Impostômetro na Associação Comercial em SP

Impost�metro na Associa��o Comercial em SP

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A arrecada��o de tributos federais totalizou R$ 2,2 trilh�es em 2022, uma alta real (acima da infla��o) de 8,18%. O patamar � recorde na s�rie hist�rica, iniciada em 1995, informou a Receita Federal nesta ter�a-feira (24).

No ano, houve um crescimento de tributos recolhidos pelas empresas, al�m do Imposto de Renda sobre o capital, em raz�o do desempenho positivo de fundos e t�tulos de renda fixa na esteira do aumento da taxa b�sica de juros, a Selic, hoje em 13,75%.

A arrecada��o do Simples Nacional tamb�m cresceu 12,54%, contribuindo para o recorde hist�rico.

O recorde de arrecada��o ocorreu mesmo com uma ren�ncia de R$ 43 bilh�es em desonera��es sobre combust�veis e cortes no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), medidas adotadas no �ltimo ano de gest�o de Jair Bolsonaro (PL).

Segundo o Fisco, a redu��o de al�quotas do IPI tirou R$ 17,2 bilh�es das receitas -cerca de metade desse valor seria repassada a estados e munic�pios. Outros R$ 25,85 bilh�es foram renunciados devido ao corte nos tributos federais sobre gasolina, diesel e etanol.

A decis�o do governo anterior de adotar uma s�rie de ren�ncias tem sido criticada pela equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que lan�ou um pacote de medidas focado em recupera��o de receitas na tentativa de reduzir o rombo nas contas.

Uma das propostas � justamente reverter a desonera��o sobre a gasolina e o etanol a partir de mar�o, embora o pr�prio ministro tenha reconhecido que essa decis�o ainda � incerta.

O pacote promete entregar uma melhora fiscal de R$ 242,7 bilh�es nas contas p�blicas deste ano, o suficiente para reverter o d�ficit de R$ 231,55 bilh�es projetado para 2023 e recolocar o pa�s no azul. Mas Haddad, de forma preventiva, j� admitiu que o efeito pode ficar abaixo do esperado. Ele tem citado um objetivo de d�ficit de at� 1% do PIB (Produto Interno Bruto), algo pr�ximo a R$ 100 bilh�es.

Ainda segundo a Receita, as receitas do governo federal somaram R$ 210,2 bilh�es s� no m�s de dezembro, um avan�o de 2,47% em rela��o a igual m�s de 2021, j� descontado o efeito dos pre�os.

O dado mostra que, apesar do crescimento vigoroso no consolidado do ano, a arrecada��o perdeu for�a na reta final de 2022.

Em janeiro do ano passado, o ritmo de alta passava dos dois d�gitos, com varia��o real de 18,3% ante igual m�s de 2021. A partir de julho, esse percentual j� ficou em apenas um d�gito.