
“Para 2022, temos reajustes elevados em todas as categorias de materiais escolares, variando de 15% a 30%, em m�dia”, afirmou o o presidente executivo da ABFIAE, Sidnei Bergamaschi.
De acordo com entidade, as ind�strias e os importadores est�o sofrendo esse ano um grande aumento de custos.
“S�o aumentos elevados e frequentes nas diversas mat�rias-primas como, por exemplo, papel, papel�o, pl�stico, qu�micos, embalagem, etc. Para os produtos importados, os principais impactos s�o a varia��o do d�lar no Brasil, os aumentos de custos na �sia e a eleva��o dos pre�os de fretes internacionais, decorrente da falta de containers. Al�m disso, as medidas antidumping para importa��es de l�pis da China, adotadas pelo governo brasileiro este ano, aumentaram os custos na categoria de l�pis”, observou Bergamaschi.
O executivo afirmou que nenhum produto escapar� da alta de pre�os. “Provavelmente todas as categorias de produtos sofrer�o aumentos de pre�os”. E mesmo os produtos nacionais n�o ter�o tanta procura, por falta de op��es. “Pode ocorrer alguma migra��o de volume de produtos importados para nacionais, mas em pequena escala. Para a maioria dos produtos atualmente importados, as op��es de fornecimento nacional s�o pequenas”.
Este ano foi marcado por aulas h�bridas em diversos estados, e com isso muitos estudantes reaproveitaram materiais escolares de 2020. Com o avan�o da vacina��o e a volta �s aulas totalmente presencial, pelo menos na Educa��o B�sica, a expectativa da entidade para 2022 � cautela.
“Acreditamos que a retomada das aulas presenciais na maioria dos locais no final de 2021 movimentou o setor, mas sem atingir os patamares pr�-pandemia. Nosso mercado foi um dos mais atingido durante a pandemia, com escolas e com�rcio fechados, com uma queda no varejo de papelaria superior a 37%."
"Apesar de existir uma boa expectativa com o retorno das aulas presenciais em 2022, os comerciantes do setor de papelaria est�o cautelosos, pois sofreram muito em 2021, quando n�o teve volta �s aulas, muitas empresas est�o em dificuldades financeiras e outras encerraram as suas atividades. Al�m disso, a degrada��o dos �ndices econ�micos - d�lar elevado, infla��o em alta, desemprego e baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), p�e em risco os resultados para nosso segmento”, avalia o executivo.
Alternativas
E se os pre�os estar�o nas alturas, o jeito � buscar alternativas para economizar, explica o economista S�rgio Tavares. “Em primeiro lugar, � importante pesquisar bastante os pre�os, seja em lojas de rua, nos shopping centers e lojas online. Os pre�os costumam oscilar muito e dado o volume de itens a serem comprados, a economia pode ser boa para quem tem organiza��o e disciplina neste sentido”.
Para quem se organizou, pagar � vista, em dinheiro, pode render um bom desconto.
“Uma segunda abordagem � a tentativa de desconto para pagamento � vista ou em dinheiro, por exemplo, caso a compra tenha valor relevante. O valor � vista nunca pode ser o mesmo do valor total parcelado. O cliente deve perguntar antes se o pre�o � vista e o mesmo do pre�o parcelado, o estabelecimento tem o dever de dar desconto para pagamento � vista”, orienta o diretor da STavares Consultoria Financeira.
Outra forma de economizar � conversar com outros pais, seja atrav�s de grupos e fazer compras conjuntas em livrarias, editoras e no atacado. Isso aumenta a probabilidade de conseguir pre�os menores.
“Uma �ltima alternativa � comprar diretamente da escola, desde que a comodidade n�o represente maior pre�o em rela��o �s lojas. Mas, o que � primordial � pesquisar bastante item a item em maior n�mero de estabelecimentos poss�vel, listando os descontos e facilitadores na forma de pagamento para a tomada de decis�o. Dependendo do resultado da pesquisa, pode haver casos em que � mais lucrativo dividir a compra dos itens em v�rios estabelecimentos”, finaliza o economista.
