
� o segundo m�s consecutivo de eleva��o do IPCA (�ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo). O indicador, contudo, mostra uma desacelera��o frente a outubro, quando havia subido 0,59%.
O novo resultado tamb�m ficou abaixo das proje��es do mercado financeiro. Analistas consultados pela ag�ncia Bloomberg projetavam alta de 0,53% no m�s passado.
No acumulado de 12 meses, o �ndice desacelerou para 5,90% em novembro. O avan�o era de 6,47% at� a divulga��o anterior.
Dos 9 grupos de produtos e servi�os pesquisados, 7 tiveram alta em novembro. Os maiores impactos no �ndice do m�s vieram de transportes (0,83%) e alimenta��o e bebidas (0,53%), com 0,17 ponto percentual e 0,12 ponto percentual, respectivamente.
Juntos, os dois grupos contribu�ram com cerca de 71% do IPCA de novembro. A maior varia��o, por sua vez, veio de vestu�rio (1,10%), cujo resultado ficou acima de 1% pelo quarto m�s consecutivo.
A alta de transportes foi provocada, principalmente, pelo aumento dos combust�veis (3,29%), que em outubro haviam recuado 1,27%.
Os pre�os do etanol (7,57%), da gasolina (2,99%) e do �leo diesel (0,11%) subiram em novembro. A exce��o foi o g�s veicular, com queda de 1,77%. A gasolina exerceu o maior impacto individual no �ndice do m�s, com 0,14 ponto percentual.
O IPCA acumulado caminha para estourar a meta de infla��o perseguida pelo BC (Banco Central) pelo segundo ano consecutivo. Em 2022, a meta tem centro de 3,50% e teto de 5%. A carestia de bens e servi�os no ano eleitoral fez o presidente Jair Bolsonaro (PL) apostar em cortes tribut�rios sobre itens como os combust�veis.
O al�vio gerado pela redu��o das al�quotas de ICMS (imposto estadual) levou o IPCA para baixo �s v�speras das elei��es presidenciais, vencidas por Luiz In�cio Lula da Silva (PT).
O �ndice mostrou queda em tr�s meses consecutivos -julho (-0,68%), agosto (-0,36%) e setembro (-0,29%). O efeito dos cortes tribut�rios, contudo, perdeu f�lego na reta final do ano, e a infla��o voltou a subir no pa�s.
A carestia de produtos como os alimentos impacta sobretudo o bolso dos mais pobres. Essa parcela da popula��o gasta uma parcela maior do or�amento, em termos relativos, com a compra de comida.
Na mediana, analistas do mercado financeiro projetam IPCA de 5,92% no acumulado de 12 meses at� dezembro, conforme o boletim Focus divulgado pelo BC na segunda-feira (5/12).
Para 2023, a previs�o � de um avan�o de 5,08%, tamb�m de acordo com o Focus. Analistas ainda aguardam mais detalhes da pol�tica econ�mica do pr�ximo governo Lula.
O mercado j� demonstrou preocupa��o com poss�veis gastos da nova gest�o. O temor de investidores chegou a pressionar o d�lar, o que costuma trazer riscos para a infla��o. Em 2023, o governo Lula tamb�m ter� de analisar a volta ou n�o de tributos sobre os combust�veis.