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Estado de Minas ELEI��ES 2022

Infla��o, desemprego e renda s�o principais preocupa��es do eleitor

Temas da pol�tica econ�mica voltar�o a ter relev�ncia na hora de escolher um candidato


03/01/2022 09:34 - atualizado 03/01/2022 10:06

Gerente mostra cesta básica em supermercado
Gerente mostra cesta b�sica em supermercado (foto: Minervino Junior/CB)


Diante de um cen�rio econ�mico fragilizado, com altas taxas de desemprego, infla��o nas alturas, aumento da pobreza e da fome, a condu��o da pol�tica econ�mica do pa�s estar� no centro das aten��es dos eleitores na hora de escolher um candidato para apoiar este ano. Pesquisas apontam que o principal problema indicado pelos cidad�os est� na economia, que, portanto, deve dar o tom do pleito de outubro.

Para especialistas, infla��o, desemprego e diminui��o da renda do brasileiro devem ser os temas dominantes dos debates da corrida presidencial, diferentemente de 2018 — quando temas como combate � corrup��o, seguran�a p�blica e a "nova pol�tica" mobilizaram os eleitores. "O que as pesquisas que lidam com as afli��es dos brasileiros v�m mostrando � que a pobreza e o emprego se tornaram as principais preocupa��es. Isso vai guiar a escolha do eleitor", constata o professor de economia da Universidade Federal do ABC (UFABC) F�bio Terra.

Mauro Rochlin, economista e professor dos MBAs da Funda��o Get�lio Vargas (FGV), concorda e acredita que, em outubro, o impacto da situa��o econ�mica sobre a inten��o de voto se dar�, principalmente, por conta do momento vivido pelos brasileiros. "O PIB desabou, o mercado de trabalho derreteu, a taxa de desemprego passou de 15%. E, como se isso n�o bastasse, a infla��o ultrapassa os 10%. Esse quadro dram�tico � o motivo pelo qual a economia ganha destaque nas elei��es", explica.

Os economistas reconhecem o impacto da pandemia de covid-19 no desempenho do pa�s. Mas, segundo Terra, a crise sanit�ria n�o pode ser apontada como �nica explica��o para as dificuldades econ�micas. Ele observa que o desemprego, por exemplo, j� estava elevado antes mesmo da dissemina��o do novo coronav�rus.

"Enquanto a quest�o da fome volta a ser uma preocupa��o, o desemprego � algo que j� vem h� algum tempo, mas que a pandemia agudizou. J� estava ruim e piorou. Isso entrar� fortemente no radar do eleitor", observa.

Al�m do desemprego, Rochlin alerta para o impacto da infla��o na vida dos eleitores. "Mesmo que, de uma maneira geral, a popula��o seja leiga em economia, ela sente no bolso a alta de pre�os. O bolso � o '�rg�o' mais sens�vel do ser humano. Ent�o, mesmo que o eleitor n�o saiba exatamente qual � a taxa de infla��o medida pelo IPCA no m�s de dezembro, ou no ano de 2021, percebe o que est� acontecendo sempre que consome algo", diz.

Terra afirma que, na equa��o para um bom desempenho nas urnas, o candidato ter� de apresentar um discurso que conjugue os interesses dos eleitores e do mercado financeiro. "Quem vota estar�, basicamente, pedindo ajuda para escapar da pobreza. Logo, pedir� emprego, que traz renda, que traz seguran�a contra a pobreza e a fome. O mercado far� as demandas de sempre, como consolida��o fiscal e reformas. E os candidatos, nesse meio termo, tentar�o costurar um agrado ao mercado e um agrado a quem vota. A pauta da pr�xima elei��o se d� por meio dessa triangula��o", analisa.
infografia mostra principais preocupações dos eleitores

Mudan�a de cen�rio

O discurso de cada candidato estar� diretamente atrelado ao cen�rio econ�mico dos meses que antecedem o pleito. Segundo o cientista pol�tico e vice-presidente da Arko Advice, Cristiano Noronha, "por isso, � que o governo aposta em a��es como privatiza��es e concess�es, e acredita que a economia pode responder positivamente para que, eventualmente, o presidente Jair Bolsonaro tenha uma recupera��o da popularidade".

Rochlin acrescenta que os n�veis de infla��o nos meses de campanha eleitoral tamb�m ser�o importantes para definir o voto. "N�o adianta dizer que, hoje, a infla��o est� em 10%, que a popula��o est� revoltada e, por isso, o Bolsonaro n�o conseguiria se reeleger. Acho que � um pouco cedo para afirmar isso. A gente precisa olhar o cen�rio da v�spera da campanha da elei��o", alerta. Ele explica que, se a infla��o estiver controlada em agosto e setembro, ajudar� o discurso do governo. Mas, se isso n�o acontecer, o discurso da oposi��o � que se fortalece.

Rochlin aponta que a perspectiva � de queda da infla��o at� o per�odo da vota��o. Segundo ele, tr�s fatores explicam essa estimativa: a estabilidade no pre�o dos commodities — como petr�leo, min�rio de ferro, milho e trigo —, a estabilidade do d�lar e a taxa b�sica de juros da economia.

"Por mais que a gente saiba que o d�lar est� caro, � o mesmo valor que estava h� um ano. Ent�o, o pre�o do produto importado n�o deve aumentar e manter uma certa estabilidade. J� com a Selic alta, o consumo fica inibido", destaca.


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