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Estado de Minas ENERGIA EL�TRICA

Brasileiros podem ter 'al�vio' na conta de luz durante todo o ano; entenda

No Sudeste e no Centro-Oeste, �gua armazenada atingiu o melhor n�vel de 2012; bons �ndices espantam o 'fantasma' da bandeira de escassez h�drica


11/04/2022 20:56 - atualizado 11/04/2022 20:56

Lago de Furnas, em Capitólio
Subida nos n�veis do Lago de Furnas (foto) anima ONS, que projeta ano sem bandeira de escassez na conta de luz (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press -14/1/22)
A melhora no n�vel de �gua armazenada nos reservat�rios brasileiros deve permitir a ado��o da bandeira verde nas contas de luz at� o fim do ano. A taxa extraordin�ria cobrada em virtude da escassez h�drica deixa de valer na semana que vem e, segundo as proje��es do Operador Nacional do Sistema El�trico (ONS), tende a ficar esquecida at� dezembro. Dados divulgados nesta segunda-feira (11/4) apontam que os reservat�rios das hidrel�tricas localizadas no Sudeste e no Centro-Oeste atingiram, neste m�s, os melhores n�veis desde 2012.


As chuvas ocorridas no per�odo �mido, que come�ou em novembro de 2021 e termina neste m�s, ajudaram a impulsionar o volume das caixas d'�gua do Sistema Interligado Nacional (SNI), controlado pelo ONS. O crescimento, segundo os gestores do operador, ser� essencial para espantar a crise que se abateu sobre o setor energ�tico no ano passado.

"A expectativa de todo o setor el�trico � que a gente passe todo este ano com bandeira verde", disse Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS, em entrevista coletiva.

O fim da bandeira de escassez h�drica deve, segundo o governo federal, diminuir os custos da conta de luz em cerca de 20% j� em maio. No modelo, � preciso desembolsar taxa extra de R$ 14,20 a cada 100 quilowatts-hora (KWh) consumidos.

Os problemas nos reservat�rios acarretaram na contrata��o, em outubro, de termel�tricas para auxiliar no enfrentamento � crise. Segundo Ciocchi, a gera��o t�rmica vai se limitar �s usinas que n�o podem ter o funcionamento interrompido. Ele defendeu os acordos, que preveem o in�cio das opera��es em maio.

 

 


"Na hora que tomamos a decis�o [de contratar as t�rmicas], existia uma incerteza muito grande. T�nhamos duas escolhas: o arrependimento de contratar e o arrependimento de n�o contratar", pontuou.

Em 25 de mar�o, o subsistema Sudeste/Centro-Oeste tinha n�vel de 61,3%. No mesmo dia, mas em 2021, estava em 35,3%. "Temos, de partida, uma situa��o bastante mais confort�vel do que no ano passado", assinalou o dirigente.

Segundo Ciocchi, embora positivo, o quadro n�o pode ser considerado tranquilo. "No sistema el�trico nada pode ser, assim, t�o tranquilo. As incertezas s�o muito grandes, principalmente quando a gente fala de condi��es meteorol�gicas. Sem contar outros aspectos energ�ticos e el�tricos, que podem mudar muito essa situa��o", explicou. 

"Esse ponto de partida, comparado com o mesmo �ndice de 2021, reflete n�o s� as chuvas, mas a gest�o, a governan�a e os procedimentos operativos", completou, tecendo elogios � Ag�ncia Nacional de �guas (ANA), ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov�veis (Ibama) e ao Minist�rio de Minas e Energia (MME).

Ao ilustrar a boa situa��o do sistema h�drico brasileiro, Ciocchi citou o caso da usina de Sobradinho, entre a cidade hom�nima e Casa Nova, na Bahia (BA). O reservat�rio, instalado no Rio S�o Francisco, tinha, ontem, 100,29% de volume �til - quantidade de �gua que pode, efetivamente, ser usada para gerar energia. "Isso n�o acontecia h� um bom tempo", festejou.

Proje��o positiva para o fim do ano

Os estudos apresentados por Luiz Ciocchi estimam os reservat�rios do Brasil com armazenamento em �ndice entre 40% e 60% no fim do per�odo seco, em novembro. No melhor cen�rio, o Sistema Interligado Nacional (SNI) est� em 60,8%. Mesmo na proje��o mais pessimista, o n�vel est� em 40,3%.

"� um n�mero muito superior e melhor aos 26% que conseguimos no ano passado", explicou o especialista. Minas Gerais, por sua vez, � espelho da boa situa��o brasileira.

O reservat�rio de Furnas, localizado no lago de mesmo nome, no Sudoeste do estado, marcava n�vel de 765,88 metros e 83,03% de volume �til. Em junho do ano passado, por exemplo, o volume estava reduzido � metade: 36,28%, com volume inferior a 759 metros. A cota m�nima do curso d'�gua, estabelecida, inclusive, por uma Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) aprovada pela Assembleia Legislativa, � de 762 metros. O desejo do ONS, ali�s, � terminar o per�odo seco pr�ximo de tal marca.

"Hoje, estamos em quase 766 [metros], cota que eles entendem como �tima para o aproveitamento de todo o potencial tur�stico, de transporte e psicultura", ponderou Ciocchi. "Tendo em vista a situa��o atual e as pr�ticas operativas feitas, tenho certeza que o pessoal de Furnas est� bastante satisfeito com o n�vel atual e com a forma como estamos operando os reservat�rios".

Em Furnas, a cota m�nima equivale a cerca de 50% do volume de �gua. Ainda ontem, o ONS apontava 77,87% de volume �til no Lago de Peixoto, antigo nome da usina de Mascarenhas de Moraes, ante �ndice ligeiramente superior � metade no meio do ano passado.

No que tange �s usinas controladas pela Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig), tamb�m houve melhora. O "colch�o d'�gua" � formado pelas usinas de Tr�s Marias (Regi�o Central), Nova Ponte (Tri�ngulo) e Emborca��o (Tri�ngulo, na divisa com Goi�s). Nelas, o volume �til na �ltima medi��o do operador nacional estava, respectivamente, em 93,75%, 50,33% e 65,58%.


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