
Segundo o BC, Open Banking � a "possibilidade de clientes de produtos e servi�os financeiros permitirem o compartilhamento de suas informa��es entre diferentes institui��es autorizadas pelo Banco Central e a movimenta��o de suas contas banc�rias a partir de diferentes plataformas e n�o apenas pelo aplicativo ou site do banco, de forma segura, �gil e conveniente".
A primeira fase do sistema come�ou em fevereiro deste ano e, nesta sexta, o cronograma segue para a 2ª fase, com o in�cio do compartilhamento de dados cadastrais e transacionais dos clientes. A previs�o � que esta etapa seja finalizada em 30 de agosto.
Para os usu�rios do tipo pessoa f�sica, o principal benef�cio ser� a oferta de produtos e servi�os mais adequados ao seu perfil, com custos mais acess�veis. Segundo Caio Bretones, fundador e CEO da Mobile2you, o Open Banking vai tirar as institui��es financeiras da zona de conforto.
"Nessa fase, as pessoas poder�o validar o compartilhamento das informa��es. Isso vai fazer as institui��es financeiras se inovarem, sair da zona de conforto. O que pode banalizar os servi�os que eles j� oferecerem, porque as outras institui��es ter�o possibilidade de conceder melhores op��es do que seu banco te d�", explica Caio.
O que vai ser compartilhado?
Dado o OK para o compartilhamento de seus dados financeiros, o cliente est� liberando que o Banco Central forne�a algumas informa��es para a institui��o que solicitar. Apesar de parecer simples, os bancos n�o podem apenas pedir ao BC.
O cliente deve ser consultado pela institui��o financeira e, somente, quando ele liberar a solicita��o de dados � que os bancos e demais empresas do ramo poder�o pedir ao BC.
Ou seja, a segunda fase vai permitir que o Banco Central compartilhe seus dados financeiros quando voc� mesmo autorizar.
"Quando voc� precisa fazer um financiamento em outro banco e te pedem extrato de um per�odo maior do que � poss�vel tirar pela internet banking, demora muito para ter as respostas de um dado que � seu. Nesse caso do Open Banking, voc� concorda que suas informa��es ficar�o dispon�veis no BC e as institui��es podem consulta-las, quando houver sua permiss�o. � um aval para que, quando eu quiser e tiver a necessidade, o banco pode usar. Mas os dados s�o meus, ent�o eu permito se for preciso", explica Bretones.
Segundo o Banco Central, os clientes que autorizarem o compartilhamento, estar�o permitindo acesso a:
- Dados cadastrais (ex: nome completo, CPF, endere�o);
- Informa��es sobre transa��es em suas contas (ex: extratos);
- Cart�o de cr�dito (ex: limites, opera��es);
- Produtos de cr�dito contratados (ex: empr�stimo).
Condi��es personalizadas
Segundo Caio, a utiliza��o do sistema vai estimular a cria��o de solu��es mais personalizadas para os clientes, inclusive com custos mais 'em conta'. "Voc� vai autorizar que outras institui��es utilizem essas informa��es para oferecer produtos financeiros. Elas far�o a avalia��o tra�ando as melhores op��es de contrata��o com base no seu perfil daquele momento".
O dia do lan�amento
A data escolhida para lan�ar a segunda fase do sistema carrega supersti��es e algumas tradi��es. Sextas-feiras 13 s�o famosas em filmes assustadores, mas para a internet tamb�m h� problemas. A data � tradicionalmente sujeita � dissemina��o de v�rus e outros ataques cibern�ticos, e a Federa��o Brasileira dos Bancos (Febraban) emitiu um comunicado para os clientes terem cuidado redobrado.
Algumas tentativas de golpe podem ser feitas, como convites para a��es do banco por SMS. Al�m disso, � importante evitar clicar em links enviados por outros canais, como e-mails.
"� uma data complicada, se a Febraban alertou para isso, talvez n�o fosse o melhor dia, mas agora � evitar clicar links suspeitos, que n�o s�o dos canais oficiais do banco. E tamb�m, dar o OK no compartilhamento de dados, se for necess�rio. Isso � opcional, ent�o se voc� n�o for precisar de algum produto financeiro com urg�ncia, tamb�m pode esperar um pouco para autorizar", finaliza Caio Bretones.
*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Eduardo Oliveira