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Estado de Minas AGRICULTURA

Agrot�xicos: um ter�o dos estabelecimentos agr�colas do Brasil declara uso

Segundo IBGE, houve um salto no n�mero de estabelecimentos de agricultura que confirmaram o manejo de defensivos nas suas lavouras


15/12/2020 15:25 - atualizado 15/12/2020 15:56

Segundo IBGE, um terço do estabelecimentos agrícolas do país confirmaram o manejo de agrotóxicos nas suas lavouras(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Segundo IBGE, um ter�o do estabelecimentos agr�colas do pa�s confirmaram o manejo de agrot�xicos nas suas lavouras (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Um ter�o dos estabelecimentos agr�colas do pa�s admite usar agrot�xicos na lavoura, segundo os dados da segunda edi��o do Atlas do Espa�o Rural Brasileiro, publicado nesta ter�a-feira, 15, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) como parte das comemora��es dos 100 anos do Censo Agropecu�rio.

A propor��o de estabelecimentos que confirmaram o uso de agrot�xicos saltou 22,9% nos �ltimos 11 anos, passando de uma fatia de 27,0% das propriedades rurais em 2006 para 33,1% em 2017. Houve aumento em todas as grandes regi�es, sendo a maior eleva��o a do Centro-Oeste, onde a propor��o de estabelecimentos que empregavam agrot�xicos cresceu 13,3 pontos porcentuais em compara��o a 2006.

Segundo o IBGE, as informa��es do Atlas apontam, ainda, para a necessidade de mais investimentos "em tecnologia, em pr�ticas de manejo e conserva��o dos solos e na preserva��o ou recomposi��o das �reas de preserva��o permanente, para a garantia de uma melhor qualidade ambiental e a sustentabilidade dos recursos naturais".

"No Pa�s, 26% de todos os estabelecimentos ainda fazem uso do cultivo convencional, em que, de forma geral, h� muita perda de solo", apontou Luciana Temponi, a engenheira florestal do IBGE, em nota oficial.

Mais da metade dos produtores n�o utiliza nenhuma das pr�ticas agr�colas em benef�cio do solo investigadas no Censo Agropecu�rio 2017, como plantio em n�vel, rota��o de cultura, prote��o de encostas, recupera��o de mata ciliar ou reflorestamento em �rea de nascentes.

"Em estados como Rond�nia, Tocantins, Mato Grosso e Goi�s, mais de 60% dos estabelecimentos n�o utilizam nenhuma das boas pr�ticas", completou Luciana, na nota.

O IBGE aponta que apenas 24,2% da utiliza��o das terras nos estabelecimentos do bioma da Mata Atl�ntica s�o destinados �s florestas, naturais ou plantadas, e �s �reas de preserva��o.

"No Cerrado, considerado o ber�o das �guas, pr�ticas de reflorestamento para prote��o de nascentes e recupera��o de mata ciliar foram declaradas em menos de 4,0% dos estabelecimentos nos estados de Goi�s e Tocantins, centrais do bioma. No Pantanal, em fun��o de suas caracter�sticas ambientais prop�cias, as pastagens - naturais ou plantadas - representam mais de 67% da �rea dos estabelecimentos, o maior porcentual entre todos os biomas", ressaltou o IBGE.

Na Caatinga, 19,9% dos estabelecimentos s�o ocupados com sistemas agroflorestais, mas a regi�o tamb�m tem o maior porcentual de �reas de pastagens declaradas como tendo algum n�vel de degrada��o. O Pampa tem 83,5% dos estabelecimentos ocupados com a agropecu�ria. O bioma Amaz�nia, que compreende cerca de 49% do Pa�s, tem 20% das �reas dos estabelecimentos ocupadas pela produ��o. "Embora o porcentual da �rea dos estabelecimentos ocupado por florestas seja, em m�dia, o mais alto entre os biomas, ainda n�o reflete os 80% a serem preservados, segundo legisla��o ambiental vigente", ponderou o IBGE.

Em 2017, 83% dos estabelecimentos agropecu�rios tinham acesso � rede el�trica, 22% a mais que em 2006. A internet, por�m, estava presente em menos de 30% estabelecimentos, embora em 2006 ela alcan�asse apenas 1,5% das propriedades.

O Atlas apontou ainda que o turismo rural � fonte importante de receita para alguns propriet�rios. O levantamento apurou os valores obtidos com outras atividades dos estabelecimentos que n�o aquelas ligadas � agropecu�ria, como receitas com desinvestimento, servi�os de turismo rural, explora��o mineral, atividade de artesanato, entre outras.

O n�mero de estabelecimentos que apresentam outras receitas � substancialmente significativo nos munic�pios que comp�em a Amaz�nia Legal e o Semi�rido Nordestino. O destaque foi o munic�pio de Monte do Carmo, em Tocantins, onde 66,2% do total das receitas dos estabelecimentos agropecu�rios foram compostos por essas outras receitas.

Em Santa Cruz de Minas, em Minas Gerais, 100% dos estabelecimentos agropecu�rios obtiveram receitas com turismo rural, o equivalente a 50,6% das receitas totais dos estabelecimentos.

O munic�pio de Po�, em S�o Paulo, tinha 24,7% do total das receitas dos estabelecimentos oriundos do turismo rural, mas somente 14,3% dos estabelecimentos locais relataram obter alguma renda com essa atividade.

Em valores absolutos, os estados com maior arrecada��o de outras receitas que n�o da produ��o agropecu�ria foram Paran�, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.


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