
A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (17/6) novo reajuste nos pre�os da gasolina e do diesel vendidos �s distribuidoras. Os valores atualizados entram em vigor amanh�.
Com o reajuste, o pre�o m�dio do litro da gasolina vendida pela Petrobras aumentou 5,18%, passando de R$ 3,86 a R$ 4,06. Para o litro do �leo diesel, a varia��o positiva foi de 14,26%, saltando de R$ 4,91 para R$ 5,61.
Nessa quinta-feira (16/6), o Conselho de Administra��o da Petrobras j� tinha dado sinal positivo para o aumento dos pre�os da gasolina e do diesel em reuni�o extraordin�ria.
Conselheiros pr�ximos ao presidente Jair Bolsonaro tentaram barrar o aumento, mas a sugest�o foi recusada. Segundo a Petrobras, um eventual adiamento na mudan�a dos pre�os acarretaria em importa��o de diesel mais caro, o que traria preju�zos para a companhia e uma poss�vel escassez do combust�vel no pa�s.
O valor do combust�vel para os consumidores depende dos impostos e das margens de lucro de distribuidores e revendedores.
Na segunda-feira (13/6), o Senado aprovou o texto-base do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, que limita a al�quota do Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS) sobre combust�veis, energia el�trica, telecomunica��es e transportes.
Essa � uma tentativa do governo federal de reduzir o pre�o dos combust�veis em ano eleitoral. Para entrar em vigor, a PL agora depende da san��o presidencial.
Justificativa
Em nota oficial, a Petrobras afirma que "� sens�vel ao momento em que o Brasil e o mundo est�o enfrentando" e que tem "buscado o equil�brio dos seus pre�os com o mercado global".
A companhia diz que "compreende os reflexos que os pre�os dos combust�veis t�m na vida dos cidad�os", mas que "� necess�rio buscar a converg�ncia com os pre�os de mercado".
Leia a nota completa
Primeiramente, � importante refor�ar que a Petrobras � sens�vel ao momento em que o Brasil e o mundo est�o enfrentando e compreende os reflexos que os pre�os dos combust�veis t�m na vida dos cidad�os.Nesse sentido, a companhia tem buscado o equil�brio dos seus pre�os com o mercado global, mas sem o repasse imediato para os pre�os internos da volatilidade das cota��es internacionais e da taxa de c�mbio. Esse posicionamento permitiu � Petrobras manter pre�os de GLP est�veis por at� 152 dias; de diesel por at� 84 dias; e de gasolina por at� 99 dias. Esta pr�tica n�o � comum a outros fornecedores que atuam no mercado brasileiro que ajustam seus pre�os com maior frequ�ncia, tampouco as maiores empresas internacionais que ajustam seus pre�os at� diariamente.
N�o obstante, quando h� uma mudan�a estrutural no patamar de pre�os globais, � necess�rio que a Petrobras busque a converg�ncia com os pre�os de mercado. � esse equil�brio com o mercado global que naturalmente resulta na continuidade do suprimento do mercado brasileiro, sem riscos de desabastecimento, pelos diversos atores: importadores, distribuidores e outros produtores, al�m da pr�pria Petrobras.
Neste ponto, � importante ressaltar que o mercado global de energia est� atualmente em situa��o desafiadora. Com a acelera��o da recupera��o econ�mica mundial a partir do segundo semestre de 2021 e, notadamente, com o in�cio do conflito no Leste Europeu em fevereiro de 2022, tem-se observado menor oferta e maior demanda por energia, com aumento dos pre�os e maior volatilidade nas cota��es internacionais de commodities energ�ticas, em especial, do �leo diesel.
Dessa forma, ap�s 99 dias, a partir de 18/06, o pre�o m�dio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras passar� de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. O �ltimo ajuste ocorreu em 11/03.
Considerando a mistura obrigat�ria de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composi��o da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no pre�o ao consumidor passar� de R$ 2,81, em m�dia, para R$ 2,96 a cada litro vendido na bomba. Uma varia��o de R$ 0,15 por litro.
Para o diesel, ap�s 39 dias, a partir de 18/06, o pre�o m�dio de venda da Petrobras para as distribuidoras passar� de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. O �ltimo ajuste ocorreu em 10/05.
Considerando a mistura obrigat�ria de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composi��o do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no pre�o ao consumidor passar� de R$ 4,42, em m�dia, para R$ 5,05 a cada litro vendido na bomba. Uma varia��o de R$ 0,63 por litro.
Com esse movimento, a Petrobras reitera seu compromisso com a pr�tica de pre�os competitivos e em equil�brio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os pre�os internos da volatilidade das cota��es internacionais e da taxa de c�mbio, ou seja, evita o repasse das varia��es tempor�rias que podem ser revertidas no curto prazo. Dessa maneira, observando a evolu��o do mercado, foi poss�vel manter os pre�os de venda para as distribuidoras est�veis por 99 dias para a gasolina e 39 dias para o diesel.
Essa pr�tica est� em conformidade com os par�metros legais e o ambiente de livre competi��o que vigora no Brasil h� mais de vinte anos, de acordo com a Lei nº 9.478/1997 (Lei do Petr�leo).