Fim de ano: quase 40% dos empres�rios de BH pretendem efetivar tempor�rios

O fim de ano sempre gera expectativas na economia, n�o s� por parte dos comerciantes que anseiam pelo crescimento das vendas, mas tamb�m para aqueles profissionais desempregados que esperam um lugar no mercado de trabalho. Pesquisa da C�mara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), mostra que, no 'supertrimestre' (outubro/novembro/dezembro), 38% dos empres�rios que v�o contratar no per�odo devem efetivar os funcion�rios depois dessa temporada.

No varejo, a tend�ncia � de crescimento em percentuais est�veis. Em julho, a gera��o de empregos na capital mineira acumulou 3.813 novos postos de trabalho. Al�m disso, a economia de Minas Gerais, como um todo, apresentou uma melhora no desempenho: no segundo trimestre, o PIB do Estado cresceu 7,3%, de acordo com a Funda��o Jo�o Pinheiro (FJP).

Para Jacqueline Bacha, propriet�ria da Simone Modas, empresa do setor de vestu�rio com 52 anos no mercado e atuante tanto em Venda Nova quanto no Hipercentro de BH, o momento � de otimismo. Ela destaca que, neste ano, a Black Friday, t�o esperada pelo com�rcio, coincide com o in�cio da Copa do Mundo, ressaltando a popularidade de bares, restaurantes e eventos nesse periodo.

“As expectativas s�o altas, ainda n�o definimos em termos percentuais, mas, com a retomada dos eventos estamos concluindo um ciclo de sa�da da crise econ�mica e pandemia. Esperamos que o momento d� dinamismo � economia da cidade j� em novembro”, afirma Jacqueline.

Para o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, os resultados positivos da economia podem se refletir em maiores contrata��es neste per�odo de megapromo��es e festas. “A maioria dos lojistas inicia as contrata��es em outubro para atender �s demandas de Black Friday e Natal. A possibilidade � que nas pr�ximas semanas haja um aquecimento nas contrata��es”, explica Marcelo.

At� o momento, na capital mineira, as vagas para atuar como vendedor dominam as oportunidades de emprego com 89%, aponta a pesquisa da CDL/BH. As outras �reas que se destacam s�o:

A Simone Modas, por exemplo, espera ampliar o n�mero funcion�rios para o per�odo, com uma for�a de trabalho entre 4 a 6 novos colaboradores, principalmente nas vendas e, sendo necess�rio, na parte de expedi��o, embrulho e entregas. “Como fiquei com um efetivo baixo no quadro, nos �ltimos dois anos - como todo o setor de com�rcio - , as pessoas que se destacarem t�m grandes chances de continuar”, comenta Jacqueline Bacha.

Apesar das chances de efetiva��o, a expectativa, at� agora, de 80% dos lojistas de Belo Horizonte � de n�o admitir colaboradores tempor�rios para o fim do ano. Alta na infla��o, taxas de juros elevadas e incertezas pol�ticas, t�m freado o comerciante. O destaque, tamb�m, vai para o alto custo de vida na capital do estado, que limita o poder de consumo das fam�lias.

“O cen�rio atual, com o desenrolar das elei��es e a resposta do consumidor a proximidade de datas festivas, pode ser modificado”, argumenta o presidente da CDL/BH. 

O Brasil segue o cen�rio da capital em rela��o �s contrata��es tempor�rias. Uma pesquisa da Confedera��o Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Servi�o de Prote��o ao Cr�dito (SPC Brasil), revela que cerca de 95 mil vagas ser�o abertas no pa�s at� dezembro, n�mero abaixo da proje��o da pesquisa de 2021, que apontava mais de 105 mil vagas.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), do 2° trimestre de 2022, o n�mero de desempregados chega a 10,1 milh�es de pessoas, com uma taxa de 9,3%. 

 

*Estagi�rio sob supervis�o