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Estado de Minas Recupera��o

'Nova' Feira Hippie antecipa o Natal

Em formato que ampliou distanciamento, estandes abrem temporada de artigos t�picos do consumo estimulado pela festa crist� para atrair clientes


01/11/2021 04:00 - atualizado 01/11/2021 07:37

Movimento
Movimento intenso animou os feirantes para retorno ao fluxo normal de 80 mil visitantes, que envolve o trabalho de 30 mil pessoas (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Depois de quase dois anos convivendo com restri��es e flexibiliza��es na circula��o da popula��o, como medidas para administrar os efeitos da pandemia de COVID-19, os comerciantes da Feira de Artesanato da Avenida Afonso Pena, conhecida como Feira Hippie, voltam a ter esperan�a de apurar receita generosa com as vendas motivadas pelo Natal, a melhor �poca de faturamento do com�rcio.

A expectativa esbarra, como para outros segmentos da atividade, na infla��o alta, no impacto da recente eleva��o da taxa b�sica de juros, a Selic, que remunera os t�tulos do governo no mercado financeiro e serve de refer�ncia nas opera��es nos bancos e no varejo, al�m da queda dos rendimentos do trabalho no pa�s.

 

Ontem, apesar do domingo nublado, o movimento de consumidores foi intenso na mais tradicional feira de rua da capital. A menos de dois meses da festa crist�, os feirantes colocaram � venda artigos t�picos natalinos antecipando assim a temporada ligada � data. No ano passado, eles tiveram as atividades suspensas durante seis meses e consideraram o fim de ano o pior per�odo da hist�ria do evento. Guirlandas, bonecos representando o Papai Noel e outros enfeites deram um toque especial aos estandes.

 

Silvana Nunes
Veterana, Silvana Nunes n�o escondeu o al�vio diante do bom ritmo da procura por itens natalianos (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

O clima de celebra��o tomou conta das barracas, ap�s longos meses com restri��es ao funcionamento devido � COVID-19. A comerciante Silvana Barros Nunes, que atura na feita h� 45 anos, conta estar respirando um pouco mais aliviada. Com o avan�o da vacina��o na capital, aos poucos o movimento se normaliza, aumenta a sensa��o de seguran�a das pessoas e com ela ressurge desejo de consumir.

 

Silvana lembrou que, h� dois anos, n�o vivia expectativa positiva em rela��o �s vendas. No primeiro dia em que ela exp�s os produtos de Natal, n�o ficou decepcionada. "Este ano, nossa expectativa � boa. Hoje (ontem), foi o primeiro dia em que trouxe os produtos de Natal e est�o saindo bem. A procura pelos produtos natalinos est� bem boa", contou.

O mesmo otimismo � demonstrado pelo comerciante Francisco do Nascimento, atuando na feira h� 30 anos, que est� muito esperan�oso em rela��o �s vendas motivadas pelo fim de ano. Ontem, ele se surpreendeu com a procura da cientela. Entre os artigos que exp�s, as guirlandas atra�ram mais p�blico.

 

O enfeite encantou o professor Alessandro Zaparolli, de 50, que aproveitou a manh� de ontem para conferir os produtos e j� come�ar a cuidar da decora��o da casa da m�e para as festas natalinas. A guirlanda ser� um presente. "Mam�e, dona Lourdes, gosta muito de enfeite de Natal. Achei a guirlanda muito bonita", disse Zaparolli.

 

Pela primeira vez, desde o in�cio da crise sanit�ria, o professor visitou a Feira Hippie. Morador de Betim, na Grande Belo Horizonte, fazia parte do lazer vir a BH aos domingos para frequentar o local. “Gosto demais da feira, para vir tomar cerveja, passear, comer um acaraj� e um churrasquinho. Fiquei muito feliz de retomar esse costume”, contou.

 

A esperan�a de recupera��o das vendas tamb�m anima a comerciante Consuelo Souza. Ela acredita que o per�odo ruim ficou para tr�s e que, neste ano, com a volta dos clientes a comercializa��o retome o n�vel anterior ao da pandemia de COVID-19. O movimento de ontem deu sinais nesse sentido para a feirante.

 

Freio O com�rcio varejista brasileiro amargou queda de vendas de 3,1% em agosto, na compara��o com julho, de acordo com a Pesquisa Mensal do Com�rcio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Em Minas Gerais, o volume comercializado recuou 1,9% nessa base de compara��o. Houve retra��o em mais da metade das atividades do setor acompanhadas na PMC.

 

Francisco do Nascimento
Vendas surpreenderam o comerciante Francisco do Nascimento, otimista com aumento de receita neste fim de ano (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

 

Entre seis ramos que enfrentaram taxas negativas em agosto, se destacaram outros artigos de uso pessoal e dom�stico (-16%), que teve a principal influ�ncia negativa sobre o indicador do com�rcio varejista. Essa atividade � composta, por exemplo, pelas grandes lojas de departamento. No ano, o varejo acumula avan�o de 5,1% e nos �ltimos 12 meses at� agosto, houve crescimento de 5%.

 

A press�o do custo de vida elevado no pa�s � um dos fatores que mais provocam temor entre os comerciantes. O �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), pr�via da infla��o oficial no Brasil, subiu 1,20% neste m�s. O indicador superou setembro (1,14%) e representou a maior varia��o para um m�s de outubro desde 1995 (1,34%), e o mais alto percentual desde fevereiro de 2016 (1,42%). No acumulado do ano, o IPCA atingiu 8,30% e, em 12 meses, 10,34%.

 

Cuidados e novo leiaute Com o an�ncio da pandemia de COVID-19, a Prefeitura de Belo Horizonte suspendeu o funcionamento da Feira de Artesanato em mar�o de 2020. Depois de 180 dias de suspens�o, a feira foi retomada em 27 de setembro com novo leiaute. No entanto, devido a um novo pico da doen�a, em janeiro �ltimo, a feira foi interrompida como parte das a��es da Prefeitura de Belo Horizonte para o enfrentamento ao novo coro- nav�rus.

 

Os expositores s� retornaram ao trabalho em 9 de maio passado. A feira recebe cerca de 80 mil visitantes e emprega em torno de 30 mil pessoas. Para cumprir os protocolos de distanciamento social entre os frequentadores, desde 2020, o leiaute foi reelaborado, de forma a manter distanciamento entre as barracas. Desde o ano passado, a feira ocupa espa�o maior, da Pra�a Sete, nos quarteir�es das ruas Carij�s e Rio de Janeiro, at� a Rua Guajajaras, no Centro da capital. 


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