Presidente Lula

Presidente Lula

Ricardo Stuckert/PR
O presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) defendeu nesta quinta-feira (29) que a meta de infla��o n�o seja "fixa e eterna" e sim que seja m�vel para levar em conta a situa��o econ�mica daquele momento.

"Eu n�o sei qual � a decis�o do Conselho Monet�rio, v�o tomar a decis�o. O que eu acho, o que eu penso agora como cidad�o brasileiro � que o Brasil n�o precisa ter uma meta de infla��o t�o r�gida, como est�o querendo agora, sem alcan�ar", afirmou o presidente.

"A gente tem que ter uma meta que a gente alcance. Alcan�ou aquela meta a gente pode reduzir e fazer mais um degrau, descer mais um degrau. [...] � para isso que a pol�tica monet�ria tem que ser m�vel, ela n�o tem que ser fixa e eterna. Tem que ter sensibilidade em fun��o da realidade da economia, das aspira��es da sociedade", completou o mandat�rio.

A declara��o foi dada durante entrevista do presidente a R�dio Ga�cha, principal emissora do Rio Grande do Sul.

A fala do presidente acontece �s v�speras da reuni�o do CMN (Conselho Monet�rio Nacional), que vai debater a meta de 2026 e a possibilidade de ser adotado um objetivo cont�nuo, modelo em que o Banco Central precisa perseguir determinado patamar de infla��o sem se vincular a um ano-calend�rio fechado —como ocorre hoje.

Lula tamb�m voltou a criticar a taxa de juros b�sica do pa�s e tamb�m o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Disse que o dirigente da institui��o "n�o entende nada de pa�s".

As falas acontecem ap�s o Banco Central manter em 13,75% a taxa b�sica de juros, o que gerou a rea��o de diversos integrantes do governo. O Senado aprovou um requerimento de convoca��o de Campos Neto para dar explica��es.

"N�o existe hoje nenhuma explica��o econ�mica, sociol�gica, filos�fica, no que voc� quiser pensar para que a taxa de juros esteja 13,75% porque n�s n�o temos infla��o de demanda. Eu acho que � um equ�voco", afirmou Lula durante a entrevista;

"Agora voc� tem um cidad�o que me parece que n�o entende absolutamente nada de pa�s, de povo, n�o tem sentimento com o sentimento do povo e mant�m uma taxa de juros para atender aos interesses de quem?", completou.