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Estado de Minas PRE�O DOS COMBUST�VEIS

Petrobras eleva pre�o de querosene de avia��o em 7,27%

Realizado na v�spera do segundo turno das elei��es, aumento s� foi divulgado nesta sexta-feira (4/11), diferentemente de cortes alardeados no primeiro turno


04/11/2022 16:30 - atualizado 04/11/2022 17:13

Avião de Jair Bolsonaro.
O QAV tem reajuste mensal. At� as elei��es deste ano, as companhias a�reas eram informadas dos percentuais no fim de cada m�s, sem que a Petrobras divulgasse as mudan�as ao mercado ou � imprensa. (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press)

Depois de fazer alarde sobre cortes no pre�o do QAV (querosene de avia��o) durante a campanha do primeiro turno das elei��es, a Petrobras decidiu silenciar sobre aumento no mesmo produto pr�ximo � vota��o do segundo turno, que terminou com derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL).

A alta de 7,27% foi divulgada nesta sexta-feira (4) pela Abear (Associa��o Brasileira das Empresas A�reas), principais clientes desse produto. Com esse an�ncio, diz a entidade, o QAV acumula aumento de 58,8% no ano.

O QAV tem reajuste mensal. At� as elei��es deste ano, as companhias a�reas eram informadas dos percentuais no fim de cada m�s, sem que a Petrobras divulgasse as mudan�as ao mercado ou � imprensa.

No fim de agosto, j� em meio � campanha eleitoral, a estatal passou a divulgar comunicados sobre esse e outros produtos voltados ao mercado corporativo, como o asfalto. A mudan�a de estrat�gia em um per�odo de queda nos pre�os foi vista como a��o eleitoral.

No dia 26 de agosto, houve corte de 10,4%. No dia 28 de setembro, �s v�speras da vota��o em primeiro turno, a Petrobras voltou a divulgar comunicado sobre corte no pre�o do QAV, desta vez de 0,98%. Nos dois casos, a empresa disse estar acompanhando a
queda das cota��es internacionais.

Se mantivesse a mesma pol�tica de divulga��o, publicaria um comunicado com a alta de 7,27% na v�spera da vota��o em segundo turno. Mas recuou e informou o aumento apenas �s companhias a�reas.

"O reajuste no pre�o do QAV mant�m um cen�rio extremamente dif�cil para as empresas a�reas e � um tema de constante preocupa��o para n�s e para todo o setor, pois representa quase metade dos custos da opera��o", afirmou o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz.

"� urgente a revis�o do modelo de precifica��o do QAV, pois 90% do combust�vel � produzido aqui, mas pagamos o pre�o de um produto importado", completou, na nota divulgada nesta quinta pelas companhias a�reas.

O cen�rio atual de intensa volatilidade ainda traz muitos desafios para a avia��o brasileira. Al�m do QAV, a cota��o do d�lar tamb�m impacta os resultados das empresas, indexando cerca de 50% dos custos do setor.

Procurada, a Petrobras ainda n�o comentou o aumento no pre�o do QAV nem o recuo na estrat�gia de divulgar reajustes no pre�o do produto.

A estatal � acusada tamb�m de segurar pre�os da gasolina e do diesel para n�o impactar negativamente a campanha de Bolsonaro. A �ltima mudan�a no pre�o da gasolina ocorreu no in�cio de setembro, com corte de 7%. O pre�o do diesel foi alterado pela �ltima vez no dia 19 daquele m�s, com corte de 5,8%.

Desde ent�o, as cota��es do petr�leo dispararam, mas a dire��o da empresa cedeu a press�o do governo para evitar repasses.

Em entrevista para comentar o balan�o da estatal nesta sexta, o diretor de Comercializa��o e Log�stica, Cl�udio Mastella, repetiu que a pol�tica de pre�os prev� o acompanhamento do mercado internacional, mas sem repassar volatilidades ao mercado interno.

E disse n�o poder antecipar quando a empresa faria novos ajustes nos pre�os.

Segundo a Abicom (Associa��o Brasileira dos Importadores de Combust�veis), o pre�o m�dia da gasolina nas refinarias da estatal est� 6%, ou R$ 0,20 por litro, abaixo da paridade de importa��o. No caso do diesel, a defasagem � de 9%, ou R$ 0,49 por litro.


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