Homem caminhando em frente a fachada da agência do trabalhador

Os dados s�o da Pnad Cont�nua

Reprodu��o/ Correio Braziliense

 

A taxa de desocupa��o encerrou o primeiro trimestre de 2023 em 8,8%, um aumento de 0,9 ponto percentual (p.p.) na compara��o com o trimestre anterior. Esse � o menor resultado para o per�odo desde 2015, quando a taxa ficou em 8,0%. Os dados s�o da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios Cont�nua (Pnad Cont�nua), divulgada nesta sexta-feira (28/4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).

 

O n�mero de desocupados cresceu 10,0%, o que representa um acr�scimo de 860 mil pessoas � procura por trabalho, e chegou a 9,4 milh�es. J� o total de ocupados teve queda de 1,6%, menos 1,5 milh�o de pessoas, ficando em 97,8 milh�es. No m�s passado, o desemprego atingiu 9 milh�es de brasileiros, com a taxa em 8,4%.

 

Segundo a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, esse movimento de retra��o da ocupa��o e expans�o da procura por trabalho � observado em todos os primeiros trimestres da pesquisa, com exce��o do ano de 2022, que foi marcado pela recupera��o p�s-pandemia. O resultado do primeiro trimestre pode indicar que o mercado de trabalho est� recuperando seus padr�es de sazonalidade, ap�s dois anos de movimentos at�picos”, analisa.

 

O n�vel de ocupa��o, percentual de pessoas ocupadas na popula��o em idade de trabalhar, chegou a 56,1%, caindo 1,0 p.p. frente ao trimestre anterior (57,2%), mas 1,0 p.p. maior que igual trimestre do ano anterior (55,2%). “A queda na ocupa��o reflete principalmente a redu��o dos trabalhadores sem carteira, seja no setor p�blico ou no setor privado”, destaca Beringuy. Entre os empregados sem carteira no setor p�blico, a queda no trimestre foi de 7,0% ou menos 207 mil pessoas. J� no setor privado, o contingente de empregados sem carteira assinada caiu -3,2%, ou menos 430 mil pessoas. 

Por conta pr�pria 

A pesquisa destaca, ainda, o total de trabalhadores por conta pr�pria com CNPJ, que caiu 8,1% (menos 559 mil pessoas). O n�mero de empregados com carteira assinada no setor privado ficou est�vel, e a taxa de informalidade foi de 39,0% da popula��o ocupada (ou 38,1 milh�es de trabalhadores informais) contra 38,8% no trimestre anterior e 40,1% no mesmo trimestre do ano anterior.

 

De acordo com Beringuy, a retra��o do emprego sem carteira pode ser observada em algumas atividades econ�micas, como nos grupamentos da agricultura, constru��o e com�rcio, que tiveram quedas de 2,4% (menos 201 mil pessoas), 2,9% (menos 215 mil pessoas) e 1,5% (menos 294 mil pessoas), respectivamente, no total de seus trabalhadores. “Na constru��o, essa queda est� focada no setor de edifica��es e tem uma caracter�stica muito sazonal”, detalha.