

A reportagem conversou com v�rios motoristas que enfrentaram as filas gigantes e todos reconheceram que "correram para completar o tanque" com medo de que a paralisa��o dos tanqueiros possa se prolongar.
O gerente de loja Roberto Vieira Ribeiro, de 56 anos, contou que j� tinha rodado por v�rios postos na cidade e o que encontrou mais vazio foi o da Vila Esta��o na Rua Tupinamb�s, localizado no Centro da capital.

“Fiquei na fila por aproximadamente 20 minutos.Vim completar o tanque porque a gasolina do meu carro j� estava quase acabando. Como preciso dele para poder ir ao trabalho, prefiro estar prevenido caso a greve dure mais dias”, afirmou.
Roberto, entretanto, acredita que a greve n�o vai se estender muito. “Acho que n�o deve durar por muito tempo n�o. O governo deve tomar alguma provid�ncia, pois j� teve a experi�ncia de quando ocorreu aquela vez em que ficou parado por v�rias semanas e prejudicou muita gente”, acrescenta.
O motorista de aplicativo Cleuber Jos� Chaves, de 62, que tamb�m abasteceu no mesmo posto, afirmou que a paralisa��o deve lhe causar preju�zos. “Isso prejudica muito no meu trabalho, uso o ve�culo como instrumento de trabalho, e rodei uns quatro postos at� conseguir achar este que estava mais vazio e ainda tinha gasolina”, lamentou.

“Mas se a greve continuar vou para o interior e esperar ela passar, porque vai ser imposs�vel trabalhar com esta bagun�a”.
No posto Pica Pau, localizado na Avenida do Contorno, no Bairro Carlos Prates, a fila chegou a 1 km e motoristas ficaram esperando muito tempo para conseguir abastecer.
O gerente de manuten��o Rubens Fabiano Rodrigues, de 40, contou que faz o uso do carro para poder se deslocar ao trabalho e que ficou uns 30 minutos na fila. “ Neste posto agora s� tem �lcool, mas com os rumores � bom correr e completar o tanque, para n�o ficar sem combust�vel depois”.

Rubens acredita que a paralisa��o pode se estender por mais dias. “Acho que sim, visto que tudo aumentou de pre�o, tanto a gasolina, quanto alimenta��o. Os impostos est�o bem altos e os tanqueiros est�o indignados com esta situa��o. Acredito que esta paralisa��o v� ser igual a de 2018 que durou por v�rios dias”, destacou.
O Posto Quick, na Avenida Tereza Cristina, tamb�m no Carlos Prates, tinha bastante movimento durante a manh� desta sexta (22/10). Francisco Morais, de 80, que ap�s enfrentar grandes filas, conseguiu abastecer, relatou o sentimento da maioria: "acredito que o grande medo das pessoas seja o receio de ficar sem gasolina; n�o tem em nenhum posto para poder abastecer”.

Mesmo assim, ainda agradeceu por ter conseguido abastecer: “Mesmo com esta paralisa��o, o que conforta � que em alguns postos ainda possuem combust�veis, mesmo tendo que enfrentar longas filas por algumas horas. O pior � quando acaba e voc� precisa dormir na fila para conseguir abastecer”, concluiu.
*
Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Frederico Teixeira