
Ap�s a prefeitura oficializar a libera��o do funcionamento das casas noturnas em Belo Horizonte, empres�rios do ramo se preparam para receber os clientes depois de quase dois anos de portas fechadas. A libera��o vale desde ontem, mas estabelecimentos tradicionais, como o Clube Chalezinho, localizado na Avenida M�rio Werneck, no Bairro Estoril (Oeste), e o Paco Pigalle Bar, na Avenida do Contorno, Floresta (Leste), ainda faziam os acertos finais para voltar � cena e cair na dan�a. Outros, entretanto, furaram as normas h� semanas, como mostram as redes sociais, por onde divulgam a programa��o da semana e fotos de clientes, a maioria jovens, curtindo a noite, dando mais trabalho � fiscaliza��o da prefeitura. A proibi��o de funcionamento vinha desde mar�o do ano passado.
“A gente est� superansioso. Fechamos em 17 de mar�o de 2020 e achamos que seria por um tempo curto. Ao longo desse tempo todo, conseguimos manter nossa equipe de colaboradores. Neste ano, come�amos as prepara��es sem saber quando abrir�amos. Come�amos uma reforma na casa h� dois meses para trazer novidade para o p�blico, at� porque fazemos 20 anos em 2022”, conta Elzio Pereira, um dos s�cios e gestor do Chalezinho. Essa reforma tem como marca a amplia��o da �rea verde, novos bares e patrocinadores in�ditos.
Segundo ele, a ideia da administra��o � fazer um evento na quinta-feira (9/12) para testar novas tecnologias adotadas no atendimento ao cliente, que agora poder� pagar por meio do celular, sem a necessidade de enfrentar filas para pegar a bebida nem para quitar a conta no caixa. Se tudo correr bem, o Chalezinho volta a simbolizar a noite do Oeste de BH j� no pr�ximo fim de semana (11 e 12).
O protocolo da prefeitura prev� o funcionamento com 100% da capacidade das casas noturnas, mas o Chalezinho ter� cautela nesse primeiro momento. “Treinamentos est�o acontecendo para conseguirmos cumprir todos os protocolos. Estamos ansiosos. A gente tem uma responsabilidade com a cidade e com as pessoas que est�o com a gente. Nosso sonho � construir essa hist�ria por mais 20 anos”, diz Elzio.
O respeito aos protocolos tamb�m � inegoci�vel para o franco-marroquino Paco Pigalle, propriet�rio do bar de mesmo nome no Bairro Floresta. Ele fechou seu estabelecimento duas semanas antes do decreto de mar�o de 2020, assinado pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD), j� pelos temores repassados por colegas do mesmo ramo que trabalham na Europa.
“Eu sabia que isso (a pandemia) chegaria aqui. � uma aposta que eu n�o quis fazer e sofri muita cobran�a dos clientes, at� com agress�es verbais. ‘Ora, voc� � gringo demais para algu�m que mora no Brasil. S� quer fazer as coisas certinhas’, me disseram muitas vezes. Disseram que eu estava fechado porque 'estava cheio da grana’. No fim das contas, quem parece que est� errado � voc� (que respeita as regras sanit�rias)”, diz Paco, que al�m de empres�rio tamb�m � DJ.
Para chamar a aten��o da clientela, o franco-marroquino apostou em uma repagina��o do Paco Pigalle Bar. Ele contou com o trabalho de um amigo franc�s para expor artes tem�ticas nas paredes. “Ele personalizou as paredes com cenas de Paris e do deserto. Todas desenhadas para dar uma nova cara ao bar”, afirma o DJ.
O Paco j� volta � ativa neste s�bado. Os interessados precisam comprar ingresso de R$ 30 para entrar no estabelecimento. A venda � feita pelo site Sympla. O link pode ser encontrado na bio do perfil do bar no Instagram (@barpacopigalle).