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Estado de Minas NOVAS TECNOLOGIAS

Internet das Coisas: saiba como essa tecnologia pode afetar sua vida

As regras para esse ambiente tratam tanto da conex�o como da coleta e processamento inteligente de dados


24/11/2020 08:30

(foto: Arte/EBC)
(foto: Arte/EBC)

Internet das Coisas. Embora mais conhecido entre t�cnicos, empresas e pesquisadores, o termo vem ganhando visibilidade na sociedade.

As coisas, neste caso, s�o todo tipo de equipamento que pode ser conectado de distintas formas, de um caminh�o para acompanhamento do deslocamento de frotas de transporte de produtos a microssensores que monitoram o estado de pacientes a dist�ncia em hospitais ou fora deles.

Na Internet das Coisas (IdC) – tamb�m tratada pela sigla em ingl�s IoT (Internet of Things) – novas aplica��es permitem o uso coordenado e inteligente de aparelhos para controlar diversas atividades, do monitoramento com c�meras e sensores at� a gest�o de espa�os e de processos produtivos.

As regras para esse ambiente tratam tanto da conex�o como da coleta e processamento inteligente de dados.

O ecossistema da IdC envolve diferentes agentes e processos, como m�dulos inteligentes (processadores, mem�rias), objetos inteligentes (eletrodom�sticos, carros, equipamentos de automa��o em f�bricas), servi�os de conectividade (presta��o do acesso � internet ou redes privadas que conectam esses dispositivos), habilitadores (sistemas de controle, coleta e processamento dos dados e comandos envolvendo os objetos), integradores (sistemas que combinam aplica��es, processos e dispositivos) e provedores dos servi�os de IdC.

Evolu��o

Segundo o economista do setor de tecnologias da informa��o do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), Eduardo Kaplan, a IdC poderia ser entendida como uma “converg�ncia” de tecnologias j� existentes, mas gerando o que o especialista chama de um salto qualitativo.

“A IdC traz mudan�as tanto no desenvolvimento de uma conectividade mais pervasiva quanto no aumento do processamento dos dados e barateamento e refinamento dos sensores que permitem a coleta de dados em diversos ambientes e com diferentes atuadores. Tudo isso associado a alguma solu��o pr�tica, algum uso que permite aumento de efici�ncia, redu��o de interven��o humana, novos produtos ou novos modelos de neg�cios”, explica.

O presidente da Associa��o Brasileira de Internet das Coisas (Abinc), Fl�vio Maeda, pontua que a IdC n�o � uma tecnologia nova, mas um novo sistema de solu��es t�cnicas. “A gente est� tratando o tema em geral como se fosse uma continua��o da revolu��o da internet, a internet 4.0. As coisas v�o ficar conectadas e isso tem grandes implica��es”, assinala.
Mais coisas conectadas

Na mesma linha, o executivo de Watson da IBM Am�rica Latina, Carlos Tunes, lembra que a conectividade em diversas atividades j� ocorre h� v�rios anos, como � o caso de processos de automa��o, mas a diferen�a da IdC seria a quantidade de dispositivos e as transforma��es que esse tipo de recurso pode gerar em diversas �reas.

O advento da IdC � que hoje a gente tem muito mais coisas conectadas do que t�nhamos no passado. Agora temos desde um rel�gio, m�quina de lavar. IdC acabou tendo uma pulveriza��o deste tipo de sensoriamento e traz isso a um novo n�vel. Antes tinha n�mero limitado de dados e com frequ�ncia grande. Agora tem quantidade maior de dados numa frequ�ncia quase que online, o que permite uma tomada de decis�o instant�nea”, comenta.

Um exemplo � o uso de sensores em tratores que medem a situa��o do solo e enviam dados para sistemas respons�veis por processar essas informa��es e fazer sugest�es das melhores �reas ou momentos para o plantio.

Outro � a ado��o de dispositivos em casa, como term�metros, reguladores de consumo de energia ou gestores de eletrodom�sticos, que permitem ao morador da resid�ncia controlar esses equipamentos � dist�ncia.

M�quina a m�quina

O diretor de inova��o do centro especializado em tecnologia CPQD, Paulo Curado, destaca que uma das diferen�as desse novo ecossistema � a capacidade de conectar m�quinas que passam a se comunicar e, com isso, gerar uma forma mais complexa de monitoramento, coleta e an�lise de informa��es e tomada de decis�es a partir destas, inclusive de maneira automatizada.

“IdC � quando voc� pega sua agenda e coloca compromisso. E a� eu pego meu rel�gio conectado, estou dentro do Waze [aplicativo de mobilidade]. Se ocorrer um acidente, o Waze vai me acionar pois preciso acordar mais cedo. Isso sem a interfer�ncia de ningu�m. Quando as coisas come�am a conversar, conectadas � internet, a gente fala em Internet das Coisas. Isso muda bastante”, exemplifica.

“Qual � a grande diferen�a do conceito de Internet das Coisas? Quando tem diversas solu��es envolvendo a comunica��o m�quina a m�quina. Quando h� solu��es integradas numa rede �nica, onde publicam informa��es delas e consomem de outras, a� estamos falando de IdC”, acrescenta o coordenador de projetos de cidades inteligentes do Instituto Nacional de Telecomunica��es (Inatel), Fred Trindade.

Mas...


Para a professora coordenadora do Medialab da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Fernanda Bruno, esse novo ecossistema traz uma amplia��o da vigil�ncia da vida das pessoas, que hoje j� existente nos smartphones, mas com potencial de crescimento por meio da dissemina��o de sensores em todo tipo de equipamento, como ve�culos, eletrodom�sticos, postes e edif�cios.

Mas esse processo, continua a professora, n�o � apenas um aumento quantitativo desse monitoramento do cotidiano, mas tamb�m qualitativo, uma vez que a captura dos dados � mais sutil e silenciosa, muitas vezes sem a consci�ncia por parte dos indiv�duos de que est�o sendo objeto de tal monitoramento.

“Enquanto a Internet ‘tradicional’ foi marcada pela interatividade, a IdC est� incorporada aos objetos e captura os nossos dados enquanto usamos tais objetos ou frequentamos certos espa�os e ambientes. Mas � preocupante pensarmos que quantidades imensas de dados extremamente relevantes e sens�veis sobre nossos h�bitos e comportamentos est�o sendo coletados de forma cont�nua sem que sejam necess�rias a nossa percep��o e consci�ncia deliberada disso”, observa Fernanda Bruno.


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