L�der dos caminhoneiros afirma que 'a greve � a (medida) mais prov�vel'

Caminhoneiros reagiram com amea�a de greve e mobiliza��o contra o governo de Jair Bolsonaro (PL) ap�s o an�ncio de nova alta no pre�o do diesel pela Petrobras, nesta sexta-feira (17/6). Um dos mais conhecidos l�deres da categoria, Wallace Landim, o Chor�o, disse que "a greve � a mais prov�vel" rea��o contra a pol�tica de paridade de pre�os praticada pela Petrobras.

 

Leia: Petrobras anuncia novo aumento no pre�o da gasolina e do diesel
 

Chor�o foi um dos respons�veis pela paralisa��o dos caminhoneiros em 2018, com forte mobiliza��o no Centro-Oeste e Sudeste do pa�s. “A verdade � que, de uma forma ou de outra, mantendo-se essa pol�tica cruel de pre�os da Petrobras, o pa�s vai parar novamente. Se n�o for por greve, ser� pelo fato de se pagar para trabalhar. A greve � o mais prov�vel", diz a nota.

A rea��o ocorre ap�s o Conselho de Administra��o da Petrobras anunciar aumento percentual da gasolina em 5,18%, e de 14,26% para o diesel, v�lidos a partir de s�bado (18/6). O reajuste, no entanto, foi criticado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na manh� de desta sexta.

"Defender o indefens�vel"

- Veja: Por que Bolsonaro nos engana, como de costume, ao atacar Petrobras

Presidente da Frente Nacional em Defesa do Caminhoneiro Aut�nomo e Celetista, o deputado Nereu Crispim (PSD-RS), disse que o presidente busca dissimular as decis�es pol�ticas no contexto da Petrobras. "Bolsonaro continua querendo tirar a responsabilidade dos seus ombros, isso � uma mentira deslavada, j� que a solu��o est� na sua caneta."

J� o diretor da Confedera��o Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Log�stica (CNTTL), Carlos Alberto Litti Dahmer, afirmou que o presidente visa iludir a popula��o com postagem cr�ticas ao aumento. "Ele fala como se o governo fosse contr�rio ao aumento e n�o pudesse fazer nada", comentou. "S� os que idolatram o presidente podem defender o indefens�vel. Faltam palavras para definir quem tem uma pr�tica completamente separada do discurso", pontuou.

Para Gilson Chequeto, CEO da Lincros, uma das maiores startups do setor de log�stica do Brasil, o impacto no or�amento institucional est� prestes a ser repassado ao consumidor final.

 

"Alguns dos nossos clientes chegam a transacionar R$ 20 milh�es em frete por m�s. O impacto financeiro deste aumento dos combust�veis muitas vezes n�o � repassado ao cliente final, estrangulando a margem do transportador. Isso nos faz questionar at� quando os transportadores v�o conseguir segurar estes custos", comentou.