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Estado de Minas BRASIL

Conselho aprova nome de Jos� Mauro Coelho para a presid�ncia da Petrobras

Assembleia tamb�m deu aval para a distribui��o de R$ 101 bilh�es em dividendos


14/04/2022 00:07 - atualizado 14/04/2022 00:10

José Mauro Ferreira Coelho
O governo federal indicou o qu�mico Jos� Mauro Ferreira Coelho (foto: Jefferson Rudy/Ag�ncia Senado)
A Assembleia Geral Ordin�ria (AGO) dos acionistas da Petrobras aprovou, na noite desta quarta-feira (13/4), o indicado pelo governo para presidir a estatal como membro do Conselho de Administra��o.
 
A reuni�o, iniciada �s 15h, avan�ou a noite e a Uni�o n�o conseguiu aprovar todos indicados para o novo Conselho da estatal.Antes, os acionistas aprovaram o balan�o da empresa de 2021 e o pagamento de R$ 101 bilh�es de dividendos, o equivalente a 95% do lucro de R$ 106,7 bilh�es. 
 
Dos 11 membros do colegiado, oito s�o indicados pela Uni�o, tr�s pelos acionistas e um � eleito pelos funcion�rios. O governo federal indicou o qu�mico Jos� Mauro Ferreira Coelho para presidir a companhia e o nome dele foi previamente recomendado pelo Comit� de Pessoas da estatal para integrar o Conselho.
 
Al�m de Coelho, havia outros sete nomes indicados pela Uni�o para compor o novo colegiado que poder� exercer um mandato de at� dois anos. Entre eles, estava o engenheiro M�rcio Weber, que j� � conselheiro e foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para presidir o Conselho da estatal e tamb�m teve o nome aprovado como conselheiro. 
 
Dois nomes indicados pelo governo n�o passaram pelo crivo dos acionistas: Carlos Lessa e Eduardo Karrer. A elei��o do novo presidente da Petrobras est� prevista para a tarde de quinta-feira (14/4).
 
De acordo com fontes que acompanhavam a assembleia virtualmente, a vota��o dos conselheiros chegou a ser interrompida por 40 minutos, e ainda erraram o n�mero m�nimo para eleger um conselheiro em 300 mil votos e precisaram refazer as contas, o que atrasou ainda mais a assembleia.

Pauta pol�mica

A pauta da reuni�o era extensa e um dos itens, que propunha a mudan�a no estatuto social da companhia, em meio �s press�es de trabalhadores, foi retirado da pauta pelo Minist�rio de Minas e Energia (MME). “Os temas que seriam abordados em Assembleia Geral Extraordin�ria, na sequ�ncia da AGO, ser�o abordados em uma pr�xima oportunidade, pois as mat�rias deixaram de ser submetidas � aprecia��o do minist�rio supervisor, conforme prev� a portaria do Minist�rio da Economia”, informou a nota do MME sem confirmar as press�es para a retirada do item da pauta.
 
A proposta de mudan�a no estatuto era pol�mica e mobilizou funcion�rios da empresa, porque previa amplia��o do poder dos acionistas minorit�rios, que vivem tentando aumentar o n�mero de representantes no Conselho. Na avalia��o do coordenador-geral da Federa��o �nica dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, essa altera��o previa a retirada do artigo 3º do Estatuto, que, pela proposta de modifica��o, passaria a permitir que as pol�ticas da empresa na �rea de responsabilidade social sejam fixadas pelo Conselho de Administra��o.
 
“Temos uma compreens�o muito clara que essa mudan�a iria tirar o direito da Uni�o, que � acionista majorit�rio, de estabelecer pol�ticas da Petrobras que visam o interesse do povo brasileiro. A Petrobras � uma empresa p�blica e n�o tinha como n�o deixar de cumprir um dever constitucional que � atender tamb�m o interesse p�blico e n�o apenas o dos acionistas, que t�m um car�ter mais rentista e que visa o lucro acima de tudo. Infelizmente, a sociedade est� sangrando muito, 19 milh�es de pessoas passando fome e cozinhando a lenha, enquanto alguns milhares de acionistas v�o receber R$ 101 bilh�es de dividendos”, lamentou Bacelar. Segundo ele, assim como a FUP, a Associa��o Nacional dos Petroleiros Acionistas Minorit�rios da Petrobr�s (Anapetro) tamb�m se manifestou contr�ria � mudan�a.
 
O sindicalista voltou a criticar a pol�tica de pre�os internacionais da Petrobras e lembrou que os investimentos da empresa n�o param de encolher. “Em 2021, quando a empresa lucrou US$ 19 bilh�es, a empresa investiu US$ 8,7 bilh�es, muito menos do que o investido em 2011, quando a empresa teve o lucro recorde, de US$ 20 bilh�es e investiu US$ 47 bilh�es”, comparou. “N�o tem cabimento uma empresa com um lucro desse tamanho �s custas da popula��o que est� pagando o pre�o alto pelos combust�veis em detrimento da queda na capacidade de investimento”, lamentou. Ele lembrou que apenas os nove diretores da Petrobras, inclusive, o atual presidente, o general Joaquim Silva e Luna, ainda v�o dividir R$ 39 milh�es de b�nus pelo desempenho cont�bil da companhia, que vendeu v�rias subsidi�rias no ano passado.
 
Bacelar ainda criticou a indica��o do MME de Weber para a presid�ncia do Conselho. “Esse � um nome que atuou como representante de uma empresa suspeita de participar de lavagem de propina, de acordo com o Minist�rio P�blico Federal”, afirmou ele, citando a empresa Petroserv. Procurada, a Petrobras informou que “ratifica que o Weber atende integralmente aos requisitos e � aus�ncia de veda��es previstas tanto no Decreto 8.945/16, que regulamenta a Lei 13.303/16 (Lei das Estatais), quanto na Pol�tica de Indica��o de Membros da Alta Administra��o e do Conselho Fiscal da Petrobras”. Segundo a companhia, o executivo “prestou todos os esclarecimentos devidos durante a aplica��o do procedimento de background check de Integridade da Petrobras, incluindo o seu relacionamento pret�rito com a empresa Petroserv”.

A��es vol�teis 

As a��es da Petrobras subiram bem antes do in�cio da assembleia e a companhia chegou a ultrapassar a Vale na lideran�a das empresas mais valiosas da Bolsa de Valores de S�o Paulo (B3). Contudo, ao longo do dia, em meio aos ru�dos em torno da confus�o do estatuto.
 
“Foi mais um ru�do e atrapalhou um pouco, mas � outro passo em dire��o a refor�ar a governan�a em vez de defender a interfer�ncia pol�tica. Mas o saldo foi positivo para a empresa”, destacou Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos. Enquanto as a��es ordin�rias (com direito a voto) da Vale fecharam o dia com alta de 0,03%, cotada a R$ 93,40, as preferenciais da Petrobras (sem direito a voto) subiram 2,13%, para R$ 34,57. J� as ordin�rias avan�aram 2,46%, para R$ 37,54, conforme os dados da B3.
 
A petrol�fera encerrou o preg�o desta quarta-feira em segundo lugar da listagem das maiores empresas da Bolsa, valendo R$ 474,5 bilh�es, enquanto a mineradora, R$ 491,8 bilh�es, segundo dados da RB. Na v�spera, a Vale valia R$ 451,8 bilh�es e a Petrobras, R$ 462,3 bilh�es, conforme dados da Econom�tica.


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