
O presidente da Gol, Paulo Kakinoff, refor�ou que a companhia est� retomando gradualmente os voos internacionais, com destaque para pa�ses como Uruguai, Argentina e M�xico. Os Estados Unidos devem voltar ao portf�lio da companhia no segundo trimestre de 2022.
A decis�o se deve, em parte, ao represamento de pedidos de vistos no Brasil e principalmente pela taxa de c�mbio. "Pode ficar caro para os brasileiros viajarem para os Estados Unidos", disse o executivo, em teleconfer�ncia de resultados. Enquanto isso, a a�rea supre a demanda externa por meio da parceria com a American Airlines.
O analista da Mirae Asset Corretora, Pedro Galdi, aponta que a companhia tenta mostrar um vi�s positivo, com um maior n�mero de voos e de uso de aeronaves. "Mas pesa a expectativa de que, apesar do crescimento dos voos dom�sticos, o segmento internacional vai demorar um bom tempo para voltar ao normal."
D�VIDAS
Al�m disso, analistas alertam para o endividamento elevado da Gol. Ao fim de setembro, a alavancagem da companhia, medida pela rela��o entre a d�vida l�quida ajustada e a gera��o de caixa, alcan�ou 9,7 vezes, piora significativa em rela��o ao indicador de 4,3 vezes em igual per�odo de 2020.
De janeiro a setembro, as despesas da Gol somente com juros de empr�stimos e financiamentos cresceram cerca de 20% sobre igual per�odo de 2020, para R$ 1,37 bilh�o. "O endividamento da companhia continua alto", pontua Galdi.
Diante de um horizonte de custos de combust�vel e d�lar ainda elevados, a Gol segue com desafios. Em relat�rio, o Citi avalia que a companhia enfrentar� cen�rio adverso de pre�os de combust�vel e condi��es econ�micas negativas.
O diretor vice-presidente financeiro da Gol, Richard Lark, minimizou os riscos macroecon�micos. "No Brasil, o cen�rio de risco fiscal � melhor do que nos EUA, por exemplo. Os fundamentos no Pa�s est�o indo bem", disse a analistas. "� claro que o c�mbio afeta o combust�vel e os custos com aeronaves", admitiu.
A companhia tamb�m est� em um movimento de renova��o da frota: um de seus objetivos � ampliar o uso dos avi�es da linha MAX, da Boeing, considerados mais econ�micos.
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.