Proje��o econ�mica do governo Lula prev� crescimento t�mido neste ano
No Boletim Focus, do Banco Central, a expectativa de analistas do mercado at� melhorou nas �ltimas semanas, mas ainda � de um avan�o mais t�mido, de 0,89% neste ano.
O governo tamb�m estima um novo estouro da meta de infla��o em 2023 — se confirmado, ser� o terceiro consecutivo.
A proje��o para o IPCA (�ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo) saiu de 4,6% para 5,31%. A meta neste ano � de 3,25%, com margem de toler�ncia de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Os novos n�meros foram divulgados pela Secretaria de Pol�tica Econ�mica (SPE).
Segundo o �rg�o, a nova proje��o do PIB incorpora os efeitos negativos da alta de juros sobre a atividade econ�mica. "A previs�o anterior, feita em novembro de 2022, minimizava os efeitos contracionistas da pol�tica monet�ria sobre o ciclo econ�mico e sobre o mercado de cr�dito", diz o boletim.
No caso da infla��o, a SPE disse que incorporou um cen�rio "mais realista" para os pre�os de bens e servi�os monitorados, como tarifas de energia el�trica e planos de sa�de. A reonera��o de tributos federais sobre a gasolina tamb�m foi considerada.
"Apesar de a medida provocar uma pequena eleva��o dos pre�os do combust�vel na bomba no curto prazo, auxilia o equil�brio fiscal, contribuindo para redu��o estrutural da infla��o, al�m de trazer benef�cios para o meio ambiente", diz o documento.
O governo tamb�m revisou para baixo a proje��o de crescimento do PIB em 2024, de 2,5% para 2,34%, mas elevou a estimativa de 2025 para 2,76%. A infla��o medida pelo IPCA, por sua vez, deve ter alta de 3,52% no ano que vem e convergir para a meta de 3% a partir de 2025.
Al�m de sinalizar as expectativas do governo para a economia neste ano, os par�metros divulgados pela SPE s�o importantes balizadores para a avalia��o e execu��o do Or�amento.
O menor crescimento tende a impactar de forma negativa as estimativas de receitas. A infla��o, por sua vez, puxa para cima a arrecada��o em termos nominais, mas tamb�m pressiona despesas corrigidas pelo �ndice de pre�os.
N�meros devem impactar di�logo entre governo e Congresso
A divulga��o dos n�meros tamb�m t�m particular relev�ncia no momento em que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), discute com o Pal�cio do Planalto o formato final da nova regra fiscal a ser apresentada ao Congresso Nacional.
A equipe econ�mica vem dando indica��es de que o arcabou�o deve ter um mecanismo de controle de gastos, al�m de ter como refer�ncia um n�vel saud�vel de endividamento p�blico. A din�mica desses instrumentos pode eventualmente ser atrelada a algum indicador macroecon�mico.
Na quarta-feira (15), o ministro disse que entregou a proposta a Lula, mas se reuniria apenas nesta sexta com o chefe do Executivo para discutir os detalhes.
"Ele (Lula), obviamente, depois de amanh� vai saber os detalhes todos para validar os par�metros, validar o desenho, para que possa autorizar a reda��o do projeto de lei complementar que vai para o Congresso Nacional", afirmou na ocasi�o.
No mesmo dia, a ministra do Planejamento e Or�amento, Simone Tebet (MDB), afirmou que a "moldura" da regra fiscal estava pronta e que a equipe econ�mica estava "fechando a quest�o num�rica para apresentar a perspectiva mais pessimista e a mais otimista para o presidente".
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