
Naquela �poca, os reajustes dos combust�veis e da energia el�trica foram represados e houve interfer�ncia no c�mbio. As medidas n�o se sustentaram e a necessidade de corre��o dos pre�os acabou levando a infla��o para 10,67% em 2015.
Na avalia��o de agentes financeiros, a atual pol�tica de pre�os internacionais da estatal, a pol�mica PPI, est� com os dias contados e ser� modificada. As sinaliza��es do governo e do novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, s�o de que haver� um per�odo maior para o reajuste dos pre�os dos combust�veis, de tr�s meses a 100 dias.
Contudo, eles lembram que o d�lar, que voltou a cair frente ao real devido � desacelera��o global, tem ajudado a reduzir a defasagem dos pre�os praticados no mercado dom�stico com os internacionais. Conforme dados da Associa��o Brasileira dos Importadores de Combust�veis (Abicom), a defasagem m�dia estava ontem em 1% para o �leo diesel, e em 2% para a gasolina, considerando o d�lar a R$ 4,79 e o barril do petr�leo tipo Brent negociado acima de US$ 110.
Julio Hegedus, economista-chefe da Mirae Asset, ressaltou que a troca do comando da Petrobras � um movimento de Bolsonaro muito parecido com o de Dilma. "Sim, totalmente. Mais um movimento populista e irrespons�vel", lamentou. Ele refor�ou que o mercado tem reagido mal � possibilidade de um espa�amento nos reajustes em torno de 100 dias.
Eduardo Velho, economista-chefe da JF Trust Gestora de Recursos, destacou que, por enquanto, o governo ainda n�o partiu para o congelamento de pre�os, como fez Dilma. "Nesses quatro anos de governo, n�o podemos afirmar que houve interfer�ncia na pol�tica de pre�os da Petrobras. Mas aumentou a probabilidade do 'cen�rio Dilm�s', embora n�o seja momento de ficar especulando", afirmou Velho. Ele considerou a rea��o do mercado exagerada, mas alertou que um congelamento de pre�os poder� gerar problemas futuros para quem estiver no poder em 2023, "seja quem for o vencedor das elei��es".