
Apesar da situa��o cr�tica da pandemia, do desequil�brio fiscal e da dificuldade em avan�ar com as reformas, os estrangeiros d�o sinais que voltaram a apostar no Brasil. Desde janeiro, o saldo de dinheiro estrangeiro na B3, a bolsa de valores de S�o Paulo, j� chega a R$ 44 bilh�es - n�mero que contrasta fortemente com o primeiro semestre do ano passado, quando a bolsa viu uma sa�da de R$ 76 bilh�es de dinheiro dos investidores de outros pa�ses.
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"A chance � de termos uma 'janela' (de aberturas de capital) muito forte. J� houve uma retomada da entrada de estrangeiros nas �ltimas semanas. E, para se atrair o estrangeiro, quanto maior a opera��o, mais f�cil fica", diz Roderick Greenleess, respons�vel global do banco de investimento do Ita� BBA.
"Estamos vendo agora um volume de estrangeiros um pouco maior do que no passado recente. Ele come�ou a montar uma posi��o em Brasil, e isso ajuda, mas tem ocorrido, por enquanto, mais no secund�rio (em a��es que j� est�o listadas na bolsa)", comenta F�bio Nazari, s�cio do BTG Pactual respons�vel pelo mercado de renda vari�vel.
O executivo cita que a Bolsa contou com um "rally" recente e, apesar de um pouco mais de volatilidade nas �ltimas semanas, a demanda pelas �ltimas ofertas tem sido grande. O pr�prio BTG fez uma oferta de a��es neste m�s de quase de R$ 3 bilh�es, registrando elevada demanda.
Rumo ao recorde
As grandes opera��es de abertura de capital previstas para o pr�ximo m�s v�m animando o mercado. A proje��o dos bancos de investimento � de que a nova safra de aberturas de capital, entre julho e setembro, movimente cerca de R$ 40 bilh�es.
Isso deve fazer com que as emiss�es de a��es batam um novo recorde este ano - j� foram cerca de R$ 80 bilh�es desde janeiro. O Ita� BBA, por exemplo, prev� um volume total no ano entre R$ 150 bilh�es e R$ 170 bilh�es.
"Estamos muito otimistas para a pr�xima 'janela' (de aberturas de capital). Estamos vendo que, ap�s alguns dados locais positivos, como a retomada do n�vel de atividade, voltamos a ver o fluxo de gringos (na bolsa). A conjuntura mostra um momento mais construtivo do que a janela de janeiro", diz Bruno Saraiva, correspons�vel pelo banco de investimento do Bank of America no Brasil.
Por isso, a sua leitura � de que o investidor estrangeiro deve participar de forma relevante nas pr�ximas aberturas de capital. "H� espa�o para boas companhias", diz.