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Estado de Minas "Novo normal"

Turistas retomam viagens e querem mar, cultura e atravessar as fronteiras

Operadoras e a�reas voltam a receber demanda para roteiros deste m�s a novembro. Cruzeiros mar�timos negociam protocolos para oferecer passeios em outubro


05/09/2021 04:00 - atualizado 05/09/2021 09:02

Maceió, além de outros nove destinos do Nordeste estão na dianteira das demandas por roteiros no Brasil, enquanto no front externo estão Europa e EUA
Macei�, al�m de outros nove destinos do Nordeste est�o na dianteira das demandas por roteiros no Brasil, enquanto no front externo est�o Europa e EUA (foto: Leonardo Meireles/CB/D.A Press - 6/12/18)

Ap�s 17 meses praticamente paralisado, o setor de turismo, um dos mais afetados pela pandemia de COVID-19, come�a a se reorganizar para a retomada gradual de atividades. A Associa��o Brasileira das Ag�ncias de Viagens (Abav) diz que h� grande demanda reprimida a ser atendida nos pr�ximos meses. Por sua vez, a entidade que representa os cruzeiros mar�timos, Clia Brasil, quer o retorno dos passeios em outubro, com a oferta de 130 roteiros para 14 destinos. Representantes do setor se reuniram com os minist�rios do Turismo e da Sa�de para discutir as medidas de preven��o necess�rias.

Demanda por passeios nas cidades históricas de Minas, a exemplo de Ouro Preto, também anima o setor do turismo, com avanço da vacinação contra a COVID-19
Demanda por passeios nas cidades hist�ricas de Minas, a exemplo de Ouro Preto, tamb�m anima o setor do turismo, com avan�o da vacina��o contra a COVID-19 (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press - 21/5/21)
Se as proje��es das empresas a�reas estiverem certas, agosto terminou com a realiza��o de 70% da malha na qual elas operaram em 2019. O n�mero de passageiros transportados foi de 24,1 milh�es no primeiro semestre, frente aos 23,7 milh�es de janeiro a junho de 2020, de acordo com o presidente da Associa��o Brasileira das Empresas A�reas (Abear), Eduardo Sanovicz.
 
De acordo com dados da Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac) compilados pela Abear, a demanda por voos dom�sticos medida em passageiros/quil�metro transportados (RPK) cresceu 42,5% em julho, na compara��o com o m�s anterior. Em id�ntica base de compara��o, a oferta, estimada em assentos/quil�metro oferecidos (ASK) aumentou 39,3%.
 
Os n�meros representam alento, tendo em vista que durante os primeiros meses da crise sanit�ria, a malha a�rea sofreu queda de 92%. Diferentemente de v�rios pa�ses, o Brasil manteve voos para 44 cidades, 27 capitais e 17 munic�pios. “A avia��o � indutora e topo da cadeia do turismo para um pa�s das dimens�es do Brasil. Claramente, o avan�o da campanha de vacina��o d� seguran�a �s pessoas para retomarem seu desejo de viajar. Majoritariamente, � turismo, f�rias, praia; secundariamente, s�o pessoas retomando projetos pessoais e profissionais”, destaca o presidente da Abear.
 
A expectativa � de que 85% das viagens a�reas realizadas antes da pandemia estejam em opera��o no primeiro trimestre do ano que vem. “J� as internacionais, creio que somente em 2023 ou 24”, prev� Sanovicz. As ag�ncias de turismo e viagens t�m identificado, entre as principais mudan�as no comportamento do consumidor, maior procura por locais que seguem com mais rigor os protocolos de seguran�a, como os resorts, que al�m de oferecer caf� da manh�, almo�o e jantar, incluem no pacote petiscos, lanches ao longo do dia e bebida � vontade.
 
Evitar o deslocamento em busca de alimentos justifica essa tend�ncia. Pelo mesmo motivo, nota-se um aumento na contrata��o de transfers/traslados. Esse comportamento foi observado pela Abav em consulta a 2,1 mil ag�ncias filiadas. Maior demanda por viagens pelo p�blico j� vacinado tamb�m foi observada.
 
Experi�ncias completas de viagem aparecem como servi�os mais buscados em julho, seguidas pelo terrestre e pela loca��o de autom�vel, em que as locadoras apontam crescimento de 128% na loca��o de SUVs. Com fam�lias de adultos e fam�lias com crian�as liderando o perfil do viajante, as modalidades de resorts, sol e praia, luxo e turismo rural figuraram entre as mais buscadas do m�s e apontam para a prefer�ncia do p�blico por lugares com protocolos de seguran�a estabelecidos. A dura��o da viagem predominante � de cinco a nove dias, de acordo com a Associa��o Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa).

Favoritos Segundo a Abav, o Nordeste � a regi�o mais demandada, conforme apurado, em especial Natal, Macei�, Porto Seguro, Salvador, Fortaleza, Recife, Jo�o Pessoa, Porto de Galinhas, Len��is Maranhenses e Aracaju. Fora desses roteiros, os maiores destaques s�o Rio de Janeiro, Campos do Jord�o (SP), Gramado (RS) e cidades hist�ricas de Minas Gerais.
 
Na �rea de viagens internacionais, sobressaem os destinos com menos restri��es e abertos para brasileiros, casos de Dubai, M�xico e Maldivas – mas a expectativa � positiva quanto � busca por roteiros nos EUA e na Europa, locais com maior n�mero de consultas. Quanto ao per�odo de embarque, bastante dilu�do durante o ano, foi registrado aumento na procura deste m�s a novembro. Quem tem carta de cr�dito com empresas mar�timas tamb�m j� busca as ag�ncias para garantir lugar na temporada, quando liberada.

Para faturar O aumento da procura por viagens vem sendo observado desde mar�o. Em maio, houve crescimento de 28% em compara��o a abril. Quando comparados os or�amentos da primeira quinzena de maio aos da primeira quinzena de junho, o �ndice cresceu 20% para viagens em setembro, e 14% para dezembro. A expectativa � de fechar 2021 com algo em torno de 70% do faturamento de 2019. Segundo dados da Associa��o, o ano de 2020 seguiu praticamente sem vendas, com movimento focado em remarca��es ou reitinera��es.
 
“Foram meses de muito trabalho e pouca ou nenhuma rentabilidade, que atravessamos gra�as tamb�m � flexibilidade e poder de rea��o das nossas ag�ncias de viagens associadas, que se mostraram mais preparadas diante de uma crise sem precedentes”, afirma Magda Nassar, presidente da Abav nacional.
 
Magda Nassar v� com otimismo a retomada, que foi “melhor que o esperado”, depois do avan�o das imuniza��es pelo pa�s. O setor, de acordo com a presidente da Abav, prepara eventos abertos para todo o Brasil. “Em outubro haver� a Expo Abav, no Cear�, de onde sair�o novos produtos para o fim do ano. S�o v�rias campanhas, inclusive de valoriza��o do agente.”

Neg�cios em baixa


Dados publicados pelo F�rum de Operadores Hoteleiros do Brasil (InFOHB) mostram que as cidades e regi�es que det�m mix mais equilibrado de viagens a lazer e a neg�cios e eventos tiveram melhor performance do que os destinos que dependem somente do chamado turista corporativo. O Sudeste ficou com a menor taxa de ocupa��o anual, de 29,46%. A cidade de S�o Paulo foi a que amargou maior redu��o de demanda tur�stica, de 63,9%, seguida por Belo Horizonte, com 57,7% de queda; Curitiba, 55,8%; Florian�polis, 53,7%; e Bras�lia, 51,2% de retra��o. O cen�rio sinalizou novas tend�ncias no setor hoteleiro e de viagens, incorporando os modelos de hospedagem por assinatura e loca��o de apartamentos para home office, entre outros.

Roteiros internacionais miram Europa e �frica 

Para 75% dos viajantes, é relevante estar vacinado, assim como flexibilizar compra da viagem
Para 75% dos viajantes, � relevante estar vacinado, assim como flexibilizar compra da viagem (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press - 16/7/20)

Em seu �ltimo boletim mensal, publicado em julho, a Associa��o Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), em parceria com a UP Solu��es, indicou que no m�s, 17% das operadoras chegaram ou ultrapassaram o patamar de vendas pr�-pandemia (2019), e 58% ainda n�o haviam atingido metade do faturamento hist�rico. Na avalia��o feita dos embarques, 82% resultaram de novas vendas realizadas (4% a mais que no m�s anterior), e 88% delas tiveram como destino o mercado nacional.
 
Segundo a entidade, at� o fim de agosto, em torno de 42 pa�ses mantinham restri��es leves para receber brasileiros e, somado ao avan�o da vacina��o e � agilidade no resultado de testes para COVID-19, formavam um conjunto de fatores que podem ter contribu�do para o retorno das viagens internacionais.  No dia 1º deste m�s, o governo de Portugal abriu suas fronteiras para os turistas brasileiros, depois de 18 meses de restri��es. Para entrar no pa�s, � preciso apresentar teste negativo (PCR ou ant�geno) para COVID-19. A rea��o das vendas ficou evidente n�o apenas pelo faturamento, mas tamb�m devido aos embarques realizados. Embora esteja abaixo da m�dia hist�rica, este �ltimo indicador � um dos mais altos dos �ltimos 15 meses.
 
As viagens nos per�odos de f�rias, antes priorizadas pela maior parte das pessoas, come�am a dar espa�o para embarques programados para outros momentos. “Identificamos  aumento de 12 pontos percentuais nas vendas fora do per�odo de f�rias e feriados, em compara��o � m�dia hist�rica (salto de 34% para 46%). A sazonalidade � um dos maiores desafios do turismo.  � necess�rio potencializar as a��es que geraram essa modifica��o do mercado”, explica Rayane Ruas, executiva da �rea de estrat�gias da UP Solu��es.
 
A busca por regi�es internacionais est� muito relacionada aos destinos com restri��es leves para brasileiros. O levantamento identificou aumento na busca pela �sia, Oceania, �frica, Am�rica do Sul e Europa, e  redu��o para Am�rica Central, Caribe e Am�rica do Norte. Entretanto, mesmo com a redu��o, a Am�rica Central e o Caribe seguem na frente. Os destinos mais vendidos foram Cancun, Maldivas, Punta Cana e Dubai, e aqueles que se destacaram nas buscas mais recentes foram Fran�a, It�lia e Su��a.
 
Estar vacinado � relevante para 75% dos viajantes e a flexibiliza��o em rela��o aos pagamentos e remarca��es das viagens est�o no topo das prioridades de 74% e 75% dos turistas, respectivamente. “Nosso objetivo � gerar intelig�ncia de mercado a partir de informa��es das nossas associadas, al�m de refor�ar o papel fundamental das operadoras e dos consultores de viagem neste momento de reconstru��o do setor”, disse Roberto Haro Nedelciu, presidente da Braztoa. (EG)




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