
Bras�lia – O setor de presta��o de servi�os cresceu 10,9% em 2021, ap�s ter recuado 7,8% em 2020, segundo dados divulgados ontem da Pesquisa Mensal de Servi�os, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). A expans�o observada representou a maior taxa para um fechamento de ano desde o in�cio da s�rie hist�rica do levantamento, iniciada em 2012. Na compara��o entre dezembro e novembro do ano passado, o avan�o foi de 1,4%, configurando o segundo m�s de alta, resultado que significou 4,1% de crescimento nesse per�odo acumulado.

De acordo com o gerente da pesquisa do IBGE, Rodrigo Lobo, boa parte do crescimento acumulado dos �ltimos 10 anos (2,3%) se deve ao desempenho mais din�mico de alguns segmentos de servi�os em 2021.
Ainda na an�lise de 2021, Rodrigo Lobo destaca que houve alta em todas as atividades. “� a segunda vez na s�rie que todas as atividades crescem simultaneamente. Dos 10 anos da s�rie, o setor fechou positivo em cinco (2012, 2013, 2014, 2019 e 2021), e, nestes, apenas em 2012 e 2021 houve crescimento em todas as atividades”.
No �ltimo ano, as atividades que mais se destacaram foram transportes, servi�os auxiliares aos transportes e correio (15,1%) e informa��o e comunica��o (9,4%). Com o aumento, ambas superaram as quedas de 7,6% e 1,6%, respectivamente, registradas em 2020.
Os demais avan�os vieram de servi�os profissionais, administrativos e complementares (7,3%); servi�os prestados �s fam�lias (18,2%); e outros servi�os (5%). No caso de servi�os profissionais, administrativos e complementares e servi�os prestados �s fam�lias, o crescimento de 2021 n�o foi suficiente para compensar as perdas de 2020 (respectivamente, 11,4% e 35,6%).
Influ�ncias Na passagem de novembro para dezembro, com a taxa de 1,4%, o setor de servi�os ainda ficou 6,6% abaixo do n�vel de atividade que apresentava antes da pandemia (em fevereiro de 2020). Em rela��o a novembro de 2014, quando houve taxa recorde de expans�o, tem perda de 5,6%.
O pesquisador Rodrigo Lobo destaca que “a partir de junho de 2020, quando se inicia a recupera��o, foram 19 informa��es, sendo 15 taxas positivas e 4 negativas (em dezembro de 2020, mar�o, setembro e outubro de 2021). Isso confirma um contexto de crescimento para o setor”, afirma.
Quatro das cinco atividades investigadas avan�aram em dezembro e a maior influ�ncia positiva sobre o indicador foi determinada pelos transportes, com avan�o de 1,8%, segundo resultado positivo seguido. O setor est� 9,8% acima do patamar pr�-pandemia, mas 5,2% abaixo do seu ponto mais alto da s�rie, em fevereiro de 2014. Segundo maior impacto em termos setoriais, os servi�os profissionais, administrativos e complementares cresceram 2,6%. Essa tamb�m � a segunda taxa positiva. A atividade situa-se 0,2% abaixo do patamar pr�-pandemia e 20,7% abaixo do ponto mais alto da sua s�rie, em julho de 2012.
Produtores apelam por reposi��o do cr�dito rural
Em of�cios endere�ados a ministros e parlamentares, na ter�a-feira, a Confedera��o da Agricultura e Pecu�ria do Brasil (CNA) pediu medidas para a recomposi��o do Or�amento 2022 que permitam a libera��o de cr�dito rural com o nivelamento das taxas de juros, por meio de projeto de lei de cr�dito suplementar. Os recursos adicionais, diante da escalada dos encargos dos financiamentos agr�colas, s�o essenciais, segundo a CNA, para a safra 2022/2023. No �ltimo dia 4, a Secretaria Especial do Tesouro e Or�amento do Minist�rio da Economia solicitou �s institui��es financeiras que suspendessem novas contrata��es de cr�dito rural com recursos que demandam equaliza��o de taxas de juros durante este m�s.
Nas estimativas da CNA, dos R$ 7,83 bilh�es autorizados para as despesas com equaliza��es de taxas de juros (opera��es de custeio, investimento e Pronaf) em 2022, R$ 7,76 bilh�es (99,1%) j� est�o empenhados. Durante o lan�amento do Plano Agr�cola e Pecu�rio 2021/2022, o governo havia anunciado R$ 13 bilh�es de or�amento para as equaliza��es de taxas de juros.
“Consideramos que a escalada da taxa Selic desde mar�o/2021 n�o foi dimensionada quando da formula��o do or�amento 2022, o que compromete novas opera��es de cr�dito em 2022, assim como as t�o necess�rias renegocia��es de prazos de reembolso do cr�dito nas regi�es cuja produ��o agropecu�ria foi significativamente impactada pela seca ou por chuvas excessivas”, justifica o presidente da CNA, Jo�o Martins, no of�cio.
O pedido foi feito aos ministros Paulo Guedes, da Economia; Tereza Cristina, da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento; e Ciro Nogueira, da Casa Civil. No Legislativo, a CNA solicitou a interfer�ncia dos presidentes da Frente Parlamentar da Agropecu�ria (FPA), deputado Sergio Souza (MDB/PR), e das comiss�es de Agricultura da C�mara, Aline Sleutjes (PSL/PR), e do Senado, Acyr Gurgacz (PDT/RO). O Tesouro Nacional argumenta que n�o h� recursos or�ament�rios suficiente para custear o pagamento de equaliza��o de taxas de juros nessas opera��es.
Na an�lise da confedera��o, a suspens�o das contrata��es das opera��es de cr�dito com fonte de recursos equalizadas em fevereiro preocupa em rela��o ao per�odo final do Plano Safra 2021/2022 e quanto � antecipa��o de pr�-custeio, diante de um cen�rio de eleva��o de custos de produ��o para todas as atividades agropecu�rias. Outro foco de problemas, destacou a CNA, � que “a suspens�o gera inseguran�a quanto � insufici�ncia de recursos para o Plano Agr�cola e Pecu�rio 2022/2023, uma vez que a quase totalidade do volume de recursos para equaliza��o foi empenhada j� neste m�s”.
Ajustes fiscais
A acelera��o e o aprofundamento do processo de equil�brio fiscal no governo permitiram que o Brasil enfrentasse os choques provocados pela pandemia da COVID-19 sem comprometer o controle das contas p�blicas. � o que afirma na nota “Trajet�rias com e sem reformas: continuidade e aprofundamento da consolida��o fiscal” a Secretaria de Pol�tica Econ�mica (SPE) do Minist�rio da Economia.
O informe divulgado ontem mostra que os ajustes levaram o Brasil a terminar 2021 com indicadores fiscais em patamares melhores do que as estimativas feitas pelo antigo Minist�rio da Fazenda em 2018, “mesmo considerando os cen�rios mais desafiadores”. A SPE explica que o processo de consolida��o fiscal permitiu que o pa�s voltasse, em 2021, a apresentar super�vit prim�rio do setor p�blico consolidado, de 0,75% do Produto Interno Bruto (PIB, o conjunto da produ��o de bens e servi�os do pa�s).
O informe divulgado ontem mostra que os ajustes levaram o Brasil a terminar 2021 com indicadores fiscais em patamares melhores do que as estimativas feitas pelo antigo Minist�rio da Fazenda em 2018, “mesmo considerando os cen�rios mais desafiadores”. A SPE explica que o processo de consolida��o fiscal permitiu que o pa�s voltasse, em 2021, a apresentar super�vit prim�rio do setor p�blico consolidado, de 0,75% do Produto Interno Bruto (PIB, o conjunto da produ��o de bens e servi�os do pa�s).