Roberto Campos Neto, presidente do BC
Pela Lei 179/19, que definiu a autonomia do Banco Central, o presidente da institui��o pode ser exonerado quando apresentar "comprovado e recorrente desempenho insuficiente para o alcance dos objetivos do Banco Central do Brasil". Seria o caso de Campos Neto.
A possibilidade legal existe, e Lula tem escalado o confronto com o BC ao fazer duras e recorrentes cr�ticas p�blicas ao presidente do banco –que considera um bolsonarista tentando levar o pa�s � recess�o. Mas o pr�prio governo sabe que precisaria mover montanhas para que o afastamento, mesmo dentro da lei, fosse efetivado.
Al�m disso, a exonera��o teria que ser aprovada por maioria absoluta pelo Senado Federal. O governo, que precisa aprovar reformas como a tribut�ria, teria que gastar enorme energia pol�tica para se livrar do presidente do BC. O l�der do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), j� afirmou que Lula "n�o pretende desrespeitar o mandato, nem a autonomia do Banco Central".
Em 2021, a meta definida pelo Conselho Monet�rio Nacional era de 3,75%, podendo chegar a no m�ximo 5,25%. Mas ela foi de 10,06%.
Campos Neto teve que divulgar uma carta aberta para se explicar. Entre outras coisas, ele disse que a infla��o de dois d�gitos era culpa de um fen�meno global, e citou tamb�m o risco fiscal e a crise h�drica.
Em 2022, a meta voltou a estourar. Ela era de 3,5%, podendo chegar a 5%. Mas a infla��o chegou a 5,79%.
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