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Estado de Minas ECONOMIA

'N�s queremos privatizar, mas n�o � tudo tamb�m, n�o', diz Bolsonaro

Presidente descartou a venda da Casa da Moeda do Brasil, da Ceagesp e da Embrapa


20/02/2021 19:50 - atualizado 20/02/2021 22:46

(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
(foto: Marcelo Camargo/Ag�ncia Brasil)
O presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro, disse neste s�bado (20/02) que o governo mant�m planos para avan�ar na agenda de privatiza��es, mas que "n�o � tudo" que ser� privatizado. Ele descartou, por exemplo, a privatiza��o da Casa da Moeda do Brasil. Em mudan�a de discurso, Bolsonaro tamb�m afirmou que a Companhia de Entrepostos e Armaz�ns Gerais de S�o Paulo (Ceagesp) n�o ser� privatizada "da forma que queriam", mas n�o negou a possibilidade de venda do entreposto.

Em dezembro, Bolsonaro chegou a dizer que a Ceagesp n�o seria privatizada por "ratos" com o interesse de "beneficiar amigos". Neste s�bado, o mandat�rio mudou o tom. "N�s queremos privatizar, mas n�o � tudo tamb�m, n�o. Privatizar a Casa da Moeda? Negativo. Privatizar Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecu�ria)? Para qu�? Privatizar da forma como queriam a Ceagesp, n�o vai ser privatizada, pode ter certeza disso", declarou ao falar com populares durante sua passagem por Campinas (SP).

A companhia � alvo de estudos do governo para a sua desestatiza��o. No ano passado, o governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB-SP), anunciou um acordo com o governo federal para transferir a Ceagesp para outro endere�o, �s margens do Rodoanel M�rio Covas e passar sua administra��o para a iniciativa privada. O plano era facilitar o acesso de caminh�es que diariamente abastecem o local com produtos agr�colas do Brasil todo.

A negocia��o de Doria foi articulada com Salim Mattar, ent�o secret�rio especial de Desestatiza��o e Privatiza��o, que deixou o cargo em agosto do ano passado insatisfeito pela paralisia do governo na agenda de privatiza��es.

Desde 2019, a Ceagesp est� inclu�da no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), em decreto assinado pelo pr�prio Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. A partir disso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) contratou duas consultorias em mar�o do ano passado por R$ 2,6 milh�es para estudar o modelo de privatiza��o.

O jornal "O Estado de S. Paulo" mostrou que em dezembro, quando o presidente descartou vender a empresa, R$ 560 mil j� haviam sido pagos.

O BNDES negou que haja orienta��o para paralisar as an�lises. O Minist�rio da Economia confirmou que os estudos n�o foram interrompidos e disse que os resultados ser�o levados para discuss�o do Conselho do PPI, �rg�o formado pelo presidente da Rep�blica, ministros e presidentes dos bancos p�blicos. Segundo a pasta, uma decis�o sobre a venda ou n�o da empresa p�blica s� ser� tomada ap�s os estudos serem conclu�dos, o que est� previsto para ocorrer at� o fim de mar�o.

Neste s�bado, Bolsonaro voltou a elogiar a atua��o e o trabalho "excepcional" do coronel da Pol�cia Militar e ex-comandante da Rota Ricardo Mello Ara�jo, nomeado diretor-presidente da Ceagesp em outubro.

O presidente tem atribu�do ao militar as mudan�as na gest�o da companhia. "(Antes) Tudo era roubo, tudo era propina. Ent�o, a gente vai atacando as coisas, n�o d� para mudar de uma hora para a outra. O navio, voc� n�o consegue dar um cavalo nele. Agora, quando eu descubro vou para cima", disse. "Quando botei o coronel l� levei pancada: 'ah, um coronel n�o gestor'. A Ceagesp era caso de pol�cia e ele tinha acabado de comandar a Rota em S�o Paulo, era o cara ideal. Ele demonstrou ao longo desses �ltimos meses, al�m de moralizar aquilo, ele tamb�m mostrou como bem gerenciar a Ceagesp, que � motivo de orgulho de muita gente", declarou.

A fala sobre a Ceagesp e os planos de privatiza��o do Executivo, divulgada em v�deo por um canal no YouTube, foi motivada ap�s uma pergunta ao presidente sobre a "celeridade de pautas" do governo na C�mara. "Eu tenho certeza (que as pautas ganhar�o celeridade)", disse.

Bolsonaro responsabilizou o ex-presidente da C�mara do Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) pelo fracasso do governo de promover uma agenda de privatiza��es. A venda de estatais, com receita estimada em R$ 1 trilh�o, � prometida pelo ministro Paulo Guedes desde o in�cio do governo.

"O pr�prio ex-presidente (da C�mara, Rodrigo Maia) disse h� poucas semanas que agora ele vai fazer uma oposi��o contra o presidente Jair Bolsonaro, coisa que ele n�o podia falar enquanto era presidente", comentou. "O ex-presidente tinha uma liga��o enorme com PT, PCdoB e PSOL, ent�o as agendas liberais n�o andavam. Esse pessoal � estatizante", justificou.


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