aumento de 0,25% frente a agosto, sendo o item pretens�o de compra o que mais contribuiu, com alta de 12,18%. Ele atingiu o patamar de 37,26 pontos, o maior observado desde abril/2020. O ICC � fruto das avalia��es colhidas junto a 210 consumidores de BH que fazem compras com frequ�ncia. 


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