
A gasolina foi a grande vil� da maior infla��o no m�s de mar�o dos �ltimos seis anos em Belo Horizonte. Com a alta de 14,02%, o produto foi respons�vel por elevar o custo de vida na capital, chegando a 1,24%. A gasolina comum sozinha foi respons�vel em 0,5 ponto percentual desse total, com aumento de 3,4%. O dados s�o da pesquisa do �ndice de Pre�os ao Consumidor Ampliado (IPCA) e IPCR, divulgado pela Pesquisa Ipead/UFMG, na manh� desta quarta-feira (7/4).
A coordenadora da pesquisa, Thaize Martins, destaca que desde 2015 n�o se via esse patamar para o m�s de mar�o. Contribu�ram tamb�m o aumento de outros �tens n�o alimentares, como o pre�o do autom�vel novo e as assinaturas de internet e de telefonia fixa.
O custo da cesta b�sica, definida pelo Decreto-Lei 399/38, que representa os gastos de um trabalhador adulto com a alimenta��o, apresentou varia��o negativa de 3,24%, entre fevereiro e mar�o de 2021. O valor da cesta em mar�o deste ano foi de R$ 552,32, o equivalente a 50,21% do sal�rio m�nimo.
Os alimentos in natura (de sacol�es) apresentaram queda, com reflexo de redu��o de 3,24% na cesta b�sica, em compara��o com fevereiro. O tomate e a batata tiveram os menores pre�os registrados. "O pre�o do tomate varia muito de acordo com a condi��o clim�tica o per�odo de entresafra, tempos chuvosos geram maior perda na colheita e na apar�ncia do fruto, provocando e escassez no mercado. Em tempos de sol, a matura��o � mais r�pida e tamb�m a colheita, aumentando a disponibilidade no mercado."
O �leo de soja, que subiu muito no ano passado, acumulando no �ltimos 12 meses um percentual de 80% , teve em mar�o, queda de 1,52%. Itens que s�o mais atrelados a intefer�ncias do c�mbio e do cen�rio externo s�o os que mais tem aumentado e podem continuar aumentando com a tend�ncia de maior valoriza��o do d�lar, explica a coordenadora da pesquisa.
O �ndice de Confian�a do Consumidor (ICC-BH) apresentou forte queda em mar�o (-19,54%), ap�s alta verificada em fevereiro, interrompendo a recupera��o observada no in�cio do ano. Em compara��o com o m�s de fevereiro, as componentes "Situa��o Econ�mica do Pa�s" e "Emprego" foram as que mais contribu�ram para a piora do humor dos consumidores belo-horizontinos, que se mostraram mais pessimistas.
"No geral consumidor continua pessimista, est� no n�vel mais pessimista desde o in�cio da s�rie hist�rica iniciada em 2004. Em mar�o foi de 29%," destaca Thaize. Contribu�ram para o baixo �ndice fatores como o cen�rio de novo fechamento de com�rcio, maiores restri��e de circula��o, e a piora nos n�meros de infec��o da pandemia piorando. "Mar�o trouxe influ�ncia negativa na percep��o do consumidor em rela��o a componentes como a infla��o, desemprego e situa��o econ�mica do pa�s."
"O aumento da taxa selic, que se encontrava sem altera��es h� algum tempo, trouxe reflexos nas demais �reas. Ainda o cheque especial e cart�o de cr�dito, alvo maior de utiliza��o pela popula��o requerem maiores cuidados dos consumidores, devido �s taxas mais altas praticadas no mercado", alerta Thaize.
As tarifas banc�rias tiveram poucas altera��es de um m�s para o outro no in�cio, mas a pesquisa permite que o consumidor possa comparar as pr�ticas em diversas insitui��es. A pesquisa mensal de tarifas banc�rias � uma s�ntese das taxas cobradas pelos principais produtos e servi�os oferecidos para pessoa f�sica, praticadas pelos bancos (p�blicos e privados) mais atuantes em Belo Horizonte.
S�o pesquisadas as tarifas para confec��o de cadastro, dep�sito identificado, fornecimento de 2ª via de cart�o de cr�dito, dentre outras. Com essa pesquisa, a Funda��o Ipead oferece � popula��o informa��o qualificada sobre as tarifas de servi�os oferecidos pelas institui��es financeiras, cabendo ao consumidor a an�lise cr�tica dos valores cobrados e a verifica��o daquela que atende melhor �s suas necessidades.