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Estado de Minas A RETOMADA

Com retorno de alunos e novatos chegando, academias de BH est�o otimistas

Al�m da volta dos clientes, empresas se amparam na percep��o de que a crise sanit�ria estimulou o cuidado com a sa�de


23/09/2021 04:00 - atualizado 23/09/2021 07:04

Empresas têm investido no cumprimento de protocolos, com higienização reforçada de aparelhos, vestiários e banheiros, fator de segurança para clientes
Empresas t�m investido no cumprimento de protocolos, com higieniza��o refor�ada de aparelhos, vesti�rios e banheiros, fator de seguran�a para clientes (foto: Fotos: Leandro Couri/EM/D.A Press )
Entre longos per�odos de fechamento e reaberturas inst�veis, as academias de Belo Horizonte completam pouco mais de quatros meses em funcionamento desde a mais recente flexibiliza��o das atividades econ�micas adotada pela prefeitura. Antes alvo de pol�micas e at� de protestos dos propriet�rios envolvendo  a defini��o de medidas para conter a pandemia de COVID-19, o setor v� agora o retorno de fluxo intenso de ansiosos praticantes de exerc�cios f�sicos dentro desses espa�os equipados.

Higieniza��o constante, controle do n�mero de pessoas por sala, disponibiliza��o de dispensers de �lcool em gel em �reas compartilhadas, uso obrigat�rio de m�scara de prote��o e a conscientiza��o dos pr�prios usu�rios passaram a fazer parte do dia a dia desses endere�os da cidade, atendendo �s exig�ncias das autoridades sanit�rias. Boa not�cia para os empreendedores do ramo � que novos clientes contratam o servi�o, sinal de recupera��o da atividade e dos investimentos feitos.
 
Desde domingo, o Estado de Minas publica s�rie de reportagens sobre a retomada das atividades do com�rcio e das empresas do setor de servi�os. O avan�o da vacina��o, embora lenta no Brasil, � fator determinante para a recupera��o, como avalia o coordenador da rede D2 Fit, Iago Bessa. “Cada vez mais alunos retornam para a academia. Alguns estavam esperando apenas a vacina��o avan�ar um pouco para ter mais seguran�a nesse retorno. Mas, tamb�m estamos tendo muitos novos alunos que n�o se enquadravam no nosso perfil, como os idosos e pessoas que nunca frequentaram academia e est�o nos procurando agora”.
 
Os centros de gin�stica est�o autorizados a funcionar todos os dias, inclusive aos domingos, algo que em momentos cr�ticos da pandemia pareciam longe de ocorrer, j� que, o setor n�o foi enquadrado como servi�o essencial para efeito das medidas de combate ao coronav�rus. Somente em 19 de abril �ltimo, depois de mais 50 dias corridos do mais intenso isolamento para controle da COVID-19 na capital mineira, a prefeitura autorizar o funcionamento de servi�os n�o essenciais.
 
Nas unidades da D2 Fit, localizadas nas regi�es Central e Centro-Sul de BH, Iago Bessa conta que a recente reabertura das aulas presenciais no ensino superior tamb�m contribuiu para o retorno dos usu�rios, assim como a volta do trabalho presencial nas empresas. “Algumas pessoas que trabalhavam aqui perto e frequentavam a academia continuam em home office. Mas aqueles que n�o est�o mais nesse sistema, j� est�o voltando. O p�blico das faculdades que est�o perto aqui da gente tamb�m j� come�a a voltar”, afirma.
 
Na BH Fitness, a propriet�ria, Fabiana Almeida, demonstra otimista apesar dos desafios impostos ao setor. Desde a reabertura das lojas da rede, o fluxo di�rio de clientes tem sido constante e se aproxima do ritmo normal que a empresa registrava antes da pandemia. “O in�cio foi bem dif�cil. Nos per�odos de fechamentos, nossa maior preocupa��o era continuar mantendo contato com os alunos. Fizemos grava��es de aulas on-line e lives diariamente. O aluno teve continuidade das aulas em casa. Tamb�m trabalhamos com o aluguel de bikes e acess�rios”, destacou.

Confian�a

Um dos fatores que ajudam na retomada, para Fabiana, � que a pr�pria doen�a respirat�ria despertou as pessoas para os cuidados com o corpo. “H� uma preocupa��o maior com a quest�o da obesidade, diabetes e outros problemas que est�o associados aos grupos de risco da doen�a. As pessoas est�o voltando de forma gradativa, quanto mais a vacina��o avan�a mais as pessoas voltam. Quem est� vindo est� animado, confiante e com uma frequ�ncia boa”, diz Fabiana Almeida.
 
Iago Bessa, coordenador da D2 Fit, concorda e observa que o cumprimento dos protocolos sanit�rios tem reduzido a inseguran�a. “Com o avan�o da vacina��o, as pessoas est�o se sentindo mais seguras. Ver na academia todos os protocolos sendo cumpridos tamb�m diminui essa inseguran�a.”.
Houve investimento ainda na estrutura��o das academias para atender �s exig�ncias de distanciamento e outras formas de preven��o contra o cont�gio pelo coronav�rus. A D2 saiu de im�vel com 800 metros quadrados para ocupar �rea de 2 mil metros quadrados. “Tamb�m investimos em novos equipamentos, treinamentos dos nossos assessores e materiais de prote��o. Foi pesado, mas conseguimos sobreviver gra�as a uma organiza��o”, diz Bessa.
 
Para atender aos protocolos sanit�rios de preven��o � COVID-19, os aparelhos de gin�stica s�o desinfetados tr�s vezes ao dia, e a limpeza foi refor�ada, principalmente, nos banheiros e vesti�rios. Na D2 Fit, os alunos t�m que agendar atendimento na academia por meio de aplicativo. O treino � interrompido se o aluno for visto sem m�scara de prote��o nas salas. Se houver recusa ao uso de m�scara, ele n�o poder� permanecer na academia.

*Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Marta Vieira

Novatos d�o �nimo ao caixa

O entusiasmo dos emprendedores das academias com a retomada da atividade � compartilhado pela estudante Milene Stefany, de 18 anos. Para ela, a maior dificuldade durante a pandemia foi conseguir manter a regularidade dose exerc�cios em casa, embora sem o ambiente t�pico das salas de gin�stica e o apoio de profissionais. “Foi realidade completamente diferente. N�o consegui malhar tanto quanto na academia. Meu rendimento aqui � muito maior”, disse.
 
A frequ�ncia de Milene na academia tamb�m cresceu. “Quando a pandemia chegou, eu parei e meu corpo pediu mais exerc�cios. Fiquei mais sedent�ria e tamb�m mais fr�gil para outras doen�as. Agora n�o pretendo parar mais”, completou. Relatos como o da estudante levam esperan�a �s empresas do setor, que apostam em crescimento da atividade, superando, inclusive, o ritmo pr�-pandemia.
 
“Nossa expectativa � de que possamos voltar � normalidade daqui a algum tempo. Percebemos que o mercado cresceu. Algumas especula��es falavam que nossa produ��o iria acabar daqui alguns anos, que ser�amos substitu�dos por tecnologias ou blogueiros. Mas a pandemia mostrou algo diferente”, diz Iago Bessa, da D2 Fit.
 
A meta, que pode parecer arriscada se ampara em nova demanda de pessoas que n�o se exercitavam antes da pandemia, de acordo com Bessa. “Os n�meros apontam que pessoas que antes n�o tinham feito exerc�cios em academias est�o nos procurando. Na pandemia, elas ficaram em casa sem conv�vio e o corpo pediu para que o exerc�cio f�sico ajudasse”, afirma.
 
Entre as regras de funcionamento das academias de gin�sticas estabelecidas pela Prefeitura de BH est�o: capacidade m�xima de uma pessoa a cada 7 metros quadrados, incluindo os funcion�rios, uso obrigat�rio de m�scaras e cria��o de um sistema de fluxo cont�nuo, para que n�o ocorra contrafluxo ou fluxo cruzado entre os frequentadores. Os clientes tamb�m devem assinar termo de responsabilidade por meio do qual declarem ter conhecimento dos procedimentos e protocolos de preven��o contra a COVID-19. Cabe ao estabelecimento recolher o termo de responsabilidade assinado e garantir que o frequentador realize os procedimentos de sanitiza��o. (NG)
 

Equil�brio financeiro ainda complicado

Como numa esp�cie de montanha-russa de fechamento e reabertura da capital, de mar�o de 2020, quando surgiram os primeiros diagn�sticos da doen�a respirat�ria no pa�s, at� o come�o deste ano, as academias foram afetadas em seu sistema vital de faturamento, os planos predefinidos de pagamento. Segundo Fabiana Almeida, propriet�ria da BH Fitness, boa parte dos clientes que pagavam o plano mensal do servi�o deixaram de ser ativos, o que ainda prejudica o ganho da empresa, mesmo com a reabertura. Alternativas tamb�m foram adotadas pelas empresas como a oferta de aulas on-line e ajustes na organiza��o das finan�as, para conter as perdas.
 
“Como ficamos fechados quase nove meses, desde o ano passado, temos de repartir o b�nus que as pessoas pagaram. Muitos clientes ativos n�o s�o pagantes na academia, o que gera uma receita ruim. Durante a pandemia eles estavam pagando com a academia fechada. Ent�o, pagamos funcion�rios e aluguel e mais esse b�nus. Hoje, trabalhamos com um valor um pouco maior”, diz Fabiana.
 
Deuseli Gomes, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Entidades Culturais e Recreativas do Estado de Minas Gerais ( SINDEC-MG), reclama dos efeitos da paralisa��o das academias, enquanto outros segmentos que, na avalia��o dele, t�m maior potencial de promover aglomera��es permaneceram abertos.  “Por um tempo, as academias ficaram fechadas mas os bares e restaurantes ficaram abertos. Acredito que havia locais com mais concentra��o de pessoas que uma academia que permaneceram com a autoriza��o. O preju�zo foi grande tamb�m para os funcion�rios, j� que muitos n�o tiveram reajuste salarial, al�m de outros benef�cios, j� que os patr�es n�o estavam tendo receita durante a pandemia”, afirma. (NG)


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