
Segundo o ministro, j� existe uma proposta de emenda � Constitui��ol (PEC) aprovada no ano passado, que permite o aumento de gastos para cobrir as necessidades de combate e reflexos da pandemia e, por meio dela, � poss�vel estender o pagamento, como foi feito para este ano.
“Se Deus quiser, teremos dias melhores � frente e vamos celebrar tamb�m o fim dessa doen�a, mas o aux�lio emergencial � uma arma que n�s temos e pode, sim, ser renovado. Se, ao contr�rio do que esperamos, se a doen�a continuar fustigando, e as mortes continuam elevadas, a vacina, por alguma raz�o n�o est� chegando, tem que renovar, vamos ter que renovar”, afirmou Guedes, ao participar hoje (27) do encontro Di�logos com a Ind�stria, realizado em um hotel de Bras�lia, pela Coaliz�o Ind�stria, que conta com a Associa��o de Com�rcio Exterior do Brasil (AEB) e congrega 15 entidades.
Apesar disso, n�o � com esta possibilidade que o governo est� trabalhando neste momento, disse o ministro. “N�o � a nossa expectativa hoje. A expectativa � que est� avan�ando a imuniza��o, mas vamos observar. O aux�lio � uma ferramenta para uma camada de prote��o e, sim, que tem que ser renovado. Hoje achamos que, se a vacina��o em massa progride, pode ser que n�o seja necess�rio [ampliar o pagamento do aux�lio]”, afirmou.
Para Guedes, a resposta para se vai haver ou n�o a prorroga��o do aux�lio emergencial � a pandemia e o ritmo de vacina��o. “Se n�s tivermos vencendo o combate, a vacina��o em massa e, mais, at� o final de julho, tivermos vacinado 60%, 70% da popula��o e com 100% da popula��o idosa vacinada, onde est� a maior parte da incid�ncia de �bitos. Se n�s atingirmos o controle da pandemia atrav�s da imuniza��o, porque antes era a ideia de imuniza��o de rebanho, n�o se falava em vacina, nunca se falou em vacina, teste em massa, quando a doen�a chegou, depois � que foram se desenvolvendo estes armamentos adicionais. Desenvolveu-se a vacina e come�ou a busca pela vacina”, informou, acrescentando que, al�m dos percentuais mais elevados de vacina��o, vai ser considerada a queda nos casos de �bitos com retorno aos n�veis registrados no fim da primeira onda entre 100 e 300 por dia.
“Hoje � f�cil dizer que o governo n�o viu isso e aquilo. Na verdade, o Brasil inteiro foi para as elei��es. Se a classe pol�tica achasse que a doen�a estava a�, firme e forte ainda, ela tinha adiado as elei��es. Havia uma convic��o de que a doen�a estava arrefecendo. Aconteceram as elei��es, depois vieram as festas de fim de ano, as festas dos mais jovens”, destacou.
Guedes comentou que, embora o programa anterior para a libera��o do aux�lio emergencial tivesse prazo para terminar em 31 de dezembro de 2020, algumas parcelas ainda seriam pagas nos dois primeiros meses deste ano. “A economia ainda estava relativamente protegida por dois meses. Dois meses e meio depois, ent�o, entraram os nossos programas de novo.”
Segundo o ministro, o c�lculo da primeira fase do aux�lio tinha sido feito com base em expectativas do Minist�rio da Sa�de sobre a evolu��o da pandemia logo no come�o dos casos no Brasil. O cen�rio, no entanto, n�o se confirmou, e veio a segunda onda e a necessidade de novos aux�lios.
De acordo com Guedes, a� entrou o timing pol�tico que foi o processo eleitoral das presid�ncias da C�mara dos Deputados e do Senado. “Existia o protocolo, que era uma PEC que j� renovava, j� tinha cl�usula de calamidade p�blica. Era apertar o bot�o e disparava tudo outra vez, era o nosso aprendizado. S� que havia um processo pol�tico. Quem d� o timing das coisas que acontecem � a pol�tica. Estava vindo uma elei��o com disputa forte de quem seria o presidente da C�mara e o presidente do Senado. Ent�o, acabamos esperando”, disse Guedes. Ap�s a elei��o de Arthur Lira (PP-AL) na C�mara e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) no Senado, Guedes reuniu-se com os dois no Minist�rio da Economia, e o assunto era aux�lio emergencial e vacina.