Sala de aula com carteiras
O resultado do IPCA (�ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo) foi divulgado nesta sexta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica).
Analistas consultados pela ag�ncia Bloomberg projetavam infla��o de 0,78% em fevereiro. O IPCA havia subido 0,53% na divulga��o anterior.
Com os novos dados, o �ndice passou a acumular alta de 5,60% em 12 meses. O avan�o era de 5,77% at� janeiro.
O IPCA acumulado est� acima da meta de infla��o perseguida pelo BC (Banco Central) para 2023. O centro da meta � de 3,25% neste ano. O intervalo de toler�ncia � de 1,5 ponto percentual para mais (4,75%) ou para menos (1,75%).
A atua��o do BC virou alvo de cr�ticas do presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) neste in�cio de governo. O motivo foi o patamar dos juros no pa�s.
Para tentar conter a infla��o, o BC vem deixando a taxa b�sica de juros (Selic) em 13,75% ao ano. Ao esfriar a demanda por bens e servi�os, a medida busca frear os pre�os e ancorar as expectativas para o IPCA.
Essa desacelera��o j� apareceu nos dados do PIB (Produto Interno Bruto) do quarto trimestre de 2022, antes da posse de Lula.
Na mediana, o mercado financeiro prev� IPCA de 5,90% no acumulado at� dezembro de 2023, conforme a edi��o mais recente do boletim Focus. A pesquisa foi divulgada pelo BC na segunda-feira (6).
Se a estimativa de 5,90% for confirmada, este ser� o terceiro ano consecutivo de estouro da meta de infla��o no pa�s.
Lula j� defendeu uma flexibiliza��o na meta com a expectativa de abrir espa�o para o corte dos juros. Parte dos economistas, contudo, entende que o efeito concreto seria o oposto, por ampliar as incertezas.
Analistas projetam que um dos impactos sobre o IPCA de mar�o vir� do retorno parcial da cobran�a de tributos federais sobre gasolina e etanol. A medida entrou em vigor no in�cio deste m�s.
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