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Estado de Minas ECONOMIA

BNDES vira 's�cio' da Mesbla e de outras empresas que n�o existem mais

Institui��o ressaltou que a��es de firmas em processos de recupera��o ou fal�ncia foram incorporadas ao balan�o da BNDESPar sem nenhum custo para sua aquisi��o


28/08/2021 08:00 - atualizado 28/08/2021 12:33

(foto: Carlos Altman/EM/D.A Press - 30/5/99)
(foto: Carlos Altman/EM/D.A Press - 30/5/99)
A estrat�gia do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) de vender a��es de grandes companhias que detinha em sua carteira � um mantra da atual gest�o, iniciada em julho de 2019. Desde ent�o, foram vendidos cerca de R$ 70 bilh�es, com destaque para opera��es bilion�rias envolvendo pap�is da Petrobras e da Vale. Em 2020, por�m, o banco tamb�m se tornou acionista de empresas inoperantes, em recupera��o judicial ou falidas, como Mesbla, Motoradio e Pir�mides Bras�lia.

A Mesbla era uma marca forte do varejo at� os anos 1990, quando foi � fal�ncia. A Motoradio foi uma tradicional fabricante de equipamentos de som para autom�veis nos anos 1970 e 1980. J� a Pir�mides Bras�lia, fabricante de espuma para colch�es (com a marca Pira Spuma), era atuante at� a d�cada de 1970. Mesmo inoperante, uma empresa pode seguir existindo formalmente, por exemplo, como massa falida - e, portanto, ter a��es.

A entrada dessas firmas no capital do banco vai na contram�o da estrat�gia vendedora, mas o BNDES foi obrigado a fazer isso por causa da extin��o do antigo Fundo PIS/Pasep, cujos recursos foram transferidos para o Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS), em meio �s medidas do governo federal para mitigar a crise econ�mica causada pela covid-19.

O BNDES ressaltou que as a��es de firmas "em processos de recupera��o ou fal�ncia ou outras situa��es inoperantes" foram "incorporadas" ao balan�o da BNDESPar, a empresa de participa��es do banco, "sem nenhum custo para sua aquisi��o".

Com exce��o da compra de uma fatia de 8% do capital da VLI, operadora ferrovi�ria controlada pela Vale, as aquisi��es de a��es de 2020 vieram do Fundo de Participa��o Social (FPS), uma "subconta" do Fundo PIS/Pasep.

Extinto com a transfer�ncia para o FGTS, o PIS/Pasep foi criado em 1975, n�o recebia novos recursos desde 1988 e era administrado pelo BNDES. Para executar a transfer�ncia de R$ 20,7 bilh�es do PIS/Pasep sob sua administra��o, o BNDES foi obrigado a adquirir os ativos do FPS, porque os recursos transferidos tinham de ser "l�quidos", ou seja, facilmente sacados pelos trabalhadores, explicou o banco.

Com a aquisi��o dos ativos do FPS, o BNDES se tornou acionista de empresas como a Mesbla, Motoradio, Pir�mides Bras�lia e outras como Paranapanema, Vulcabras, al�m de ter recebido mais a��es da Petrobr�s.

O �ltimo relat�rio de gest�o do Fundo PIS/Pasep, de 2020, classifica como "com evid�ncia qualitativa de perdas" as a��es de Lorenz, Mesbla, Motoradio, Nova Am�rica, Pir�mides Bras�lia, Transparan, Usina Santa Ol�mpia, Brasperola, SAM, Chapec�, Kosmos e Madef.

Por todo o bolo do FPS, o BNDES pagou R$ 226,3 milh�es, segundo o relat�rio de gest�o do PIS/Pasep. O valor � pequeno perto do total da carteira de participa��es societ�rias do BNDES, avaliada em cerca de R$ 70 bilh�es no fechamento do segundo trimestre. Mesmo ap�s vender R$ 22 bilh�es em a��es da Petrobras numa megaoferta em fevereiro de 2020, a participa��o na petroleira segue sendo a maior na carteira do BNDES: 8,1% do capital da estatal, avaliados em R$ 30,9 bilh�es.

Questionado sobre a estrat�gia para lidar com os ativos, o BNDES informou que "eventuais oportunidades de desinvestimento ser�o analisadas em conjunto com os demais ativos".

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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