Sem citar o nome do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, Bolsonaro, que anunciou a demiss�o do executivo por meio das redes sociais no �ltimo dia 19, disse que o novo escolhido para o cargo, general Joaquim Silva e Luna, n�o vai interferir na pol�tica de pre�os da companhia. O mandato de Castello Branco se encerra no dia 20 de mar�o.
"Ele (Castello Branco) s� sai depois do dia 20, n�o quer dizer que o outro (Silva e Luna) vai interferir. Para evitar que o pessoal do mercado fale um mont�o de besteira, ou melhor, o pessoal especular no mercado", disse, manifestando contrariedade com a rea��o dos investidores � sa�da de Castello Branco, comportamento que levou a uma forte queda nas a��es da companhia.
Bolsonaro disse ainda que diversas frentes poderiam ter sido buscadas para reduzir o pre�o dos combust�veis, mas Castello Branco n�o atuou em nenhuma delas. Ele defendeu ainda novas refinarias no Pa�s - sem deixar claro se elas seriam constru�das pela Petrobras, que, por sua posi��o de dom�nio no mercado, assumiu compromisso de vender seus ativos nessa �rea junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (Cade), ou se isso caberia a outras empresas do setor privado.
"Mas tem como atacar outras �reas, fraude, batismo, pre�o abusivo para diminuir o pre�o, porque nos dois anos em que esteve l� nada disso foi levado em conta. Buscar maneiras de termos mais refinarias no Brasil, eu sei que demora, mas tem que come�ar", afirmou.
A um de seus apoiadores, Bolsonaro reconheceu haver pouca chance de que o projeto de lei amplie o excludente de ilicitude para policiais e reduza a pena de agentes que matarem cidad�os durante o servi�o.
"Com esse nosso parlamento acho dif�cil passar. No Senado acho dif�cil", disse. Segundo o presidente, essa � a raz�o pela qual, em pouco mais de dois anos de mandato, ele autorizou poucas opera��es de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) - quando militares s�o enviados para garantir a seguran�a.
"Pode ver, GLO, em dois anos, quase n�o tivemos. Eu segurei, porque se manda tropa pra rua, depois acontece um embate, um embate, morre um vagabundo, e porque morreu com mais de dois tiros voc� acusa o lado de c� de execu��o", disse.
A um pedido feito por um policial para isentar a categoria do pagamento de imposto de renda, Bolsonaro disse que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) exige que a ren�ncia seja compensada com aumento de outro tributo. "Eu n�o quero prometer nada, quando isento algu�m tem que arranjar outra fonte de custeio, isso est� na LRF", afirmou.
Como exemplo, ele citou o decreto que vai isentar, por dois meses, tributos federais que incidem sobre o diesel e o g�s de cozinha. "Vou ter que tirar de algum lugar, se eu for tirar IR de policial (militar), vamos supor, vou ter que tirar de policial civil, For�as Armadas. D� uma quantia que vamos ter que aumentar imposto em outro lugar. Isso diz a LRF, e duvido que algu�m consiga alterar, a n�o ser numa reforma tribut�ria que est� para acontecer", afirmou.
Bolsonaro afirmou ainda que n�o conseguiu cumprir a promessa de campanha de atualizar a tabela do Imposto de Renda da Pessoa F�sica (IRPF) em raz�o da pandemia. "Eu ia mexer na tabela do IR mas a pandemia me fez endividar em R$ 700 bilh�es", afirmou. "(� como) Prometer uma bicicleta pro teu filho no Natal, mas algu�m ficou doente, gastou muito com m�dico e n�o tem, s� isso. Esse problema que eu enfrentei por ocasi�o da pandemia."
O presidente disse ainda que o fechamento de com�rcio e servi�os em Estados e munic�pios para conter a circula��o da covid-19 estaria ainda pior com Fernando Haddad, que disputou a elei��o em 2018 pelo PT. "Agora, se tivesse Haddad em meu lugar, esse lockdown no brasil seria brincadeira. Voc� n�o imagina o que poderia estar acontecendo."
Bolsonaro voltou a defender o projeto de transformar a ba�a de Angra dos Reis em uma "Cancun" brasileira.