
Conforme dados Tesouro Nacional divulgado nesta ter�a-feira (29/6), deficit prim�rio nas contas do governo central – que inclui Tesouro, Banco Central e Previd�ncia social – somou R$ 20,9 bilh�es no m�s passado.
De acordo com o Tesouro, o dado foi melhor do que o esperado. “O resultado foi significativamente superior � mediana das expectativas da pesquisa Prisma Fiscal do Minist�rio da Economia, que indicava um deficit de R$ 48,7 bilh�es”, informou o �rg�o subordinado � Economia.
Em 2020, o rombo das contas p�blicas foi de R$ 126,6 bilh�es. Para esse saldo negativo no m�s passado, a receita l�quida apresentou crescimento real de 93,4% em maio na compara��o com o mesmo per�odo do ano passado, somando R$ 112,9 bilh�es, de acordo com os dados da pasta.
Enquanto isso, as despesas tiveram redu��o 31,4%, na mesma base de compara��o, para R$ 133,8 bilh�es.
Os resultados das contas do Tesouro Nacional e do Banco Central foram superavit�rios em R$ 6,5 bilh�es, enquanto isso, a Previd�ncia Social (RGPS) apresentou deficit de R$ 27,4 bilh�es, de acordo com o relat�rio.
No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, as contas p�blicas ficaram positivas em R$ 19,9 bilh�es, revertendo o deficit prim�rio de R$ 222,5 bilh�es contabilizados de janeiro a maio do ano passado, que foi impulsionado com o aumento dos gastos p�blicos com medidas para conter os efeitos da pandemia, como o aux�lio emergencial, que na primeira rodada tinha valor mensal de R$ 600 e chegava a R$ 1,2 mil para as fam�lias vulner�veis chefiadas por mulheres.
At� maio, o deficit da Previd�ncia Social somou R$ 104,6 bilh�es, enquanto Banco Central e Tesouro contabilizaram superavit prim�rio de R$ 125,5 bilh�es.
J� o resultado prim�rio do governo central em 12 meses at� maio acumula ainda um deficit elevado, de R$ 535,7 bilh�es, o equivalente a 6,3% do Produto Interno Bruto (PIB).
De janeiro a maio, as receitas prim�rias apresentaram crescimento expressivo tanto na arrecada��o administrada pela Receita Federal quanto nas n�o administradas, de acordo com o secret�rio do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt.
Ele destacou, por exemplo, o aumento de 333,5% na entrada de dividendos das estatais, que passaram de R$ 3,2 bilh�es em 2020, para R$ 14 bilh�es em 2021 e reconheceu que a infla��o mais alta tamb�m vem ajudando nesses dados melhores em rela��o ao ano passado.
“Estamos vendo uma recupera��o disseminada da receitas primarias e vemos recupera��o n�o apenas das receitas administradas de tributos e contribui��es. A gente v� essa recupera��o tamb�m nas receitas n�o administradas e tamb�m relacionadas � eleva��o do �ndice de pre�os”, afirmou.
Os dados do Tesouro mostram redu��o do deficit da Previd�ncia Social no acumulado em 12 meses at� maio, chegando a R$ 231,9 bilh�es, R$ 65,1 bilh�es a menos do que o registrado em maio de 2020.
Enquanto isso, o rombo do sistema das aposentadorias de servidores (RPPS) e dos militares tem se apesentado levemente est�vel, em torno de R$ 97 bilh�es.
De acordo com Bittencourt, nos �ltimos meses, entretanto, os efeitos da pandemia tem impactado mais o deficit no RGPS, “devido � antecipa��o dos pagamentos do 13º dos aposentados pelo RGPS”.