(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas PINK TAX

Taxa rosa: mulheres pagam mais caro que os homens pelos mesmos produtos

Pesquisas mostram que as mulheres recebem menos que os homens, vivem por mais tempo e pagam mais caro em produtos de mesma categoria


16/07/2021 18:40 - atualizado 16/07/2021 19:12

Taxa rosa é um adicional incluído em produtos com 'roupagem' feminina(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press )
Taxa rosa � um adicional inclu�do em produtos com 'roupagem' feminina (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press )
A Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) fez uma pesquisa sobre a taxa rosa, um adicional inclu�do em produtos com “roupagem” feminina. O estudo mostrou que, em m�dia, os itens cor de rosa e com personagens femininos s�o vendidos com o valor 12,3% maior que os outros no Brasil.

  

A pesquisa aponta que produtos como roupas de beb� femininas s�o 20% mais caras que as masculinas. Artigos de higiene e brinquedos tamb�m s�o mais caros quando direcionados para mulheres e absorventes, itens essencialmente femininos, t�m taxas mais caras quando comparados aos demais produtos. 

 

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) apresentou dados, em um estudo de 2019, de que as mulheres recebem, em m�dia, 77,7% do sal�rio dos homens. Quando os cargos s�o de maior rendimento, como diretor e gerente, essa diferen�a � ainda maior e as mulheres ganham apenas 61,9% do rendimento dos homens.

 

Quando o assunto � diploma, as mulheres s�o o maior grupo. Entre 25 e 34 anos, 25,1% das mulheres j� conclu�ram o ensino superior, contra 18,3% dos homens de mesma faixa et�ria. Entretanto, nas institui��es de gradua��o, menos da metade dos docentes s�o mulheres, 46,8%.

 

Em outra pesquisa feita pelo IBGE no mesmo ano, as t�buas de mortalidade no Brasil mostram que a m�dia de expectativa de vida no pa�s � de 76,6 anos. Para as mulheres, esse n�mero sobe para 80,1 anos e para os homens, ele desce para 73,1 anos. Portanto, as mulheres rendem mais que os homens, vivem por mais tempo recebendo um sal�rio menor e pagando mais caro que eles pelos mesmos produtos.

 

De acordo com o Instituto de Defesa do Consumidor no Brasil (IDEC), os pre�os n�o deveriam ter diferencia��o. E tamb�m os estabelecimentos que cobram pre�os reduzidos para mulheres em eventos de lazer est�o infringindo a regra de direitos iguais, uma vez que a diferencia��o dos valores fere a igualdade entre os g�neros e desrespeita a dignidade das mulheres, utilizando-as como “iscas”.

 

A professora do curso de Finan�as do ISAE Escola de Neg�cios, Myrian Lund, d� dicas sobre o que fazer para melhorar a situa��o:

  

  • Optar pelo produto mais barato, com a mesma qualidade, sem se preocupar com a sua cor (rosa ou azul) ou desenho
  • Registrar a sua queixa ou insatisfa��o - o Instituto de Defesa do Consumidor afirma que, apesar de os fornecedores ou fabricantes terem liberdade de determinar o pre�o dos produtos, � poss�vel questionar esse tipo de pr�tica de diferencia��o de pre�os por g�nero. A recomenda��o � reunir recibos e notas fiscais para comprovar a distor��o e poder formalizar a reclama��o nos �rg�os de defesa do consumidor
  • Antes de comprar produtos, verificar a diferen�a de pre�os e qualidade nos destinados �s mulheres, comparando-os com o pre�o do mesmo artigo masculino
* Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie. 

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)