Posto de combustível totalmente vazio

Postos de combust�veis ficaram vazios pela manh�, ap�s aumento nos pre�os

Edesio Ferreira /EM/D.A Press

Diferentemente da noite dessa ter�a-feira (28/2), quando os motoristas formaram grandes filas para garantir o abastecimento com valores mais baixos, os postos de combust�veis amanheceram vazios nesta quarta-feira (1/3), ap�s a volta dos impostos sobre os combust�veis, que impactou o pre�o da gasolina. O consumidor j� sente no bolso, com a gasolina a quase R$ 6.

Na avenida Tereza Cristina, o Posto Shell, debaixo do viaduto da rua Santa Quit�ria, vendia a gasolina ontem por R$ 4,99, e, hoje, estava cobrando R$ 5,49. O valor ainda � um dos menores encontrados na avenida. "Rodei aqui tudo em busca de um pre�o menor", conta o servidor p�blico Gabriel Ara�jo Silveira, de 31 anos.

Para ele, que depende do carro particular, o aumento vai pesar no bolso. "Esse reajuste � uma facada, a gente fica sem sa�da. Vamos ter que se programar para abastecer", disse. Apesar de ter visto o an�ncio do aumento, ele diz que tomou um susto ao ver o pre�o nas bombas de combust�vel.

"Queria ter aproveitado para abastecer ontem e pegar o pre�o mais barato. Mas, estamos com um nen�m em casa, e hoje que conseguimos sair para resolver isso", conta Gabriel.

O comerciante Andr� Reis, de 55 anos, planeja deixar o carro na garagem para fugir do pre�o do combust�vel. Ele diz que vai priorizar o uso de �nibus depois dessa alta. "Vai pesar muito. N�o tem condi��es de bancar isso. O carro vai ficar parado na garagem a partir de agora. O jeito � andar de �nibus", contou � reportagem do Estado de Minas.

Reis v� com pessimismo a perspectiva para os pr�ximos meses. "Isso j� era esperado. Gostaria de falar que consigo enxergar uma estabilidade dos pre�os, mas a infla��o est� s� aumentando", aponta.

Entenda o aumento

 
O governo federal anunciou, nessa ter�a-feira (28/2), o retorno da cobran�a de impostos sobre combust�veis. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), detalhou o novo valor do PIS/Cofins cobrado sobre os produtos, de R$ 0,47 sobre a gasolina e de R$ 0,02 sobre o etanol.

Os tributos estavam na casa dos R$ 0,69 para a gasolina e R$ 0,24 para o etanol. Segundo Haddad, a diferen�a de R$ 0,45 entre as duas cobran�as foi mantida de acordo com determinado pela Emenda Constitucional que, em maio do ano passado, suspendeu a cobran�a dos impostos sobre combust�veis.