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Estado de Minas ECONOMIA

Infla��o n�o reflete tanto no servi�o quanto impacta no com�rcio, diz IBGE

Segundo gerente de pesquisa do instituto, fam�lias de classe m�dia e alta continuam priorizando o consumo de servi�os em vez de adquirir bens no com�rcio


12/11/2021 13:20 - atualizado 12/11/2021 15:24

Calculadora papel e caneta
Embora o setor de servi�os venha mostrando recupera��o desde junho do ano passado, os �ltimos meses trouxeram perda de for�a no ritmo de crescimento (foto: Steve Buissinne/Pixabay)

Num cen�rio de avan�o da imuniza��o da popula��o contra a COVID-19 e o aumento na mobilidade das pessoas entre as cidades brasileiras, as fam�lias de classe m�dia e alta permanecem priorizando o consumo de servi�os em detrimento da aquisi��o de bens no com�rcio, especialmente nos �ltimos seis meses.

Quem afirma � Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de Servi�os do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Os servi�os prestados �s fam�lias tiveram uma expans�o de 1,3% em setembro ante agosto, o sexto m�s seguido de avan�os, per�odo em que acumularam um crescimento de 52,5%.

"Esse movimento acontece mais entre fam�lias de renda m�dia e alta. As fam�lias mais pobres destinam mais renda para consumo de itens essenciais", frisou Lobo.

Apesar da melhora nos �ltimos meses, os servi�os prestados �s fam�lias ainda operam em patamar 16,2% inferior ao de fevereiro de 2020, no pr�-pandemia.

"Nos servi�os prestados �s fam�lias, h� uma ociosidade importante ainda", lembrou Lobo.

"O processo de recupera��o tem se dado nesses servi�os de car�ter presencial de forma mais paulatina, gradual, operando ainda abaixo do patamar de fevereiro de 2020. A recupera��o do setor de servi�os tem sido sustentada por servi�os prestados a empresas, onde o aspecto da infla��o n�o tem tanta relev�ncia. A gente percebe uma escalada de receita onde pre�os n�o t�m influ�ncia", garantiu.

O volume de servi�os prestados no pa�s encolheu 0,6% em setembro ante agosto, com avan�o apenas nos servi�os prestados �s fam�lias.

Houve quedas nas quatro demais atividades pesquisadas: transportes (-1,9%), outros servi�os (-4,7%), informa��o e comunica��o (-0,9%) e servi�os profissionais, administrativos e complementares (-1,1%).

Por ora, ainda n�o h� impacto percept�vel da infla��o sobre o desempenho da presta��o de servi�os no pa�s, com exce��o do transporte a�reo de passageiros, que sofreu com o aumento nas passagens a�reas em setembro, afirmou Lobo.

"A press�o de infla��o que a gente observa sobre os consumidores, ela n�o se reflete de maneira mais incisiva sobre os servi�os aqui investigados", explicou Lobo.

"N�o d� para confundir o efeito pre�o sobre a renda das fam�lias, que � obvio, � dado, com o efeito pre�o sobre os servi�os prestados. N�o estou dizendo que a escalada de pre�os n�o tenha impacto sobre a renda das fam�lias, ela n�o tem impacto sobre a pesquisa de servi�os como um todo. A infla��o de servi�os est� mais moderada. O efeito pre�o sobre a Pesquisa Mensal de Servi�os se d� de forma que n�o rebate tanto no volume (de servi�os prestados) quanto rebate no com�rcio", completou.

O pesquisador do IBGE lembra que, embora o setor de servi�os venha mostrando recupera��o desde junho do ano passado, os �ltimos meses trouxeram perda de for�a no ritmo de crescimento.

Segundo ele, alguns segmentos mostram "cansa�o" no processo de recupera��o, mas a base de compara��o elevada tamb�m influencia nessa perda de for�a nos servi�os.

Para Lobo, � natural que a vacina��o e a reabertura de estabelecimentos deixem as pessoas mais confiantes para o consumo de servi�os presenciais.

No entanto, o desemprego ainda elevado, a dificuldade de avan�o na renda e a infla��o podem limitar o crescimento futuro dos servi�os prestados �s fam�lias, alertou o pesquisador.

"(As fam�lias) Podem encontrar cen�rios em que nem haja consumo de bens nem de servi�os. As pessoas podem ter que organizar o or�amento para gastar em itens priorit�rios. O consumo de servi�os � menos priorit�rio que consumo de bens essenciais", lembrou.


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