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Estado de Minas ALTA DE PRE�OS

Prepare o bolso: a cerveja tamb�m vai ficar mais cara em 2021

Segundo especialistas de mercado e fabricantes, a alta do d�lar e a falta de insumos encareceram a produ��o; aumento deve ficar entre 10% e 15%


19/01/2021 15:14 - atualizado 19/01/2021 16:13

Segundo especialistas, mudança de hábitos, com o maior consumo da bebida em casa, também impacta o mercado(foto: Leandro Couri/EM/D.A PRESS)
Segundo especialistas, mudan�a de h�bitos, com o maior consumo da bebida em casa, tamb�m impacta o mercado (foto: Leandro Couri/EM/D.A PRESS)
O aumento no pre�o dos insumos, a escassez de embalagens e o custo da energia devem deixar a cerveja mais cara neste ano, segundo estimativas de produtores e de entidades do setor. O impulso da moeda norte-americana afeta diretamente o custo dos commodities, como o milho, a cevada, as leveduras e o alum�nio, que s�o base da cadeia de produ��o da bebida.

Embora a infla��o da bebida em 2020 tenha sido de 1,94%, segundo o IBGE, o mercado deve reposicionar os pre�os neste primeiro semestre, e o aumento ao consumidor final deve ficar entre 10% e 15%seguindo a tend�ncia de aumento dos alimentos.

 

“A constante alta do d�lar gerou impacto no custo dos commodities, sem contar o custo de energia el�trica, que tamb�m aumentou. Esses fatores t�m influ�ncia direta no pre�o das bebidas. Se foi poss�vel segurar at� o momento, certamente o impacto vai desaguar em 2021", diz o diretor da Escola Superior de Cerveja e Malte (ESCM) Carlo Enrico Bressiani.

E ele complementa: "O Brasil � um pa�s fechado, cheio de burocracia e que enfrenta problemas com a varia��o cambial. Quem sofre mais s�o as pequenas empresas, porque a maioria n�o tem contratos de compra e fornecimentos mais est�veis e adquire produtos conforme a demanda. Mas at� os grandes ter�o de aumentar o pre�o para o consumidor final”.

 

O produtor e sommelier de cervejas e presidente da Federa��o Brasileira das Cervejas Artesanais, Marco Falcone, explica que a maioria dos produtos utilizados na fabrica��o das cervejas � importada e negociada na moeda norte-americana, sofrendo diretamente com varia��o cambial.

O d�lar americano era cotado a R$ 4,02 em janeiro de 2020 e fechou o ano passado custando R$ 5,45.

“N�s temos um vi�s inflacion�rio muito relevante, porque os produtos s�o indexados em d�lar, e a cerveja vai sofrer com aumento dos insumos importados. Eu falo de 13% de aumento m�dio em todo o setor. O que n�o � pouca coisa”, observa.

Tentar minimizar o impacto 

Falcone endossa o que diz o diretor da ESCM sobre o repasse dos valores. Para ele, os produtores est�o no limite e, por quest�o de sobreviv�ncia das pequenas cervejarias, os aumentos n�o poder�o ser mais adiados.

“Vamos tentar, num primeiro momento, apenas resgatar os pre�os normais, para n�o causar uma retra��o muito brusca no consumo. O nosso prop�sito � tentar minimizar o impacto, mas eu acredito que o setor n�o tem mais f�lego pra n�o promover aumentos nos pr�ximos meses”, adverte.

Venda recorde de latinhas

 

A mudan�a no h�bito de consumo de cerveja com a pandemia de COVID-19 tamb�m � respons�vel pela expans�o dos pre�os da bebida.

� o que diz Edinelson Marques, gerente comercial do Grupo Pinho, especializado em com�rcio exterior e log�stica aduaneira. Ele lembra que, com a COVID-19, o consumo da cerveja, que era feito primordialmente por meio de garrafas de vidro em bares e restaurantes, foi substitu�do por latas de alum�nio consumidas nas casas das pessoas.

A cerveja em lata tem pre�o unit�rio menor e � mais f�cil para a log�stica de compra e transporte e para o consumidor armazenar na geladeira, al�m de estar em maior disponibilidade nos supermercados.

 

“O consumidor final, quando vai ao mercado, olha o pre�o, o que n�o ocorre quando vai ao bar. Ent�o, o h�bito de consumir em casa em vez de consumir em bares e restaurantes, que est�o fechados pela pandemia, fez com que o �ndice de consumo de latas aumentasse absurdamente, batendo recordes. Entretanto, o nosso pa�s n�o tem capacidade instalada pra atender � demanda. As cervejarias, ent�o, come�aram a importar latas com o d�lar l� em cima. O custo da cerveja vai aumentar tamb�m em raz�o disso.”

 

O gerente comercial respons�vel por bebidas no Grupo Super Nosso, Wendel Carvalho, calcula que a ind�stria cervejeira est� passando para o varejo um reposicionamento de pre�os entre 10% e 12%.

Ele afirma que as redes de supermercado, tanto de atacado quanto no varejo, tendem a n�o transferir esse custo de imediato, mas que o consumidor dever� sentir o aumento dentro dos pr�ximos 20 dias. “Estamos estudando todas as alternativas para diminuir o impacto desses repasses nas categorias de cervejas”, assegura.

 

*Estagi�rio sob supervis�o da subeditora Kelen Cristina 


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