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Estado de Minas GRANDE BH

Respons�veis por postos de combust�veis relatam dificuldades e escassez

Desde ontem, algumas carretas foram abastecidas sob escolta, mas h� relatos de depreda��o. Para evitar desabastecimento, orienta��o � n�o fazer filas


22/10/2021 12:54 - atualizado 23/10/2021 18:39

Fila em posto de Sete Lagoas
Fila para abastecimento em posto de combust�veis em Sete Lagoas. Segundo administrador, combust�veis come�aram a acabar ontem (foto: Carlos Altman/EM/DA Press)


O in�cio da  paralisa��o dos tanqueiros , caminhoneiros que fazem o transporte de combust�veis, levou a Grande BH a um cen�rio parecido com o da greve da categoria em 2018 nesta sexta-feira (22/10):  filas para abastecimento  e postos  fechando as portas por falta de insumos . Respons�veis por estabelecimentos ouvidos pelo Estado de Minas relatam dificuldades e pedem cautela � popula��o. 

Administrador de um posto no Bairro V�rzea, em Lagoa Santa, Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, Marcelo Ferreira, de 60 anos, contou que as filas come�aram ainda ontem, primeiro dia do protesto, com dezenas de ve�culos. 

“Eu tenho �lcool, gasolina aditivada e diesel, acabou a gasolina comum. O consumidor tamb�m est� muito agitado, est� todo mundo com medo, acaba enchendo o tanque. Eu tinha produto que duraria quatro dias, vai acabar hoje”, conta. 

Segundo ele, pela manh�, encontrou diversos postos na mesma situa��o ao longo da MG-010. No fim da manh�, ele recebeu informa��es sobre falta de combust�veis no munic�pio de Vespasiano. Ferreira calculava que, se as pessoas n�o estivessem fazendo filas para encher o tanque dos carros, o combust�vel no posto onde trabalha duraria at� a segunda-feira. Mas, segundo ele, a gasolina aditivada deve terminar no in�cio desta tarde. 

“O consumidor est� muito agitado, est� todo mundo com medo, acaba enchendo o tanque. Eu tinha produto que duraria quatro dias, vai acabar hoje”, comentou. “Evitar realmente congestionar o posto, porque � bobagem. O volume pequeno que abastece n�o vai resolver problema de ningu�m. Se a pessoa puder n�o viajar de carro nesse per�odo � melhor. Fora isso, � esperar o que vai acontecer”, aconselha. 

Sobre as reivindica��es dos tanqueiros, o administrador disse achar justas. “O caminhoneiro tem raz�o. O diesel o ICMS � absurdo, e o frete sobre combust�vel � absurdo. Eles n�o conseguem cobrar o pre�o cheio do frete e realmente � muito baixo. O caminhoneiro basicamente sofre para trabalhar”, disse.

Gerente de posto em BH
Gerente de posto no Padre Eust�quio mostra bombas vazias (foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
 

O gerente de um posto na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, no Padre Eust�quio, Regi�o Noroeste de Belo Horizonte, Frederico Jos� Santos disse que as bombas estavam vazias desde ontem � noite e, pela manh�, ainda n�o tinha previs�o para rep�r. “De ontem para hoje, aproximadamente 25 mil litros”, estima sobre a quantidade de combust�veis que deixou de vender. 

Para-brisa de caminhão apedrejado
Vidro de caminh�o que tentou abastecer foi quebrado, segundo entidade (foto: Minaspetro/Divulga��o)
Dono de tr�s postos, um empres�rio de Belo Horizonte, que n�o ser� identificado, disse que teve problemas em alguns estabelecimentos ontem. A carga que chegou a algumas unidades dele foram encaminhadas com escolta. Ele tamb�m soube de colegas que enviaram carretas particulares e tiveram os ve�culos apedrejados, o que tamb�m foi relado pelo Sindicato do Com�rcio Varejista de Derivados do Petr�leo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro) em uma  nota no site da entidade  hoje, acompanhada de fotos de um caminh�o cujo para-brisa da cabine foi depretado. 

“Eu estou em uma expectativa de n�o evoluir muito mais n�o”, comentou sobre a continuidade do protesto que, segundo a categoria, � por tempo indeterminado. “ Sou completamente contra ir para fila de posto de gasolina agora, s� em extrema emerg�ncia mesmo. A fila � efeito manada. O cara passa em frente ao posto de gasolina e est� lotado, ele vai para a fila. Isso � ruim”, avalia. Ele tamb�m relatou ter recebido combust�veis normalmente nesta manh�.

Entenda o caso


Arte
Confira as reivindica��es dos caminhoneiros (foto: Arte/Soraia Piva)
A paralisa��o dos transportadores de combust�veis e de derivados de petr�leo em Minas Gerais atinge 100% dos tanqueiros no Estado, segundo o presidente do Sindtanque-MG, Irani Gomes. Cerca de 800 caminh�es est�o parados na regi�o metropolitana de Belo Horizonte, sem nenhuma interdi��o de rodovias ou estacionamentos. S�o Paulo, Rio de Janeiro e Esp�rito Santo tamb�m aderiram � paralisa��o.

Os motivos do protesto, segundo o sindicato, s�o os altos custos dos combust�veis praticados pela Petrobras e o ICMS dos combust�veis em Minas Gerais. Durante a manifesta��o, dois caix�es foram colocados na entrada da BR Distribuidora, em Betim (MG), para simbolizar a "morte do frete".

O sindicato informou que a greve � por tempo indeterminado, at� que haja negocia��es com os governos. "Estamos com os bra�os cruzados at� que o governo se sensibilize e olhe para essa categoria", afirmou Irani Gomes. A C�mara dos Deputados aprovou um projeto para reduzir os pre�os dos combust�veis, mas o presidente do Sindtanque-MG n�o considera a solu��o eficaz. "Isso � apenas tampar o sol com a peneira", avaliou Gomes. 


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