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Estado de Minas NOSSO BOLSO

Pre�o da gasolina: o que entra nessa conta?

Pre�o m�dio do litro da gasolina comum est� em R$ 5,86 por litro, quase 40% maior que valor m�dio encontrado nas bombas h� um ano. Entenda os diversos fatores que comp�em o pre�o final para o consumidor.


20/08/2021 08:45 - atualizado 20/08/2021 10:37


Na segunda semana de agosto, litro de gasolina mais barato vendido no país custava R$ 4,99 e o mais caro passava de R$ 7,18(foto: Getty Images)
Na segunda semana de agosto, litro de gasolina mais barato vendido no pa�s custava R$ 4,99 e o mais caro passava de R$ 7,18 (foto: Getty Images)

Os brasileiros que abasteceram o tanque com gasolina comum na �ltima semana pagaram, em m�dia, R$ 5,86 por litro. O litro mais barato vendido no pa�s custava R$ 4,99 e o mais caro passava de R$ 7,18.

Os dados s�o do levantamento da Ag�ncia Nacional de Petr�leo, G�s Natural e Biocombust�veis (ANP) relativo � semana de 8 a 14 de agosto de 2021.

O pre�o m�dio subiu 40% em rela��o ao pre�o encontrado na bomba h� um ano. Se comparado ao pre�o de apenas um m�s atr�s, a alta foi de 0,6%.

A gasolina pesa no bolso do consumidor de classe m�dia que tem carro e dos trabalhadores que dependem de ve�culos automotores para seu sustento, como motoristas de aplicativos e entregadores. O aumento nos pre�os inclusive motivou motoristas de aplicativos a largarem esse trabalho, conforme contaram � BBC News Brasil.

Ainda no in�cio de 2021, os analistas j� previam mais aumento de pre�o de combust�veis neste ano - isso devido � expectativa de valoriza��o do barril do petr�leo, diante da previs�o de manuten��o da oferta restrita pela Opep (Organiza��o de Pa�ses Exportadores de Petr�leo) e R�ssia; aliada ao crescimento projetado da economia mundial, com o avan�o da vacina��o contra a Covid-19; e � incerteza com rela��o ao c�mbio, diante do desequil�brio das contas p�blicas nacionais

A mudan�a no pre�o da gasolina � influenciada pelo aumento no pre�o internacional do barril do petr�leo e o c�mbio, al�m da oferta e da demanda, mas n�o � s� isso que entra na conta.

A forma��o do pre�o do combust�vel � composta por diversos fatores e qualquer altera��o em pelo menos uma delas pode refletir no pre�o que o consumidor encontra no posto de combust�vel.

O que comp�e o pre�o que voc� paga pela gasolina na bomba?

Ao abastecer o carro, o valor pago pelo consumidor inclui custos como a remunera��o da refinaria, tributos federais e estaduais, a adi��o do etanol (obrigat�ria por lei), e lucro de postos revendedores do produto.

Os pre�os do litro da gasolina variam entre Estados e munic�pios, mas a an�lise do pre�o m�dio ao consumidor final nos 26 Estados e no Distrito Federal revela que o peso de cada componente no pre�o da gasolina fica da seguinte forma, segundo levantamento da Petrobras referente � primeira semana de agosto:

11.7% - Distribui��o e Revenda

15.9% - Custo Etanol Anidro

27.9% - ICMS (tributo estadual)

11.6% - CIDE, PIS/PASEP e COFINS (tributos federais)

32.9% - Realiza��o da Petrobras

A Petrobras controla os pre�os no Brasil?

O tamanho da Petrobras faz com que muitos digam que � ela que acaba determinando os pre�os no Brasil.

A empresa, por outro lado, argumenta que as revis�es de pre�o feitas pela companhia podem ou n�o se refletir no pre�o final, exatamente devido aos tributos e aos outros agentes da cadeia de comercializa��o dos combust�veis.

Estatal criada na d�cada de 1950 ap�s o movimento "O petr�leo � nosso", a Petrobras inicialmente tinha o monop�lio nessa �rea.

Ele s� acabou, em teoria, em 1997, quando o ent�o presidente Fernando Henrique Cardoso sancionou uma lei que extinguiu o monop�lio nas atividades de explora��o, produ��o, refino e transporte do petr�leo no Brasil.

Depois disso, empresas com sede no Brasil e constitu�das sob as leis brasileiras passaram a poder atuar nessas �reas mediante contratos de concess�o e autoriza��o.

Em 2010, foi criado tamb�m o regime de partilha para a explora��o do petr�leo do pr�-sal.

Nesse regime, a Petrobras tem a prefer�ncia de ser operadora e a participa��o dela no cons�rcio de empresas n�o pode ser inferior a 30%.

Mesmo com o fim do monop�lio, a Petrobras segue como a grande refer�ncia nessa �rea.

Hoje � uma empresa estatal de economia mista: tem capital aberto e o acionista majorit�rio � o governo brasileiro.


Contra o preço do combustível, manifestantes atearam fogo em pneus para fechar via em Brasília, em 2018(foto: Fabio Pozzebom / Agência Brasil )
Contra o pre�o do combust�vel, manifestantes atearam fogo em pneus para fechar via em Bras�lia, em 2018 (foto: Fabio Pozzebom / Ag�ncia Brasil )

Paridade internacional

A Petrobras adotou em 2016 o chamado PPI (Pre�o de Paridade Internacional), uma resposta � pol�tica de controle de pre�os dos combust�veis que vigorou durante o governo Dilma Rousseff (PT), que deteriorou a contabilidade da empresa, como parte de uma estrat�gia para controlar a infla��o.

Quando foi estabelecida a nova pol�tica de pre�os, eles chegaram a variar quase que diariamente, seguindo a flutua��o do mercado internacional.

Em setembro de 2018, �s v�speras da elei��o daquele ano, esses reajustes passaram a ser quinzenais. E, em meados de 2019, deixaram de ter prazo fixo, passando a depender da avalia��o da companhia sobre as condi��es de mercado e o ambiente externo.

A f�rmula usada pela Petrobras para calcular a rela��o entre os pre�os praticados pela empresa no Brasil e o mercado internacional n�o � conhecida.

Por conta disso, cada consultoria chega a um resultado diferente, com base em par�metros como o pre�o da gasolina no Golfo do M�xico, nos Estados Unidos, cota��es em Bolsa e outros.

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