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Estado de Minas ALTA DE PRE�OS

Pre�o do trigo dispara ap�s �ndia suspender exporta��es; p�o pode encarecer

A tonelada do produto para panifica��o atingiu um recorde absoluto para o gr�o, que j� vinha em alta desde o come�o da guerra na Ucr�nia


16/05/2022 14:45 - atualizado 16/05/2022 19:51

Pães na grade da padaria
A �ndia � o segundo maior produtor mundial de trigo e a decis�o pode afetar no pre�o do p�o (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
A cota��o do trigo, que j� vinha em alta desde o come�o da guerra na Ucr�nia, voltou a bater recorde nesta segunda-feira (16/5) no mercado europeu, ap�s o an�ncio da �ndia de suspender suas exporta��es do gr�o.

 

 

 

A tonelada de trigo para panifica��o fechou hoje em 438,25 euros no Euronext, um recorde absoluto para o gr�o, que j� estava sendo negociado a pre�o de ouro no mercado mundial.

"Este � um recorde absoluto para todos os vencimentos do Euronext. O recorde anterior remonta a 7 de mar�o de 2022, quando o trigo fechou em 422,50 euros por tonelada", disse � AFP Damien Vercambre, corretor da Inter-Courtage.

A �ndia, o segundo maior produtor mundial de trigo, proibiu no s�bado a exporta��o do gr�o, a menos que haja uma autoriza��o especial do governo. A decis�o foi adotada no momento em que o pa�s vive uma queda de produ��o devido a ondas de calor extremo.

Nova D�lhi, que havia se comprometido anteriormente a fornecer trigo aos pa�ses fr�geis dependentes das exporta��es da Ucr�nia, alegou que a decis�o tem como objetivo garantir a "seguran�a alimentar" de seus 1,4 bilh�o de habitantes.

Tamb�m no s�bado, os ministros da Agricultura do G7 afirmaram que a suspens�o das exporta��es de trigo indianas "agravariam a crise" de abastecimento mundial de cereais provocada pela guerra da Ucr�nia.

Agora, "os mercados reagem com mais for�a, pois o embargo da �ndia a suas exporta��es de trigo contradiz suas promessas anteriores sobre o fornecimento mundial", destaca Gautier Le Molgat, analista da consultoria agr�cola Agritel.

Alternativas para o trigo da Ucr�nia 

Nos mercados mundiais, a preocupa��o � ainda maior, pois a �ndia, inicialmente um exportador mediano de trigo, estava a caminho de se transformar em um importante ator do setor: exportou 7 milh�es de toneladas em 2021 e apostava em chegar a 10 milh�es este ano, convertendo-se em uma das alternativas poss�veis ao trigo ucraniano.


Antes do conflito, iniciado com a invas�o russa em 24 de fevereiro, a Ucr�nia era o quarto exportador mundial de milho e estava se tornando o terceiro maior fornecedor global de trigo.

Sua produ��o de trigo pode se reduzir gravemente este ano, segundo as previs�es do Departamento de Agricultura americano (USDA, na sigla em ingl�s), que considera que Kiev ter� apenas capacidade de exportar 10 milh�es de toneladas em 2022, contra 19 milh�es de toneladas um ano antes.

O pre�o do trigo aumentou 40% desde o in�cio da guerra e segue alto devido aos riscos de seca nos Estados Unidos e na Europa ocidental.

Nesse contexto, e com a guerra da Ucr�nia se prolongando no tempo, a promessa de trigo indiano havia aliviado um pouco os mercados, em especial no Oriente M�dio e na �sia, clientes tradicionais da �ndia.

Para os observadores, os pre�os v�o seguir altos, pois "a demanda sempre vai existir".

 

Momento de cautela para o mercado brasileiro

 

Para o presidente do Sindicato e Associa��o Panifica��o e Confeitaria de Minas Gerais (Amip�o), Vinicius Dantas, a decis�o � preocupante para o mercado brasileiro. 

 

“Quem importa da �ndia vai passar a importar de outro mercado e, consequentemente, traz uma alta de pre�os para o Brasil. N�s somos hoje importadores da Argentina, al�m de Estados Unidos e Canad�. Mas grande parte do trigo que entra no Brasil vem da Argentina.”

 

Dantas lembra que o pa�s est� no per�odo de entressafra. “S� teremos trigo brasileiro a partir de setembro e outubro.” Al�m disso, tem a guerra entre R�ssia e Ucr�nia, dois dos maiores produtores do gr�o no mundo. “Acredito que n�o se consegue baixar o pre�o do trigo. Ele se estabiliza no patamar em que est� porque houve uma queda de venda.”

 

O presidente da Amip�o acredita que o momento � de cautela. “Para o setor da panifica��o, o momento � de gest�o. Esse conflito (no Leste Europeu) mexeu muito com a panifica��o. Tivemos um in�cio de repasse, precisamos alinhar para garantir um pre�o poss�vel para o consumidor, j� que o sal�rio n�o est� subindo nos patamares de aumento da mat�ria prima. Precisamos achar um equil�brio.”

 

Dantas ressalta que al�m do trigo, para fabrica��o do p�o existem ainda custos com loca��o, energia el�trica, pagamento de funcion�rios. “O percentual de 15% a 20% do custo do p�o � trigo. Precisamos administrar e tentar segurar um pouco esse repasse porque ele pode ser perigoso para o setor.”

 

Ele destaca que existem outras ind�strias que concorrem com a da panifica��o, como a do biscoito, por exemplo. “Em uma mudan�a de h�bito do consumidor por uma quest�o de pre�o, pode afetar o segmento.”

 

 


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