
Com menos de R$ 100 o trabalhador sa�a do supermercado, em abril de 2021, com ao menos sete dos 13 itens b�sicos que comp�em a cesta na sacola: arroz, a��car, caf�, feij�o, leite, �leo e carne bovina. Agora, para conseguir comprar a mesma quantidade, o consumidor precisa desembolsar 19% a mais.
Para manter o equilibro do or�amento, o jeito � pesquisar. "Olha em um supermercado, olha em outro, para ver se faz diferen�a", afirma a dona de casa, Maria Rita Gomes. Outra estrat�gia usada por ela � substituir alguns alimentos. "A carne de porco est� com pre�o melhor. A de boi est� dif�cil de comprar", cita.
Atualmente, o divinopolitano gasta mais da metade do sal�rio m�nimo nacional l�quido (55%) para comprar os produtos b�sicos da alimenta��o. Na mesma �poca, em 2021, o �ndice era de 40%.
Para arcar com os custos com alimenta��o, moradia, vestu�rio, educa��o, higiene, transporte, sa�de e lazer, de uma fam�lia de quatro pessoas moradora de Divin�polis, sal�rio m�nimo deveria ser 4,31 vezes maior que o atual.
“Estima-se que o sal�rio m�nimo necess�rio deveria ser equivalente a R$ 5.223,83”, afirma o coordenador do N�cleo de Estudos e Pesquisas Econ�mico-sociais (Nepes) da Faculdade Una Divin�polis Nepes, Wagner Almeida, respons�vel pelo levantamento.
A pesquisa divulgada nesta ter�a-feira (10/4) foi realizada entre os dias 22 e 26 de abril em seis estabelecimentos diferentes.
Cesta b�sica
O custo da cesta b�sica em abril foi de R$ 621,81. O grupo de alimentos apresentou eleva��o de 4,24% em rela��o a mar�o, quando a m�dia foi R$ 596,49. Os grandes vil�es foram a banana-prata (50,13%) e a batata-inglesa (22,54%).
“As chuvas e o aumento da demanda provocaram redu��o na oferta, o que elevou o pre�o no varejo”, explica
Outras altas tamb�m ocorreram no leite integral (5,9%) e na manteiga (4,08%). “A menor oferta no campo, decorrente dos altos custos de produ��o, medicamentos, adubos, milho, soja e combust�veis, e a disputa das ind�strias de latic�nios pela mat�ria-prima elevaram o valor dos derivados l�cteos no varejo”, completa.
Pelo 3º m�s consecutivo, o p�o franc�s apresentou alta de 4,17%. Isso ocorreu devido � redu��o da oferta de trigo no mercado externo, por causa da guerra entre a R�ssia e a Ucr�nia. Internamente, a valoriza��o do d�lar em rela��o ao real fez com que o produto importado chegasse mais caro ao pa�s.
Por outro lado, houve redu��o no pre�o do tomate (19,64%), do a��car (2,78%) e do caf� em p� (0,27%).
A carne bovina segue com o maior peso (37,5%) na composi��o da cesta b�sica. O pre�o aumento 5,14% em abril deste ano em rela��o ao m�s anterior. Foram pesquisados os cortes: ch� de dentro e ch� de fora.
A metodologia utilizada para a coleta dos dados segue as orienta��es sugeridas pelo Departamento intersindical de estat�stica e estudos socioecon�micos (Dieese).
*Amanda Quintiliano especial para o EM