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Estado de Minas BRASIL

Selic: Banco Central eleva a taxa b�sica de juros para 12,75%

Com isso, o Copom efetua a alta consecutiva nos juros desde mar�o de 2021, quando a Selic estava no piso hist�rico de 2% ao ano


04/05/2022 19:32

A decisão foi unânime e veio em linha com a expectativa do mercado
A decis�o foi un�nime e veio em linha com a expectativa do mercado (foto: BRENO FORTES/CB/D.A PRESS)
O Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), do Banco Central, decidiu elevar a taxa b�sica da economia (Selic) em mais um ponto percentual, para 12,75% ao ano, maior patamar desde abril de 2017.
 
Com isso, o Copom efetua a alta consecutiva nos juros desde mar�o de 2021, quando a Selic estava no piso hist�rico de 2% ao ano.

A decis�o foi un�nime e veio em linha com a expectativa do mercado.

Veja a �ntegra do comunicado do Copom:


A atualiza��o do cen�rio do Copom pode ser descrita com as seguintes observa��es:

O ambiente externo seguiu se deteriorando. As press�es inflacion�rias decorrentes da pandemia se intensificaram com problemas de oferta advindos da nova onda de Covid-19 na China e da guerra na Ucr�nia. A reprecifica��o da pol�tica monet�ria nos pa�ses avan�ados eleva a incerteza e gera volatilidade adicional, particularmente nos pa�ses emergentes;
 
Em rela��o � atividade econ�mica brasileira, o conjunto dos indicadores divulgado desde a �ltima reuni�o do Copom indica um crescimento em linha com o que era esperado pelo Comit�;
 
A infla��o ao consumidor seguiu surpreendendo negativamente. Essa surpresa ocorreu tanto nos componentes mais vol�teis como nos itens associados � infla��o subjacente;
 
As diversas medidas de infla��o subjacente apresentam-se acima do intervalo compat�vel com o cumprimento da meta para a infla��o;
 
As expectativas de infla��o para 2022 e 2023 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 7,9% e 4,1%, respectivamente; e
 
No cen�rio de refer�ncia, a trajet�ria para a taxa de juros � extra�da da pesquisa Focus e a taxa de c�mbio parte de USD/BRL 4,95*,­ evoluindo segundo a paridade do poder de compra (PPC). Optou-se por manter a premissa de que o pre�o do petr�leo segue aproximadamente a curva futura de mercado at� o fim de 2022, terminando o ano em US$100/barril e passando a aumentar 2% ao ano a partir de janeiro de 2023. Adota-se a hip�tese de bandeira tarif�ria “amarela” em dezembro de 2022 e dezembro de 2023. Nesse cen�rio, as proje��es de infla��o do Copom situam-se em 7,3% para 2022 e 3,4% para 2023. As proje��es para a infla��o de pre�os administrados s�o de 6,4% para 2022 e 5,7% para 2023. O Comit� julga que a incerteza em torno das suas premissas e proje��es atualmente � maior do que o usual.
 
O Comit� ressalta que, em seus cen�rios para a infla��o, permanecem fatores de risco em ambas as dire��es. Entre os riscos de alta para o cen�rio inflacion�rio e as expectativas de infla��o, destacam-se (i) uma maior persist�ncia das press�es inflacion�rias globais; e (ii) a incerteza sobre o futuro do arcabou�o fiscal do pa�s, parcialmente incorporada nas expectativas de infla��o e nos pre�os de ativos. Entre os riscos de baixa, ressaltam-se (i) uma poss�vel revers�o, ainda que parcial, do aumento nos pre�os das commodities internacionais em moeda local; e (ii) uma desacelera��o da atividade econ�mica mais acentuada do que a projetada. O Comit� avalia que a conjuntura particularmente incerta e vol�til requer serenidade na avalia��o dos riscos.

Considerando os cen�rios avaliados, o balan�o de riscos e o amplo conjunto de informa��es dispon�veis, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa b�sica de juros em 1,00 ponto percentual, para 12,75% a.a. O Comit� entende que essa decis�o reflete a incerteza ao redor de seus cen�rios e um balan�o de riscos com vari�ncia ainda maior do que a usual para a infla��o prospectiva, e � compat�vel com a converg�ncia da infla��o para as metas ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano-calend�rio de 2023. Sem preju�zo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de pre�os, essa decis�o tamb�m implica suaviza��o das flutua��es do n�vel de atividade econ�mica e fomento do pleno emprego.

O Copom considera que, diante de suas proje��es e do risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos, � apropriado que o ciclo de aperto monet�rio continue avan�ando significativamente em territ�rio ainda mais contracionista. O Comit� enfatiza que ir� perseverar em sua estrat�gia at� que se consolide n�o apenas o processo de desinfla��o como tamb�m a ancoragem das expectativas em torno de suas metas.

Para a pr�xima reuni�o, o Comit� antev� como prov�vel uma extens�o do ciclo com um ajuste de menor magnitude. O Comit� nota que a elevada incerteza da atual conjuntura, al�m do est�gio avan�ado do ciclo de ajuste e seus impactos ainda por serem observados, demandam cautela adicional em sua atua��o. O Copom enfatiza que os passos futuros da pol�tica monet�ria poder�o ser ajustados para assegurar a converg�ncia da infla��o para suas metas, e depender�o da evolu��o da atividade econ�mica, do balan�o de riscos e das proje��es e expectativas de infla��o para o horizonte relevante da pol�tica monet�ria.

Votaram por essa decis�o os seguintes membros do Comit�: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Bruno Serra Fernandes, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Fernanda Magalh�es Rumenos Guardado, Maur�cio Costa de Moura, Ot�vio Ribeiro Damaso, Paulo S�rgio Neves de Souza e Renato Dias de Brito Gomes. 

*Valor obtido pelo procedimento usual de arredondar a cota��o m�dia da taxa de c�mbio USD/BRL observada nos cinco dias �teis encerrados no �ltimo dia da semana anterior � da reuni�o do Copom.


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