
"O programa est� sendo estruturado e contar� com defini��o de meta m�nima de redu��o para concess�o de cr�dito", informou o minist�rio em nota distribu�da � imprensa. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 25, Albuquerque afirmou que "todos sabem que o custo da gera��o de energia tem aumentado em face da gera��o termel�trica". Segundo ele, desde o final do ano passado o governo tem acionado essas usinas.
"Estamos avaliando a m�trica para todos os consumidores. A ideia do programa � premiar aqueles consumidores que se esfor�arem em reduzir a carga e, assim, contribuir para o aumento da seguran�a, da confiabilidade e do custo de gera��o", disse o secret�rio de Energia El�trica do minist�rio, Christiano Vieira.
Ele afirmou que havia uma escassez bem caracterizada nos reservat�rios localizados no Sudeste, considerado a caixa d'�gua do sistema el�trico, mas que as perspectivas de chuvas na regi�o Sul n�o est�o se concretizando. Durante entrevista coletiva, ele citou aprova��o para aumentar a transfer�ncia de energia do Nordeste para Sudeste e Sul, para aproveitar a gera��o de usinas e�licas.
Para garantir o abastecimento de energia el�trica, o governo tem autorizado o acionamento de usinas termel�tricas, at� mesmo as mais caras. Segundo o secret�rio, hoje h� usinas em uso que custam acima de R$ 2 mil por megawatts-hora (MWh).
O governo espera, segundo ele, que o programa de redu��o de consumo volunt�rio voltado para os grandes consumidores, e as demais iniciativas, sejam op��es mais "econ�micas". "Com economia volunt�ria, poderemos n�o colocar em opera��o usinas com custo acima de R$ 2 mil/MWh", afirmou.
Apesar do incentivo financeiro para economia de energia, as medidas adotadas para evitar racionamento e apag�es v�o custar caro para o consumidor.
Conforme mostrou o Estad�o/Broadcast, c�lculos internos apontam a necessidade de que a bandeira vermelha n�vel 2, hoje em R$ 9,49 a cada 100 quilowatts-hora (kWh), seja elevada para algo entre R$ 15 e R$ 20. H� ainda um cen�rio-limite de at� R$ 25, mas � improv�vel que ele seja adotado. A bandeira para setembro ser� anunciada na sexta, 27. A bandeira vermelha 2 est� vigente desde junho.
O governo ainda decretou a redu��o compuls�ria do consumo de eletricidade na administra��o p�blica federal. �rg�os e entidades dever�o reduzir entre 10% a 20% o consumo de eletricidade de 1º de setembro a abril de 2022. Os �rg�os dever�o apresentar justificativas em casos em que n�o conseguirem atingir a meta de redu��o.
Medidas
A bonifica��o para consumidores residenciais faz parte de uma s�rie de a��es que o governo busca para tentar evitar apag�es em hor�rios de pico, quando h� mais demanda por energia. Na segunda-feira, 23, o MME publicou as regras para o programa similar de redu��o volunt�ria do consumo de energia, mas voltado para grandes consumidores, como as ind�strias. Em contrapartida, as empresas v�o receber compensa��es financeiras.
Para possibilitar uma maior ades�o ao programa, o governo acatou pleitos de agentes do setor e reduziu o lote m�nimo de economia que as empresas devem oferecer de 30 megawatts m�dios (MWm) para 5 MWm. As propostas dever�o ser apresentadas ao ONS e ser�o analisadas pelo Comit� de Monitoramento do Setor El�trico (CMSE). A medida valer� at� 30 de abril de 2022.
Sem chuvas
Bento Albuquerque afirmou que as perspectivas de chuvas at� o fim do per�odo seco deste ano, meados dos meses de setembro e outubro, "n�o s�o boas no momento".
Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, ele afirmou que os meses de julho e agosto registraram a pior quantidade de �guas que chegaram nos reservat�rios da s�rie hist�rica. "As perspectivas para o futuro que temos at� agora, em termos de precipita��o at� o final do per�odo seco, n�o s�o boas. Permanece com a perspectiva de menores precipita��es at� o final do per�odo seco, at� o final de setembro, outubro", afirmou.
O ministro afirmou que o governo monitora o setor el�trico 24 horas por dia e que nesta semana foram realizadas reuni�es importantes de forma extraordin�ria, do CMSE e da C�mara de Regras Excepcionais para Gest�o Hidroenerg�tica (CREG). "Identificamos que os meses de julho e agosto foram os piores meses da s�rie hist�rica de monitoramento do nosso setor el�trico. Particularmente, os reservat�rios da regi�o Sul, que corresponde a 10% da nossa capacidade de armazenamento e dos reservat�rios do Sistema Interligado Nacional como um todo. Isso evidentemente que causa consequ�ncia para a gest�o hidroenerg�tica do nosso sitema", afirmou.
O Pa�s enfrenta a pior crise h�drica nos �ltimos 91 anos, com grave escassez nos reservat�rios das principais usinas hidrel�tricas.
Na ter�a, 24, o Minist�rio de Minas e Energia (MME) admitiu, em nota, uma "relevante piora" no cen�rio h�drico do Pa�s e nas proje��es para os pr�ximos meses. O governo anunciou novas medidas para restringir o uso de �gua e afirmou ser "imprescind�vel" a ado��o de todas as a��es em andamento e propostas para garantir o fornecimento de energia.