Eletrobras: governo deixa de ser acionista majorit�rio

O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi quem tocou o sino na B3, a Bolsa de Valores de S�o Paulo, para firmar as vendas das a��es da Eletrobras, em cerim�nia realizada nesta ter�a-feira (14/6), �s 12h. A finaliza��o do processo de capitaliza��o da empresa marca o fim do controle governamental sobre a maior empresa nacional do setor el�trico. 

"Com o processo de descapitaliza��o, a companhia poder� olhar para o longo prazo. Tamb�m � inovadora pelo uso do FGTs pelos trabalhadores, que ampliou a capacidade dessa opera��o para que muitos brasileiros se aproximassem do mercado de capitais", disse o presidente da B3, Gilson Finkelsztain. 

O presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, falou que a recupera��o da companhia contribui para o resultado da capitaliza��o. "Lembro que o presidente foi pessoalmente entregar o projeto ao Congresso", destacou. 

Gustavo Montezano, presidente do BNDES, se dirigiu ao presidente ao falar na tribuna na B3. "Miss�o dada � miss�o cumprida. Muito obrigada por esse momento, por nos direcionar para o futuro. O tempo vai mostrar a magnitude desse momento", afirmou.   

Ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, tamb�m compareceu � cerim�nia e dividiu a tribuna com o atual titular da pasta, Adolfo Sachsida. "A nova corpora��o ter� a obriga��o em investir R$ 8,7 bilh�es nas regi�es do Norte e Nordeste. Ali�s, n�s n�o paramos de bater recorde porque mudamos a pol�tica econ�mica. Em palavras simples, o Brasil venceu", disse. 

Ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a opera��o. "Houve o esgotamento do modelo. A Eletrobras precisa investir R$ 16 bilh�es ao ano para manter fatia do mercado, mas investia apenas R$ 3 bilh�es. Enfim, � uma empresa que agora est� livre. Estamos devolvendo a ele a capacidade de voar". 

Criada em 1961, a Eletrobras foi criado com o objetivo de assegurar o fornecimento energ�tico aos brasileiros, com investimentos em infraestrutura e pol�ticas p�blicas para o setor energ�tico. 

O plano da capitaliza��o apresentado pela estatal � Comiss�o de Valores Monet�rios (CVM) era reduzir a participa��o de 72% para 45% a participa��o do governo. No entanto, at� o momento, ainda n�o h� certezas sobre a nova composi��o acion�ria da estatal.