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Estado de Minas CAUTELA

Confian�a do consumidor de BH tem queda ap�s cinco altas consecutivas

Por�m, h� previs�o de maior movimento no Dia das Crian�as, com alta de 29% na inten��o de presentear em rela��o ao ano anterior


29/09/2021 17:21 - atualizado 29/09/2021 17:59

Comércio espera aumento no movimento das lojas para o Dia das Crianças
Com�rcio espera aumento no movimento das lojas para o Dia das Crian�as (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
O �ndice de Confian�a do Consumidor (ICC) de Belo Horizonte caiu 5,14% em setembro, na compara��o com agosto, atingindo 35,31 pontos, retornando ao n�vel registrado em junho deste ano. Esta foi a primeira queda ap�s cinco meses de altas consecutivas. 


Com o resultado, o �ndice permanece abaixo dos 50 pontos, n�vel que separa o pessimismo do otimismo. Os n�meros foram divulgados nesta quarta-feira (29/9) pela Funda��o Ipead. 

“As �ltimas altas foram muito motivadas pela percep��o das pessoas de melhora na cidade, com reaberturas graduais e avan�o da campanha de vacina��o. J� no m�s de setembro, esses n�o foram fatores t�o relevantes. � relevante para as pessoas uma tentativa de voltar � normalidade mas, para o �ndice, isso n�o foi um fator relevante para ajudar a segurar a positividade dos �ltimos meses”, explica Eduardo Antunes, gerente de pesquisas da Funda��o Ipead. 

A percep��o do consumidor da capital em rela��o � situa��o econ�mica do pa�s e ao emprego tamb�m apresentou uma piora. 

“Neste m�s de setembro, o que foi detectado pela pesquisa � que a percep��o do consumidor com rela��o ao emprego foi a que teve maior queda, de quase 14%, al�m da situa��o econ�mica do pa�s, que caiu quase 7%.”

Segundo ele, esses fatores foram preponderantes para a quebra na sequ�ncia de resultados positivos. 


�ndices indicam piora


O �ndice de Expectativa Econ�mica (IEE) registrou queda de 7,63% em compara��o com o m�s anterior, influenciado pela piora na percep��o dos consumidores sobre os itens: situa��o econ�mica do pa�s (-6,75), infla��o (-0,55) e emprego (-13,59). 

J� o �ndice de Expectativa Financeira (IEF), tamb�m apresentou queda de 3,74% em compara��o com agosto. A situa��o financeira da fam�lia foi o item que apresentou a maior retra��o, de 3,34 %.

O item emprego foi o que registrou a queda mais expressiva em rela��o ao m�s anterior (13,59%), seguido da situa��o econ�mica do pa�s, com queda de 6,75%. J� a pretens�o de compras tamb�m apresentou recuo de 4,30%. 

“Em setembro, as pessoas esperam novas ofertas de emprego. BH, como todas as cidades do planeta sofreu muito com a pandemia, muitos neg�cios fecharam, muita gente perdeu o emprego. Com a chegada do fim do ano, normalmente, nesta �poca j� se come�a a contrata��o de trabalhadores tempor�rios. Mas, por enquanto, apesar do com�rcio sinalizar que isso v� acontecer, ainda n�o foi da maneira como as pessoas imaginavam.” 

Antunes lembra tamb�m que os comerciantes ainda est�o preocupados com os rumos da pandemia. As lojas precisam continuar tomando os cuidados para evitar aglomera��es. 

“Ent�o, isto pode estar gerando um recuo nessas expectativas de contrata��o. Os comerciantes podem ter pisado um pouco no freio e est�o esperando chegar mais perto das festas de fim de ano para contratar mais efetivamente.” 

Os bens e servi�os que os consumidores pretendem adquirir nos pr�ximos tr�s meses s�o: 

  • Vestu�rio e cal�ados (21,43%) 
  • Outros (10,00%) 
  • M�veis (5,71%)

Expectativa positiva para o Dia das Crian�as


A pesquisa sobre a pretens�o de compra para o Dia das Crian�as foi feita juntamente com o �ndice de Confian�a do Consumidor de Belo Horizonte. O objetivo do levantamento � avaliar as expectativas de compra dos consumidores da capital mineira para essa data comemorativa. 

O resultado mostra previs�o de maior movimento para o com�rcio no Dia das Crian�as, com alta de 29% na inten��o de presentear em rela��o ao ano passado. 

Assim, 52,86% dos entrevistados pretendem presentear alguma crian�a no pr�ximo dia 12 de outubro. Este � o maior percentual dos �ltimos seis anos.

“As crian�as v�m sofrendo muito com a pandemia e o isolamento social. Ano passado foi um dos piores anos em termos de presentes para as crian�as, mas com a reabertura das atividades, isso tamb�m reverberou um pouco na pesquisa.”

Segundo Antunes, a ideia � tentar compensar um pouco esse per�odo de isolamento. “As pessoas que t�m conv�vio com crian�as querem tentar compensar um pouco e n�o deixar essa data passar em branco, como aconteceu no ano passado.”

Por�m, dentre os consumidores que pretendem presentear, � poss�vel observar que o valor dos presentes a serem adquiridos em 2021 est� inferior ao registrado no ano passado. O valor m�dio dos presentes caiu de R$ 60,73 para R$ 54,73 neste ano.

Al�m disso, 69% dos consumidores que pretendem presentear afirmam que v�o gastar menos ou a mesma quantia, neste ano, em rela��o ao ano passado. J� 23% responderam que pretendem gastar um valor superior.

O presidente da Associa��o Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq) tamb�m est� otimista com a data. “O ano come�ou bem e vamos ter uma Semana da Crian�a perfeita”, prev� Syn�sio Costa. 

Segundo ele, o setor vai fechar 2021 com um crescimento de 14% em rela��o ao ano passado, que teve faturamento superior a R$ 7,7 bilh�es.

Para Syn�sio, a situa��o do setor s� n�o � melhor porque h� um ambiente de sonega��o no mercado interno, associado ao subfaturamento das importa��es e de importa��es fraudulentas. “H� importadores com mais de 30 CNPJ´s, vindos de produtos sem inspe��o de qualidade do Inmetro, um n�mero grande de irregularidades”, afirma.

Apesar dos problemas apontados, o presidente da entidade v� a ind�stria nacional ocupando o espa�o dos importados neste ano, com 75% do mercado. O quadro se deve �s dificuldades dos fabricantes chineses, a disponibilidade de cont�ineres, os fretes para o Brasil e a inseguran�a do d�lar, al�m da epidemia de COVID-19.

De acordo com dados da associa��o, 65% das vendas anuais do setor se concentram no Dia das crian�as e Natal, sendo 38% da primeira data. 

�ndice contribui para o com�rcio avaliar comportamento 

 
Desenvolvido pela Funda��o Ipead, o ICC mede a opini�o dos consumidores em rela��o a diversos aspectos que podem afetar suas decis�es de consumo no curto, m�dio e longo prazo. 

Neste sentido, ele permite que o empres�rio do com�rcio varejista mineiro avalie as opini�es e as expectativas dos consumidores, em tempo real, com o objetivo de planejar melhor o seu neg�cio em termos de estoques, contrata��es, investimentos, dentre outros.

O �ndice � composto por dois grupos: �ndice de Expectativa Econ�mica (IEE) e �ndice de Expectativa Financeira (IEF). Cada um � subdividido em tr�s itens. 

Cada item possui um grau de import�ncia, sendo o �ndice geral (ICC) uma m�dia ponderada dos seguintes componentes: 

  • Situa��o econ�mica do pa�s
  • Infla��o, 
  • Emprego, 
  • Situa��o financeira da fam�lia,
  • Situa��o financeira da fam�lia em rela��o ao passado
  • Pretens�o de compra

Todos os itens de composi��o do ICC, bem como o �ndice geral, s�o apresentados na escala de 0 a 100, em que 0 representa pessimismo total e 100 representa otimismo total. O �ndice 50 demarca a fronteira entre a situa��o de pessimismo e otimismo.

Para a pesquisa de setembro foram entrevistados 210 consumidores que compram, com frequ�ncia, em BH, entre 1° e 23 de setembro. As pesquisas foram feitas pelo telefone ou on-line, e a margem de erro � de 1,56 pontos no valor do �ndice geral.
 
*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Jo�o Renato Faria


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