Prates

Prates evitou adiantar mudan�as nas pol�ticas de remunera��o aos acionistas e de pre�os dos combust�veis, alvos de fortes cr�ticas do PT e aliados

AFP PHOTO / AGENCIA SENADO / RODRIGO VIANA
Em teleconfer�ncia para detalhar o maior lucro da hist�ria das empresas brasileiras, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates tentou acalmar analistas sobre as mudan�as j� anunciadas pelo governo PT na estrat�gia da companhia.

 

Ele prometeu di�logo com o mercado e refor�ou que a rentabilidade dos projetos ser� fator importante nas decis�es da empresa em qualquer �rea de atua��o. Disse ainda esperar dividendos robustos, mas "em condi��es diferentes" das atuais.

 

"Se algu�m tem d�vida disso, vamos ter que provar que � bom ser s�cio do governo", afirmou ele, em uma sess�o de perguntas e respostas em que os analistas praticamente desconsideraram o resultado de 2022 e focaram nos planos da nova gest�o.

 

Em relat�rios divulgados ap�s o balan�o, analistas do mercado elogiaram os resultados e os dividendos, mas refor�aram preocupa��es com incertezas com rela��o �s pol�ticas que ser�o adotadas nos pr�ximos anos.

 

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Beneficiada pela escalada de cota��es internacionais do petr�leo, a Petrobras fechou 2022 com lucro recorde, de R$ 188,3 bilh�es, alta de 76,6% em rela��o ao resultado de 2021. Anunciou dividendos de R$ 35,8 bilh�es, mas a nova gest�o prop�s a reten��o de R$ 6,5 bilh�es em uma reserva estatut�ria.

 

Prates evitou adiantar mudan�as nas pol�ticas de remunera��o aos acionistas e de pre�os dos combust�veis, alvos de fortes cr�ticas do PT e aliados. Em 2022, ano em que vendeu combust�veis a pre�os recordes, a empresa foi a segunda maior pagadora de dividendos do mundo.

 

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Sobre pre�o de paridade de importa��o, que simula quanto custaria importar os combust�veis, disse que "� o pre�o do nosso concorrente, n�o � o nosso pre�o". "A Petrobras vai buscar o cliente com as melhores condi��es para que n�o perca o cliente, vai buscar as condi��es mais competitivas."

 

Questionado sobre as proje��es de dividendos para 2023, disse que a expectativa � que sejam "robustos", mas em condi��es diferentes, j� que os �ltimos resultados foram influenciados pela escalada das cota��es do petr�leo ap�s o per�odo mais cr�tico da pandemia e o in�cio da Guerra na Ucr�nia.

 

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Mas adiantou que a empresa n�o privilegiar� o retorno de curto prazo. "O investidor decide se quer ficar conosco ou se quer ficar com cash [dinheiro] certo de dividendos de curto prazo", afirmou.

 

As vendas de ativos, que ajudaram a melhorar os resultados nos �ltimos anos, n�o ser�o feitas "porque o governo quer". "N�o vamos nos desfazer de refinarias ou de regi�es inteiras do Brasil simplesmente por que o governo quer. Onde houver oportunidades pelo pa�s ou at� no exterior n�s vamos perseguir."

 

Sua vis�o de futuro para a companhia, disse, � uma Petrobras que viva "mais 70 anos produzindo valor para o acionista, para os trabalhadores e trabalhadoras da Petrobras" -em agosto, a estatal completa 70 anos de exist�ncia.

 

"Uma empresa que sobreviva �s intemp�ries, � transi��o energ�tica, �s gest�es de governo e uma empresa que mostre, como eu disse, que ser s�cio do governo em uma atividade estrat�gia n�o � uma desvantagem".

 

Em sua apresenta��o do balan�o, o diretor financeiro da companhia, Rodrigo Ara�jo, voltou a defender os resultados da gest�o bolsonarista. Ele foi indicado ainda no governo Jair Bolsonaro e ser� substitu�do pela nova gest�o petista.

 

"2022 foi o melhor ano da hist�ria da Petrobras. � um orgulho e um prazer ter feito parte dessa hist�ria", afirmou, elencando entre os avan�os a redu��o da d�vida, a elevada gera��o de caixa e o esfor�o para entregar projetos dentro dos prazos.