P�tio da Fiat, em Betim, na Grande BH
As proje��es feitas e refeitas ao longo de 2022 n�o se concretizaram, e o ano terminou com diminui��o dos emplacamentos de ve�culos leves e pesados em rela��o a 2021.
Dados baseados no Renavam (Registro Nacional de Ve�culos Automotores) mostram que 2,104 milh�es de carros, caminh�es e �nibus zero-quil�metro foram vendidos entre janeiro e dezembro. Com o resultado, houve queda de 0,7% na comercializa��o.
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Apesar de Natal e R�veillon terem ca�do em fins de semana, o m�s de dezembro foi impactado pela Copa do Mundo e registrou n�mero abaixo do esperado. O �ltimo m�s do ano terminou com 216,9 mil licenciamentos - o melhor resultado do ano, mas havia expectativa de superar a casa de 250 mil unidades.
A proje��o foi revista em julho, quando a entidade passou a acreditar em um crescimento de 1% sobre o ano anterior. Esse objetivo tamb�m n�o foi atingido.
Apesar da frustra��o, � preciso considerar que houve problemas para al�m da escassez de semicondutores e outras partes, como pneus e pe�as moldadas em a�o.
O primeiro trimestre de 2022 foi marcado pela alta dos casos de Covid-19 devido � variante �micron e por chuvas Brasil afora, que dificultaram deslocamentos e estabeleceram outras prioridades para os consumidores.
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Nos tr�s meses seguintes, as paradas nas linhas de produ��o foram acompanhadas pela escalada dos juros e por consequente restri��o ao financiamento. Mas se h� uma boa not�cia, essa est� nos resultados acumulados entre julho e dezembro.
Ao comparar o segundo semestre de 2022 com igual per�odo de 2021, tem-se um crescimento de 13,4% nas vendas de ve�culos leves e pesados. O resultado animou revendedores e se deve principalmente � melhora no fornecimento de pe�as, que tende a se normalizar ao longo de 2023.
"Estamos atualmente em um per�odo de recupera��o do ritmo de vendas de autom�veis e da regulariza��o dos estoques", diz Eloy Braz, diretor geral do grupo L�der, que tem concession�rias das marcas Chevrolet, Fiat, Ford, Honda (motos), Hyundai, Jeep, Toyota e Volkswagen.
"Passamos os �ltimos anos trabalhando com fila de espera, o consumidor precisava aguardar tr�s, quatro meses para receber a sua compra, e isso foi reflexo da pandemia e da falta de chips, que atrasaram a produ��o. Mas houve um aumento da oferta, estamos com o patamar de entrega quase normal", afirma o executivo do grupo L�der, que aposta ainda no segmento de loca��o.
"Esse mercado tem um grande potencial e pode chegar a 20% do segmento dentro do grupo em breve."
A vis�o de Braz em rela��o aos carros por assinatura � a mesma de diversos empres�rios do setor automotivo, que t�m investido em frotas. Com isso, as vendas diretas –modalidade em que as locadoras s�o as principais clientes das montadoras– ultrapassaram a comercializa��o no varejo ao longo de 2022. O mix de vendas ser� divulgado nesta quinta (5) pela Fenabrave (associa��o dos distribuidores de ve�culos).
N�o por acaso, o carro mais vendido de 2022 teve cerca de 70% de seus emplacamentos registrados na modalidade venda direta. Foi a picape Fiat Strada, que fechou o ano com 112,4 mil unidades comercializadas, segundo a consultoria Jato Dynamics.
Proje��es para 2023
Al�m de detalhar os resultados de vendas em 2022, a Fenabrave vai revelar suas proje��es para 2023. A Anfavea far� o mesmo na sexta (6), quando tamb�m ir� divulgar os resultados da produ��o ao longo do ano passado.
A Ford j� deu seu progn�stico: a empresa espera que as vendas acumulem alta de 5% ao longo de 2023, o que significaria o emplacamento de 2,2 milh�es de ve�culos leves e pesados de todas as marcas.
No segmento de usados, houve queda de 12% nas negocia��es entre 2021 e 2022. O com�rcio nesse segmento envolveu 13,2 milh�es de unidades no ano passado.
"Consideramos o resultado bom por conta das incertezas e instabilidades que a economia sofreu com guerra na Ucr�nia, aumento dos juros, maior restri��o ao cr�dito e cen�rio pol�tico nas elei��es presidenciais", diz, em nota, Enilson Sales, presidente da Fenauto (associa��o que re�ne revendedores de ve�culos usados).
Sales acredita que, com base nas primeiras a��es do governo de Luiz In�cio Lula da Silva (PT), a economia siga uma tend�ncia de equil�brio, favorecendo as vendas.
Em comum, as associa��es e empresas ligadas ao setor automotivo esperam al�vio no cr�dito. "Nosso pa�s, historicamente, sofre com juros altos, mas esperamos que haja uma redu��o na taxa Selic para que, com maior cr�dito e suporte de montadoras e bancos, possamos continuar crescendo", diz Eloy Braz, do grupo L�der.

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