
Trata-se do maior intervalo sem reajustes em mais de 2 anos e meio. Analistas apontam que, diante da expectativa quanto � elei��o dos novos conselheiros da estatal, a mudan�a, inclusive, favorece ao governo federal prolongar a decis�o por mudan�as de pre�os.
De acordo com dados da Associa��o Brasileira de Importadores de Combust�veis (Abicom), o �leo diesel, reajustado h� 15 dias, j� acumula defasagem entre R$ 0,10/L a R$ 0,01/L, a depender do porto de opera��o. Para este tipo de combust�vel, o reajuste resultou em redu��o de R$0,69 por litro.
J� o pre�o da gasolina sofreu reajuste h� 74 dias, em 11 de mar�o, quando houve aumento de 18,8% nos pre�os dom�sticos. O mercado internacional e do c�mbio pressionam os pre�os dom�sticos e o PPI (pre�o de paridade de importa��o) acumula redu��o de R$ 0,16/L desde o �ltimo reajuste. Atualmente, a defasagem est� variando entre -R$ 0,26/L a R$ 0,38/L, a depender do porto de opera��o.
Bandeira de campanha
O presidente da Abicom, S�rgio Ara�jo, disse que o cen�rio de incertezas incomoda. "H� mais troca de presidentes da Petrobras do que de mudan�as de pre�os", ironiza. "Com a defasagem baixa devido � melhora no c�mbio e nas commodities, deve evitar um novo aumento, muito mais do que a mudan�a na lideran�a", avalia.
Para o senador Jean Paul Prates PT-RN, l�der da minoria no Senado, a quest�o da Petrobras virou uma bandeira de campanha de Bolsonaro, que faz manobras pol�ticas com a estatal para refor�ar o discurso pr�-privatiza��o.
"Bolsonaro mascara a quest�o dos combust�veis, para fazer de conta aos eleitores que est� trabalhando para abaixar os pre�os. N�o est� fazendo nada, e n�o quer fazer. A equipe econ�mica n�o quer usar as receitas extraordin�rias com o petr�leo alto para mitigar os pre�os internos. N�o adianta trocar o presidente da Petrobras ou criar atrito com os governadores quando o problema esta na m�o do presidente da Rep�blica. Ele se esconde do dever de mudar a pol�tica de Pre�o de Paridade de Importa��o", destaca.