
O clima de Natal j� chegou, pelo menos �s vitrines de lojas de Belo Horizonte, onde os enfeites t�picos anunciam a �poca do ano em que a esperan�a se renova – inclusive a de boas vendas.
Ap�s meses se reinventando para n�o baixar as portas definitivamente diante das medidas para conter a pandemia, o com�rcio de BH est� animado com um poss�vel reaquecimento do setor e mant�m expectativa de recuperar o tempo perdido, inclusive apostando pesado nas promo��es da Black Friday, no dia 27.
Enquanto isso, clientes decoram a casa mesmo sem saber se a fam�lia poder� se reunir para celebrar a data religiosa que simboliza o nascimento de Jesus Cristo. Em meio � incerteza, a palavra da vez � otimismo.
“A gente espera ter um Natal razoavelmente bom, que n�o tenha uma queda expressiva. O micro e o pequeno empres�rio, grandes geradores de emprego, se adaptam � crise e, por causa disso, estamos sentindo um cen�rio de expectativa positiva neste fim de ano”, afirma o presidente da Associa��o Comercial de Minas Gerais (ACMinas), Aguinaldo Diniz Filho.
“No in�cio da pandemia o com�rcio sofreu de forma brutal. O �ndice de desemprego e a queda de renda s�o muito grandes, mas sabemos que o mercado funciona com expectativa, ent�o a gente tem que ter uma dose de otimismo”, completa.
Ap�s meses se reinventando para n�o baixar as portas definitivamente diante das medidas para conter a pandemia, o com�rcio de BH est� animado com um poss�vel reaquecimento do setor e mant�m expectativa de recuperar o tempo perdido, inclusive apostando pesado nas promo��es da Black Friday, no dia 27.
Enquanto isso, clientes decoram a casa mesmo sem saber se a fam�lia poder� se reunir para celebrar a data religiosa que simboliza o nascimento de Jesus Cristo. Em meio � incerteza, a palavra da vez � otimismo.
“A gente espera ter um Natal razoavelmente bom, que n�o tenha uma queda expressiva. O micro e o pequeno empres�rio, grandes geradores de emprego, se adaptam � crise e, por causa disso, estamos sentindo um cen�rio de expectativa positiva neste fim de ano”, afirma o presidente da Associa��o Comercial de Minas Gerais (ACMinas), Aguinaldo Diniz Filho.
“No in�cio da pandemia o com�rcio sofreu de forma brutal. O �ndice de desemprego e a queda de renda s�o muito grandes, mas sabemos que o mercado funciona com expectativa, ent�o a gente tem que ter uma dose de otimismo”, completa.
A ACMinas incentiva a retomada do com�rcio de forma respons�vel, com cuidados necess�rios para controlar o avan�o do novo coronav�rus. “Vamos acreditar que podemos ter um final de ano tomando todo cuidado com a pandemia, mas que tenhamos um Natal com mais alegria e mais perspectiva”, esperaz.
Neve artificial e luzes na Savassi
Na Regi�o Centro-Sul de BH, as lojas de decora��o j� preparam a festa. Na Avenida Crist�v�o Colombo, na Savassi, o com�rcio est� enfeitado.
Tradicional pela variedade de produtos nesta �poca, a Estrada Real Decora��es tem neve artificial e luzes por todo lado. Vale tudo para chamar aten��o para convencer o cliente a entrar.
“Todo mundo j� teve um ano dif�cil, ent�o agora � hora de terminar bem e fazer um Natal lindo”, diz o vendedor Guilherme Henrique Moreira Costa, de 22 anos.
Tradicional pela variedade de produtos nesta �poca, a Estrada Real Decora��es tem neve artificial e luzes por todo lado. Vale tudo para chamar aten��o para convencer o cliente a entrar.
“Todo mundo j� teve um ano dif�cil, ent�o agora � hora de terminar bem e fazer um Natal lindo”, diz o vendedor Guilherme Henrique Moreira Costa, de 22 anos.
Mesmo com todo otimismo, a previs�o n�o � de vendas como em outros anos. Mas s� a possibilidade de abrir as lojas depois de tanto tempo j� � comemorada.
“S� de a gente estar funcionando, ficamos felizes”, revela Guilherme, ao admitir que o movimento ainda est� fraco se comparado aos �ltimos tr�s anos em que ele trabalhou no local. “Nesta �poca, a loja costuma ficar movimentada de domingo a domingo. Temos muitos clientes, mas ainda est� abaixo do ano passado. A esperan�a � de que aos poucos as pessoas voltem”, disse.
“S� de a gente estar funcionando, ficamos felizes”, revela Guilherme, ao admitir que o movimento ainda est� fraco se comparado aos �ltimos tr�s anos em que ele trabalhou no local. “Nesta �poca, a loja costuma ficar movimentada de domingo a domingo. Temos muitos clientes, mas ainda est� abaixo do ano passado. A esperan�a � de que aos poucos as pessoas voltem”, disse.

Do lado de quem compra, o clima natalino ainda � de cautela. Embora lamente por n�o poder comemorar a data como em outras �pocas, o motorista Eron Pinheiro, de 57, j� est� de olho nos enfeites para n�o deixar a alegria da �poca passar em branco.
“Este ano n�o vai ser como outros, n�o. N�o podemos reunir a fam�lia, por causa da pandemia. Com o ano novo eu n�o me importo, mas o Natal eu gosto de passar em fam�lia”, queixa-se, com os olhos marejados de saudade da m�e, de 80 anos.
“Minha m�e mora em outro bairro. Somos sete irm�os e nove netos. Todo ano reunimos todo mundo, mas neste eu n�o sei”, diz ele, mesmo assim determinado a comprar a rena natalina iluminada para decorar o s�tio em Mateus Leme, na Grande BH.
“Este ano n�o vai ser como outros, n�o. N�o podemos reunir a fam�lia, por causa da pandemia. Com o ano novo eu n�o me importo, mas o Natal eu gosto de passar em fam�lia”, queixa-se, com os olhos marejados de saudade da m�e, de 80 anos.
“Minha m�e mora em outro bairro. Somos sete irm�os e nove netos. Todo ano reunimos todo mundo, mas neste eu n�o sei”, diz ele, mesmo assim determinado a comprar a rena natalina iluminada para decorar o s�tio em Mateus Leme, na Grande BH.
Esperan�a natalina
Em outra loja na mesma avenida, a expectativa de boas vendas prevalece. “A gente ficou sete meses completamente fechado. Foi um ano praticamente perdido. Mas temos esperan�a de que neste Natal possamos refazer um pouquinho do que perdemos”, comenta Sonia Valente, uma das s�cias da Loja Fabiano Valente. Neste ano, os artigos � venda ainda s�o da cole��o 2019.
“N�o comprei enfeite de natal. As pr�prias f�bricas praticamente tamb�m n�o tinham o que vender, porque n�o produziram”, conta a empres�ria.
“N�o comprei enfeite de natal. As pr�prias f�bricas praticamente tamb�m n�o tinham o que vender, porque n�o produziram”, conta a empres�ria.
A preocupa��o com a pandemia ainda � presente para o gerente do Gujoreba, que tem unidade na Avenida Getulio Vargas, na Regi�o Centro-Sul de BH.
“Estamos acompanhando os indicadores (da COVID-19), analisando os clientes e vendo como eles est�o se comportando. Mas apostamos em estoque, trouxemos novidades. Claro que com cautela, mas a gente acredita que vai ser um Natal positivo. Acredito que as pessoas querem presentear os familiares e amigos e que o per�odo de vendas ser� bom”, analisa Gustavo Josias Resende Batista, embora admita que precisou colocar o “p� no freio” na hora das compras: “Trouxemos novidades e variedade, mas em menor quantidade em rela��o aos outros anos”.
“Estamos acompanhando os indicadores (da COVID-19), analisando os clientes e vendo como eles est�o se comportando. Mas apostamos em estoque, trouxemos novidades. Claro que com cautela, mas a gente acredita que vai ser um Natal positivo. Acredito que as pessoas querem presentear os familiares e amigos e que o per�odo de vendas ser� bom”, analisa Gustavo Josias Resende Batista, embora admita que precisou colocar o “p� no freio” na hora das compras: “Trouxemos novidades e variedade, mas em menor quantidade em rela��o aos outros anos”.
Est�mulo 2020
Um impulso para consolidar a retomada da atividade econ�mica. As vendas de fim de ano e as promo��es da Black Friday s�o a aposta de micro e pequenos empres�rios que se mantiveram durante as restri��es ao com�rcio com a ajuda do Est�mulo 2020, primeiro fundo 100% privado do pa�s voltado para pequenos neg�cios afetados pela crise da COVID-19.
O projeto come�ou em S�o Paulo, em maio, e est� presente tamb�m em Minas, no Rio e no Cear�. Como a inadimpl�ncia de empreendedores que obtiveram apoio a juros subsidiados � quase nula, segundo os gestores, o fundo mant�m novos financiamentos, com cerca de R$ 25 milh�es dispon�veis.
A iniciativa oferece o equivalente a at� um m�s de faturamento bruto da empresa antes da pandemia, com tr�s meses de car�ncia, pagamento em 24 meses e juros de 0,53% ao m�s ou 6,5% ao ano.
O projeto come�ou em S�o Paulo, em maio, e est� presente tamb�m em Minas, no Rio e no Cear�. Como a inadimpl�ncia de empreendedores que obtiveram apoio a juros subsidiados � quase nula, segundo os gestores, o fundo mant�m novos financiamentos, com cerca de R$ 25 milh�es dispon�veis.
A iniciativa oferece o equivalente a at� um m�s de faturamento bruto da empresa antes da pandemia, com tr�s meses de car�ncia, pagamento em 24 meses e juros de 0,53% ao m�s ou 6,5% ao ano.